Faz hoje um ano, precisamente
Que com um regozijo, evidente
Todos aqui estávamos a festejar
A chegada do desejado ano novo
Então, expectativa de todo o povo
Este mesmo que hoje vai terminar
Quantas Esperanças depositadas
Que foram evocadas e aclamadas
Neste ano velhinho - então o novo
E que, agora, se sabem frustradas
Ao longo dele vimo-las goradas...
Isto faz lembrar a história do ovo
Diz a referida e velha história do ovo
Tal, como a contava minha avozinha
Sentada junto ao lume, lá na cozinha
Que quando chegamos a um ano novo
É como quando a franga choca um ovo
Dele, tanto pode sair galo como galinha
Porém, com isto que eu acabo de dizer
De modo algum estou a o mal predizer
O ano que daqui a um pouco vai chegar
Pois, como vocês todos devem bem saber
A esperança sempre foi a última a morrer
Então, porque não se há-de, nele, apostar?
apsferreira
sexta-feira, 31 de dezembro de 2010
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Um Bom Ano de 2011
Para todos os meus amigos
O meu desejo primeiro
É que no Novo Ano não lhes falte
Amor, Saúde e Dinheiro
E obviamente eu desejo, também
O mesmo à vossa e minha Família
Que todo o ano lhes corra bem
Sem que haja qualquer quezília
Que atinjam os vossos objectivos
Sem, ninguém, ter que se "atropelar"
Pois, para tal isso não é preciso
Se houver sempre um "bem amar"
apsferreira
O meu desejo primeiro
É que no Novo Ano não lhes falte
Amor, Saúde e Dinheiro
E obviamente eu desejo, também
O mesmo à vossa e minha Família
Que todo o ano lhes corra bem
Sem que haja qualquer quezília
Que atinjam os vossos objectivos
Sem, ninguém, ter que se "atropelar"
Pois, para tal isso não é preciso
Se houver sempre um "bem amar"
apsferreira
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
Caboucla
Tu és terra, que é selvagem
Terra batida, pelo sol
Tu és terra lavada, pela chuva
Terra endurecida; terra que nunca foi mole
Tu és terra bravia, que não dá vagem
Terra pedrada - arrogante
Que dispensa fertilizante
Tu és solo, que só dá uva ...
Terra, que nunca foi lavrada
Tu és terra que, de dia, pelo sol é queimada
Mas, que na noite fria se vê regelada
Varrida pelo vento
Tu és terra que arrefece, ao relento
Desnudada de alento
Pois, és terra de ninguém
Porém, tu és a terra livre
De liberdade, idolatrada
Ah, quanta raiz, tens tu, em ti, adormecida, entranhada...
Tu és terra plena de vida
De uma vida plena, de nada
apsferreira
Terra batida, pelo sol
Tu és terra lavada, pela chuva
Terra endurecida; terra que nunca foi mole
Tu és terra bravia, que não dá vagem
Terra pedrada - arrogante
Que dispensa fertilizante
Tu és solo, que só dá uva ...
Terra, que nunca foi lavrada
Tu és terra que, de dia, pelo sol é queimada
Mas, que na noite fria se vê regelada
Varrida pelo vento
Tu és terra que arrefece, ao relento
Desnudada de alento
Pois, és terra de ninguém
Porém, tu és a terra livre
De liberdade, idolatrada
Ah, quanta raiz, tens tu, em ti, adormecida, entranhada...
Tu és terra plena de vida
De uma vida plena, de nada
apsferreira
Perdida na Vida
Vejo o teu coração dorido
Amargurado...
E tua alma partida
Perdida na vida
Vejo o teu ser todo machucado
Que fizeste, tu, com a tua vida?
Que te fizeram à tua vida, minha amiga querida?
Nos teus olhos mora a tristeza
E vejo-te a perguntares-lhe, com firmeza
Porque te faz ela tão dolorosa ferida...
E tu não encontras uma razão, com certeza...
E, então,
Com tua própria mão
Tu acarinhas o teu coração
Pois, tu vês que o teu coração amuou
Quando te olhas, ao espelho
Espreitas a tua alma
À procura de o motivo
Porque a tua vida se borrou,
Neste tom, horrendo, de vermelho
Um motivo, que justifique essa dor
Que mantém cativo, esse teu Coração
Um coração, que tu dizes estar cheio de amor
De um amor de que te fizeram abrir mão...
Uma situação que tu vives, com horror
Espreitas a tua alma
Olhas-a, com compaixão
E limitas-te a respirar fundo, porque isso te acalma...
Mas não te conformas, não...
O teu coração está ferido
Tu sentes o teu viver restringido
E tu não sabes o que mais hás-de fazer...
Apenas, sabes que, assim, tu não consegues viver
apsferreira
Amargurado...
E tua alma partida
Perdida na vida
Vejo o teu ser todo machucado
Que fizeste, tu, com a tua vida?
Que te fizeram à tua vida, minha amiga querida?
Nos teus olhos mora a tristeza
E vejo-te a perguntares-lhe, com firmeza
Porque te faz ela tão dolorosa ferida...
E tu não encontras uma razão, com certeza...
E, então,
Com tua própria mão
Tu acarinhas o teu coração
Pois, tu vês que o teu coração amuou
Quando te olhas, ao espelho
Espreitas a tua alma
À procura de o motivo
Porque a tua vida se borrou,
Neste tom, horrendo, de vermelho
Um motivo, que justifique essa dor
Que mantém cativo, esse teu Coração
Um coração, que tu dizes estar cheio de amor
De um amor de que te fizeram abrir mão...
Uma situação que tu vives, com horror
Espreitas a tua alma
Olhas-a, com compaixão
E limitas-te a respirar fundo, porque isso te acalma...
Mas não te conformas, não...
O teu coração está ferido
Tu sentes o teu viver restringido
E tu não sabes o que mais hás-de fazer...
Apenas, sabes que, assim, tu não consegues viver
apsferreira
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
Querer é Poder
Neste mundo repleto de extremos
Onde diz-se no meio estar a virtude
Sem dúvida, a nossa melhor atitude
É batalharmos, pelo que queremos
Ao vermo-nos, perante uma vicissitude
Que, os nossos braços, não baixemos
Pois, todos nós muito bem sabemos
Ser lutador não é apenas uma virtude!
Então, resta-nos olhando em frente
E tendo, em mente, o nosso objectivo
Lutar firme, por ele - veementemente
Mas, lutar com cada garra; cada dente
E de um modo perspicaz e progressivo
Até, que o nosso objectivo esteja cativo
apsferreira
Onde diz-se no meio estar a virtude
Sem dúvida, a nossa melhor atitude
É batalharmos, pelo que queremos
Ao vermo-nos, perante uma vicissitude
Que, os nossos braços, não baixemos
Pois, todos nós muito bem sabemos
Ser lutador não é apenas uma virtude!
Então, resta-nos olhando em frente
E tendo, em mente, o nosso objectivo
Lutar firme, por ele - veementemente
Mas, lutar com cada garra; cada dente
E de um modo perspicaz e progressivo
Até, que o nosso objectivo esteja cativo
apsferreira
Pois, Nem Sempre "Quem Espera, Desespera"
Pois, enquanto, eu, por ti, espero
Eu tenho-te, em meu pensamento
E a tua ausência eu não lamento
Pois, eu tenho-te como eu te quero
Pois, a imaginar-te eu me esmero
E, quando, meu amor, eu te acalento
Eu percorro o teu corpo, a contento
Pois, assim tenho-te como te quero
Pois, eu estou certo que tu virás
E nem ele próprio - o vil Satanás
Nos irá conseguir trocar as voltas
Pois, tu sabes, que ninguém será capaz
De passar, este nosso quer, para trás
Pois, nós queremo-nos de almas soltas
apsferreira
Eu tenho-te, em meu pensamento
E a tua ausência eu não lamento
Pois, eu tenho-te como eu te quero
Pois, a imaginar-te eu me esmero
E, quando, meu amor, eu te acalento
Eu percorro o teu corpo, a contento
Pois, assim tenho-te como te quero
Pois, eu estou certo que tu virás
E nem ele próprio - o vil Satanás
Nos irá conseguir trocar as voltas
Pois, tu sabes, que ninguém será capaz
De passar, este nosso quer, para trás
Pois, nós queremo-nos de almas soltas
apsferreira
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
....................... Um Céu Escuro .......................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
.............. como era bom sentir-te por perto, de mim... .............
................... Como era bom ver cintilar a tua luz ....................
........................... tão ténue - tão doce, .............................
...................... que, a minha vida, iluminava ........................
...................................... e .........................................
................... lhe dava aquele belo tom, do cetim ....................
..................................................................................
..................................................................................
.................. (Ah, como aquela tua luz me seduz...) .................
..................................................................................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
............. quando a beleza dos reflexos, teus, eu revejo, .............
............................... em meu coração, .............................
................ eu sinto uma tristeza, tão proeminente, .................
.............. porque tu não satisfizeste este meu desejo ................
....................................... e ........................................
.................... da minha vida saíste, num repente ...................
....... sem, sequer dares-me um beijo, nem dizeres-me adeus .......
.................................................................................
............ Nunca mais eu senti o teu brilho, desde, então ... ..........
..................................................................................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
....................... com que beleza tu brilhavas ... ....................
..................................................................................
................. Esse teu brilho era tão impressionante ..................
..................................................................................
..... Tu nem sabes como a luz que, a mim, davas era importante .....
..................................................................................
.................... Porque, me a apagaste, tu, assim? ...................
..................................................................................
................................. apsferreira ..................................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
.............. como era bom sentir-te por perto, de mim... .............
................... Como era bom ver cintilar a tua luz ....................
........................... tão ténue - tão doce, .............................
...................... que, a minha vida, iluminava ........................
...................................... e .........................................
................... lhe dava aquele belo tom, do cetim ....................
..................................................................................
..................................................................................
.................. (Ah, como aquela tua luz me seduz...) .................
..................................................................................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
............. quando a beleza dos reflexos, teus, eu revejo, .............
............................... em meu coração, .............................
................ eu sinto uma tristeza, tão proeminente, .................
.............. porque tu não satisfizeste este meu desejo ................
....................................... e ........................................
.................... da minha vida saíste, num repente ...................
....... sem, sequer dares-me um beijo, nem dizeres-me adeus .......
.................................................................................
............ Nunca mais eu senti o teu brilho, desde, então ... ..........
..................................................................................
..................................................................................
............................... Ah, Estrelinha, ................................
....................... com que beleza tu brilhavas ... ....................
..................................................................................
................. Esse teu brilho era tão impressionante ..................
..................................................................................
..... Tu nem sabes como a luz que, a mim, davas era importante .....
..................................................................................
.................... Porque, me a apagaste, tu, assim? ...................
..................................................................................
................................. apsferreira ..................................
..................................................................................
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Feliz Natal e um Bom Ano Novo
F aça-se a Paz e a Harmonia
E ntre os povos da terra
L ivre-se o homem da ganância
I ncontestável motivo da guerra
Z angas e de tanta outra agonia
N ações de todo o mundo
A bram os vossos corações
T enham um viver fecundo
A lastrem entre as populações
L iberdade e amor profundo
E vitem cair em devassas tentações
U sem bem a vossa capacidade
M érito da humana inteligência
B anhem a terra de hombridade
O lhem o semelhante, com indulgência
M as, façam-no com toda a fidelidade
A mem a Deus e à humanidade
N aquilo, que é a sua essência
O brigando-se à solidariedade
N ão mintam, não matem, nem roubem,
O perando de uma forma comedida
V enerem o Bom Menino, de Belém
O mnipresente, tenham-no, em vossa vida
apsferreira
E ntre os povos da terra
L ivre-se o homem da ganância
I ncontestável motivo da guerra
Z angas e de tanta outra agonia
N ações de todo o mundo
A bram os vossos corações
T enham um viver fecundo
A lastrem entre as populações
L iberdade e amor profundo
E vitem cair em devassas tentações
U sem bem a vossa capacidade
M érito da humana inteligência
B anhem a terra de hombridade
O lhem o semelhante, com indulgência
M as, façam-no com toda a fidelidade
A mem a Deus e à humanidade
N aquilo, que é a sua essência
O brigando-se à solidariedade
N ão mintam, não matem, nem roubem,
O perando de uma forma comedida
V enerem o Bom Menino, de Belém
O mnipresente, tenham-no, em vossa vida
apsferreira
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
O Polvo
Eu tenho um animalejo, em meu peito...
Eu sei-o o, porque o sinto.
Ah, como eu o sinto...
Porém, eu não o vejo
Mas, pelo jeito, que ele age,
Que nada, a ele, em mim, reage,
Só pode ser um animalejo, perfeito
Pois, com todo o meu corpo, ele interage
Ele tomou conta do meu peito
Alojou-se, em meu coração...
E foi, assim, com efeito,
Que ele se espalhou e se apoderou, de mim,
Sem qualquer compaixão
Sem encontrar obstáculos...
Entrelaçou-me, com os seus tentáculos
Estendeu-se a todo o meu ser
Monopolizou, cada um meu sentimento
Aniquilou, por completo, o meu querer...
E o que eu sinto, neste momento,
Em abono da verdade,
É que ele, efectivamente,
Já apropriou-se, totalmente, da minha vontade
E eu não consigo, mais, lhe desobedecer...
apsferreira
Eu sei-o o, porque o sinto.
Ah, como eu o sinto...
Porém, eu não o vejo
Mas, pelo jeito, que ele age,
Que nada, a ele, em mim, reage,
Só pode ser um animalejo, perfeito
Pois, com todo o meu corpo, ele interage
Ele tomou conta do meu peito
Alojou-se, em meu coração...
E foi, assim, com efeito,
Que ele se espalhou e se apoderou, de mim,
Sem qualquer compaixão
Sem encontrar obstáculos...
Entrelaçou-me, com os seus tentáculos
Estendeu-se a todo o meu ser
Monopolizou, cada um meu sentimento
Aniquilou, por completo, o meu querer...
E o que eu sinto, neste momento,
Em abono da verdade,
É que ele, efectivamente,
Já apropriou-se, totalmente, da minha vontade
E eu não consigo, mais, lhe desobedecer...
apsferreira
terça-feira, 14 de dezembro de 2010
......................... Submissão ...........................
.................................................................................................. Esse teu sorriso, tão doce, tão terno, ....................
............................ mas, tão conciso, ...............................
..................... pois, é sempre tão efémero, .........................
.......................... quando ele acontece ..............................
..................... merece uma prece, ao eterno. .......................
.................................................................................
.............. Pois, ele tira-me o siso e logo desaparece... .............
.................................................................................
..................... É ele, que te dá esse teu brilho ......................
. e mais não é preciso, para que transformes o meu estar na vida, .
......................... neste verdadeiro inferno .........................
.................................................................................
.................................................................................
......................... Tu és tão linda, morena... .......................
........ Ah, quanta pena eu tenho de não me conheceres bem ........
................................... ainda ......................................
................ e que me trates, com esse desdenho... .................
... Um dia eu vou te encontrar - eu vou te sentir, eu vou te tocar ...
......................... eu vou fazer-te vibrar! ...........................
. E a segurar a tua mão, eu vou obrigar-te, então, a beijar o chão .
........................ que tu me vires a pisar ...........................
................................................................................
................................ apsferreira ..................................
.................................................................................
............................ mas, tão conciso, ...............................
..................... pois, é sempre tão efémero, .........................
.......................... quando ele acontece ..............................
..................... merece uma prece, ao eterno. .......................
.................................................................................
.............. Pois, ele tira-me o siso e logo desaparece... .............
.................................................................................
..................... É ele, que te dá esse teu brilho ......................
. e mais não é preciso, para que transformes o meu estar na vida, .
......................... neste verdadeiro inferno .........................
.................................................................................
.................................................................................
......................... Tu és tão linda, morena... .......................
........ Ah, quanta pena eu tenho de não me conheceres bem ........
................................... ainda ......................................
................ e que me trates, com esse desdenho... .................
... Um dia eu vou te encontrar - eu vou te sentir, eu vou te tocar ...
......................... eu vou fazer-te vibrar! ...........................
. E a segurar a tua mão, eu vou obrigar-te, então, a beijar o chão .
........................ que tu me vires a pisar ...........................
................................................................................
................................ apsferreira ..................................
.................................................................................
domingo, 12 de dezembro de 2010
O Dia, em que o Sol Brilhou
Logo, reparei, que naquele dia
O sol tinha um brilho diferente
E, num mundo de gente insolente,
A sorrir, toda a gente, só eu via...
Ah, tanto, que eu olhava, em redor
E eu não conseguia compreender
Como poderia haver gente a sofrer
Pois, eu nunca me sentira melhor
O meu coração batia, acelerado
E tudo o que naquele olhar, eu via
Era um ar tão doce - apaixonado
Iluminado, por o sol daquele dia
E foi então que, a mão, lhe estendi
E eu lhe disse, com a voz a tremer
Nunca gostei de alguém, como de ti
Eu amo-te e, para sempre, quero-te ter
E aquele seu sorriso lindo, iluminado,
Que há pouco ostentava o brilho do sol
Recolheu-se, tal, como se fora um caracol
Na sua carapaça - fugido - como assustado
E ela disse-me, com um ar de compaixão
No coração, eu sempre te trago, comigo
(Logo, eu senti a fugir-me, o meu chão)
Gosto tanto de ti, mas apenas como amigo...
E de imediato veio o prémio de consolação
Carregado, numa frase que eu já a odiava
Acredita, que se eu mandasse no coração
Sem dúvida, que era de ti, que eu gostava
E como se tal não bastasse, arrematou:
Estou certa que logo, logo, na tua vida
Vai surgir-te uma pessoa bem querida
Pois, mereces bem melhor, do que eu sou
Eu não conseguia, nem de perto, entender
Tais coisas absurdas, que ela estava a dizer
O amor, seu, era tudo o quanto eu pretendia...
Que acontecera ao brilho do sol, daquele dia?
apsferreira
O sol tinha um brilho diferente
E, num mundo de gente insolente,
A sorrir, toda a gente, só eu via...
Ah, tanto, que eu olhava, em redor
E eu não conseguia compreender
Como poderia haver gente a sofrer
Pois, eu nunca me sentira melhor
O meu coração batia, acelerado
E tudo o que naquele olhar, eu via
Era um ar tão doce - apaixonado
Iluminado, por o sol daquele dia
E foi então que, a mão, lhe estendi
E eu lhe disse, com a voz a tremer
Nunca gostei de alguém, como de ti
Eu amo-te e, para sempre, quero-te ter
E aquele seu sorriso lindo, iluminado,
Que há pouco ostentava o brilho do sol
Recolheu-se, tal, como se fora um caracol
Na sua carapaça - fugido - como assustado
E ela disse-me, com um ar de compaixão
No coração, eu sempre te trago, comigo
(Logo, eu senti a fugir-me, o meu chão)
Gosto tanto de ti, mas apenas como amigo...
E de imediato veio o prémio de consolação
Carregado, numa frase que eu já a odiava
Acredita, que se eu mandasse no coração
Sem dúvida, que era de ti, que eu gostava
E como se tal não bastasse, arrematou:
Estou certa que logo, logo, na tua vida
Vai surgir-te uma pessoa bem querida
Pois, mereces bem melhor, do que eu sou
Eu não conseguia, nem de perto, entender
Tais coisas absurdas, que ela estava a dizer
O amor, seu, era tudo o quanto eu pretendia...
Que acontecera ao brilho do sol, daquele dia?
apsferreira
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Mágoa
Um dia abalaste, amiga, querida
Sem dizeres, que te ias
Foste-te, sem te despedires...
Num repente, fizeste-te ausente
Da minha vida
Foste-te, para não mais vires
Todos os dias, a partir de então, subi ao monte
Espreitei o horizonte
Procurei as tuas pegadas, pelo chão
Mas, não as encontrei, não...
Tu foste-te...
... sem te despedires
apsferreira
Sem dizeres, que te ias
Foste-te, sem te despedires...
Num repente, fizeste-te ausente
Da minha vida
Foste-te, para não mais vires
Todos os dias, a partir de então, subi ao monte
Espreitei o horizonte
Procurei as tuas pegadas, pelo chão
Mas, não as encontrei, não...
Tu foste-te...
... sem te despedires
apsferreira
Ao amor, que me ilumina a vida - I
Como chora o meu coração.
É uma tristeza, que eu já a conheço
Tantas vezes, que eu já a senti...
Tantas vezes, que dela eu padeço
Tantas vezes, que ela me consome
Sem compaixão...
Tantas vezes, que ela aperta-me o coração
Esta fome, que eu sinto de ti
apsferreira
É uma tristeza, que eu já a conheço
Tantas vezes, que eu já a senti...
Tantas vezes, que dela eu padeço
Tantas vezes, que ela me consome
Sem compaixão...
Tantas vezes, que ela aperta-me o coração
Esta fome, que eu sinto de ti
apsferreira
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
O Fado do Imigrante
No negro barco da saudade
Despido de qualquer vaidade
Partiu de terras de Portugal
Uma alma só, tão tristonha
Tomada, por uma dor medonha
E por um tal tristeza, sem igual
Embarcado, em falsa liberdade
E envolto na dolorosa saudade
Disse adeus ao seu país, amado
Em seus olhos vi águas do Tejo
E em tom triste, que não invejo
Vi-o encapuçar-se e cantar o fado
Vestiu a sua alma de criança
De quando o dia era esperança
E o seu chão era a corda bamba
Apagou o triste fado da sua vida
Abraçou-se à sua alma querida
E, logo, aprendeu a dançar samba
Porém, no seio da sua alegria
Vivia encapuçada a nostalgia
Que não o deixava - caramba
Pois, à noite batia-lhe a saudade
Das suas gentes e da sua cidade
E ele cantava o fado e não o samba
É que, por uma absurda contradição
Sentia saudades da vida de então
Dos ares frios e negros de Portugal
Das turvas águas salobras do Tejo
De tantas tristezas, qu`eu não invejo
Nelas e no fado via a sua terra natal
apsferreira
Despido de qualquer vaidade
Partiu de terras de Portugal
Uma alma só, tão tristonha
Tomada, por uma dor medonha
E por um tal tristeza, sem igual
Embarcado, em falsa liberdade
E envolto na dolorosa saudade
Disse adeus ao seu país, amado
Em seus olhos vi águas do Tejo
E em tom triste, que não invejo
Vi-o encapuçar-se e cantar o fado
Vestiu a sua alma de criança
De quando o dia era esperança
E o seu chão era a corda bamba
Apagou o triste fado da sua vida
Abraçou-se à sua alma querida
E, logo, aprendeu a dançar samba
Porém, no seio da sua alegria
Vivia encapuçada a nostalgia
Que não o deixava - caramba
Pois, à noite batia-lhe a saudade
Das suas gentes e da sua cidade
E ele cantava o fado e não o samba
É que, por uma absurda contradição
Sentia saudades da vida de então
Dos ares frios e negros de Portugal
Das turvas águas salobras do Tejo
De tantas tristezas, qu`eu não invejo
Nelas e no fado via a sua terra natal
apsferreira
domingo, 28 de novembro de 2010
Insana Paralisia
Sou pranto, na tua ausência,
Porque magoa...
Ver a vida esvair-se, assim, à toa
Saber-te viva; sentir-te morta
Pois, que minh`alma, de ti, cativa
Vendo-se, por ti, absorta
Vive, numa tal situação aflitiva
Pois, que, perante a tua intransigência
Vê-se na inevitável contingência
De que, cada sentimento, nela surgido
A cada projecto – a cada ensejo, querido
Nascido, nas entranhas do legítimo desejo
Por absurda imposição, logo, o aborte
Pois, que a tal vê-se obrigada
Ao ver a tua alma, que, por o destino, ter sido fustigada
Castigada, por tremenda pouca sorte, na vida
Estar completamente desmotivada, descolorida
E, em vida, inanimada
Deixando-se, perante tudo, desfalecer
Sem, em nada, conseguir-se assumir
Por não sentir capacidade, para reagir
Sequer, de saber o que fazer
Para, desse marasmo, poder emergir.
Amar alguém que não nos ama
E viver nessa dolorosa entrega
É, realmente, um verdadeiro drama...
Mas, quando se sabe acontecer
A situação exactamente oposta
Quando nós amamos alguém,
Que, também, de nós gosta
Mas, que esse amor, a arrelia
Pois, que, se bem que o queria,
Porque, à desmotivação se entrega
A ele se nega…
Assumindo, como uma mera incapacidade
Vivê-lo, como uma qualquer realidade
Pelo que, a ele, não se esmera
Pois, que da vida já nada espera...
Isto é algo, que, em sã cabeça, não cabe
Pois, tanto, quanto se sabe
Tal, nem se deve a um motivo especial...
Apenas, a uma mera imposição circunstancial
Que, por este mundo, é tão banal
Mas, que assume-se incapaz de ultrapassar
E opta, então, por se acomodar
Por opção já há muito assumida
Decepando a sua própria vida
Quiçá, por incauta cobardia
Já que se escusa à ousadia
De, ao menos, sequer, tentar
Decepando, assim, o meu amar...
apsferreira
Porque magoa...
Ver a vida esvair-se, assim, à toa
Saber-te viva; sentir-te morta
Pois, que minh`alma, de ti, cativa
Vendo-se, por ti, absorta
Vive, numa tal situação aflitiva
Pois, que, perante a tua intransigência
Vê-se na inevitável contingência
De que, cada sentimento, nela surgido
A cada projecto – a cada ensejo, querido
Nascido, nas entranhas do legítimo desejo
Por absurda imposição, logo, o aborte
Pois, que a tal vê-se obrigada
Ao ver a tua alma, que, por o destino, ter sido fustigada
Castigada, por tremenda pouca sorte, na vida
Estar completamente desmotivada, descolorida
E, em vida, inanimada
Deixando-se, perante tudo, desfalecer
Sem, em nada, conseguir-se assumir
Por não sentir capacidade, para reagir
Sequer, de saber o que fazer
Para, desse marasmo, poder emergir.
Amar alguém que não nos ama
E viver nessa dolorosa entrega
É, realmente, um verdadeiro drama...
Mas, quando se sabe acontecer
A situação exactamente oposta
Quando nós amamos alguém,
Que, também, de nós gosta
Mas, que esse amor, a arrelia
Pois, que, se bem que o queria,
Porque, à desmotivação se entrega
A ele se nega…
Assumindo, como uma mera incapacidade
Vivê-lo, como uma qualquer realidade
Pelo que, a ele, não se esmera
Pois, que da vida já nada espera...
Isto é algo, que, em sã cabeça, não cabe
Pois, tanto, quanto se sabe
Tal, nem se deve a um motivo especial...
Apenas, a uma mera imposição circunstancial
Que, por este mundo, é tão banal
Mas, que assume-se incapaz de ultrapassar
E opta, então, por se acomodar
Por opção já há muito assumida
Decepando a sua própria vida
Quiçá, por incauta cobardia
Já que se escusa à ousadia
De, ao menos, sequer, tentar
Decepando, assim, o meu amar...
apsferreira
domingo, 21 de novembro de 2010
Elayne - A Leoa (dedicado)
Os teus olhos são de leoa
E de leoa é o teu olhar
Fixam-me, como se uma leoa, tu foras
Pronta, para me devorar
Mas, através deles vejo o teu coração…
Esse, de leoa não é, não
Nele, há tanta doçura
Quanta necessidade de amar
Uma ternura, sem par
Tal alma doce e pura
Mas, esse teu coração…
Esse, não é de leoa não!
Esse é de gente boa.
apsferreira
Este poema foi escrito, decicado a
Elaine Aguiar
http://www.diariosdoces.blogspot.com/
E de leoa é o teu olhar
Fixam-me, como se uma leoa, tu foras
Pronta, para me devorar
Mas, através deles vejo o teu coração…
Esse, de leoa não é, não
Nele, há tanta doçura
Quanta necessidade de amar
Uma ternura, sem par
Tal alma doce e pura
Mas, esse teu coração…
Esse, não é de leoa não!
Esse é de gente boa.
apsferreira
Este poema foi escrito, decicado a
Elaine Aguiar
http://www.diariosdoces.blogspot.com/
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
............ O Dia, em que a Terra Tremeu ............
................................................................................
.............. Ah, se eu pudesse, eu correria desenfreado ..............
......... atrás de um meu longínquo passado, que se perdeu, .........
.................. entre os meus sorrisos de outrora .....................
................ e estas lágrimas, que agora, embaciam .................
.............................. a minha vista .................................
.................... e lavam-me os meus sentimentos ....................
........................... e os fazem desbotar .............................
................................................................................
................................................................................
.......... Eu apanharia cada cana de foguete atirado, ao ar, ..........
........................ naqueles dias de euforia, .........................
................ quando, um dia, eu fui joguete da vida, ................
........................ de uma vida amarelecida ..........................
.................................... que, ......................................
........................... porque desvairado, .............................
...... quando, outrora, eu, de mente encantada, via-a dourada ......
................................................................................
................................................................................
................................ Iria indagar, ................................
........ sobre aquele dia, em que a terra tremeu e se fendeu ........
..................... e tudo em redor desmoronou ........................
......... e tal foi o pó que se levantou, que o sol encobriu ............
....................... e a minha vida escureceu .........................
...............................................................................
...............................................................................
............................. Mergulharia ...................................
........... naquela fenda, por onde minha vida se precipitou .........
............... à procura da venda, que me tapou a vista ..............
.... naquele dia, quando eu era um artista, e que a terra abalou ....
........................ e o meu mundo desabou .........................
...............................................................................
...............................................................................
........................... Foi um dia tão frio ............................
. esse dia, em que a terra tremeu, a fenda se abriu e minha vida, .
....................... por entre ela, se esvaiu. .........................
................ Naquele dia, em que o sol se escondeu ................
....................... e fui eu, que perdi o brio .........................
...............................................................................
............... Foi naquele dia, em que a terra tremeu ................
...............................................................................
...............................................................................
............................... apsferreira .................................
...............................................................................
.............. Ah, se eu pudesse, eu correria desenfreado ..............
......... atrás de um meu longínquo passado, que se perdeu, .........
.................. entre os meus sorrisos de outrora .....................
................ e estas lágrimas, que agora, embaciam .................
.............................. a minha vista .................................
.................... e lavam-me os meus sentimentos ....................
........................... e os fazem desbotar .............................
................................................................................
................................................................................
.......... Eu apanharia cada cana de foguete atirado, ao ar, ..........
........................ naqueles dias de euforia, .........................
................ quando, um dia, eu fui joguete da vida, ................
........................ de uma vida amarelecida ..........................
.................................... que, ......................................
........................... porque desvairado, .............................
...... quando, outrora, eu, de mente encantada, via-a dourada ......
................................................................................
................................................................................
................................ Iria indagar, ................................
........ sobre aquele dia, em que a terra tremeu e se fendeu ........
..................... e tudo em redor desmoronou ........................
......... e tal foi o pó que se levantou, que o sol encobriu ............
....................... e a minha vida escureceu .........................
...............................................................................
...............................................................................
............................. Mergulharia ...................................
........... naquela fenda, por onde minha vida se precipitou .........
............... à procura da venda, que me tapou a vista ..............
.... naquele dia, quando eu era um artista, e que a terra abalou ....
........................ e o meu mundo desabou .........................
...............................................................................
...............................................................................
........................... Foi um dia tão frio ............................
. esse dia, em que a terra tremeu, a fenda se abriu e minha vida, .
....................... por entre ela, se esvaiu. .........................
................ Naquele dia, em que o sol se escondeu ................
....................... e fui eu, que perdi o brio .........................
...............................................................................
............... Foi naquele dia, em que a terra tremeu ................
...............................................................................
...............................................................................
............................... apsferreira .................................
...............................................................................
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Na Tua Vida (poema dedicado)
O delicioso perfume, das flores
E a beleza das suas cores
Acompanhar-te-ão, sempre, na tua vida
Elaine, minha querida
Pois, tu própria és uma delicada flor
De bela tonalidade e inebriante odor
Que gera a esperança, na vida
Desde, na do velho, à da criança
E, a todos faz sorrir
Como vês, na tua vida
Jamais, te faltará o sorriso
Tampouco, o afago de uma mão
Que te segurará, docemente, junto ao coração
E te fará sentir sempre muito, muito, querida
Assim, farás com que esse, alguém, fique tropo
E tu irás poder, para sempre, sentir
O aconchegante calor, do seu corpo
apsferreira
E a beleza das suas cores
Acompanhar-te-ão, sempre, na tua vida
Elaine, minha querida
Pois, tu própria és uma delicada flor
De bela tonalidade e inebriante odor
Que gera a esperança, na vida
Desde, na do velho, à da criança
E, a todos faz sorrir
Como vês, na tua vida
Jamais, te faltará o sorriso
Tampouco, o afago de uma mão
Que te segurará, docemente, junto ao coração
E te fará sentir sempre muito, muito, querida
Assim, farás com que esse, alguém, fique tropo
E tu irás poder, para sempre, sentir
O aconchegante calor, do seu corpo
apsferreira
quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Tu nem sonhas...
Ah, quando tu chegas…
É como se uma luz se acendesse e o meu mundo, que moribundo sucumbia, no fundo de um fosso, renascesse, e, num repente, ficasse moço - resplandecente. É como essa noite, tão escura, que perdura para além da tua presença, por tua sentença, repentinamente, amanhecesse…
Ah, quando tu chegas…
O meu coração pula e, enquanto o resto do mundo se anula – queria, eu, saber, porque isso acontece, assim… - como se, por magia, a noite, a meio da noite faz-se dia, e toda aquela tristeza - essa escuridão, para onde me remete a tua ausência - essa solidão que se apropria, de mim, sem clemência, desaparece. Com que eficiência, tu anulas tal nefasto efeito, dessa tua ausência, pois, de imediato, eu sinto-me refeito.
Ah, quando tu chegas…
Logo, em meu coração te aconchegas, emersa nesta louca sensação. Tu nem supões, que me pões, assim… tal, seria eu capaz de tudo apostar, pois, eu sei, que jamais poderás sequer imaginar, o que tu és, para mim…
O pior de tudo isto, insisto, é que tu nem sonhas, que me causas tais sensações, tão avassaladoras – sensações medonhas. Abrasadoras!
Ah, quando tu chegas…
Quando tu chegas…
Quando tu chegas, tu nem sonhas, como me pões…
apsferreira
É como se uma luz se acendesse e o meu mundo, que moribundo sucumbia, no fundo de um fosso, renascesse, e, num repente, ficasse moço - resplandecente. É como essa noite, tão escura, que perdura para além da tua presença, por tua sentença, repentinamente, amanhecesse…
Ah, quando tu chegas…
O meu coração pula e, enquanto o resto do mundo se anula – queria, eu, saber, porque isso acontece, assim… - como se, por magia, a noite, a meio da noite faz-se dia, e toda aquela tristeza - essa escuridão, para onde me remete a tua ausência - essa solidão que se apropria, de mim, sem clemência, desaparece. Com que eficiência, tu anulas tal nefasto efeito, dessa tua ausência, pois, de imediato, eu sinto-me refeito.
Ah, quando tu chegas…
Logo, em meu coração te aconchegas, emersa nesta louca sensação. Tu nem supões, que me pões, assim… tal, seria eu capaz de tudo apostar, pois, eu sei, que jamais poderás sequer imaginar, o que tu és, para mim…
O pior de tudo isto, insisto, é que tu nem sonhas, que me causas tais sensações, tão avassaladoras – sensações medonhas. Abrasadoras!
Ah, quando tu chegas…
Quando tu chegas…
Quando tu chegas, tu nem sonhas, como me pões…
apsferreira
terça-feira, 9 de novembro de 2010
Olhando a vida
Se parecer-te
Ouvires a voz da “inteligência”
A dizer-te:
"Continua!
A vida é tua!
Deixa, que seja essa alma, tua, a, a comandar!
Que interesse tem, se estás sozinho, nessa corrida?
Afinal, quem mais poderia zelar, pelo o teu bem
Tu – só tu sabes o que é bom, para a tua vida!"
Então pára!!!
E repara, se sentes a tua mão trémula…
E, se ela o estiver,
O melhor, então, é mesmo parar!
A essa tua intenção falta-lhe a gémula
A parte fecunda do embrião
E, assim, ela não te levará a nenhum lugar!
Não será, então, isso, que a tua vida requer
Tu sentes, que a tua vida está nua
Tal, como tu sentes nu o teu “sentir” - o teu amar
Lembra-te, que tu apenas tens esta vida
E, esta tua vida, desta vida tem que provir
Ela parece-te longa, tão comprida…
Mas verás que ela é bem pequena
Cabe-te garantir, que ela seja devidamente provida
Para que possas bem a consumar
Para, quando tu sentires a tua hora a chegar
Tu achares, que ela, realmente, valeu a pena.
apsferreira
Ouvires a voz da “inteligência”
A dizer-te:
"Continua!
A vida é tua!
Deixa, que seja essa alma, tua, a, a comandar!
Que interesse tem, se estás sozinho, nessa corrida?
Afinal, quem mais poderia zelar, pelo o teu bem
Tu – só tu sabes o que é bom, para a tua vida!"
Então pára!!!
E repara, se sentes a tua mão trémula…
E, se ela o estiver,
O melhor, então, é mesmo parar!
A essa tua intenção falta-lhe a gémula
A parte fecunda do embrião
E, assim, ela não te levará a nenhum lugar!
Não será, então, isso, que a tua vida requer
Tu sentes, que a tua vida está nua
Tal, como tu sentes nu o teu “sentir” - o teu amar
Lembra-te, que tu apenas tens esta vida
E, esta tua vida, desta vida tem que provir
Ela parece-te longa, tão comprida…
Mas verás que ela é bem pequena
Cabe-te garantir, que ela seja devidamente provida
Para que possas bem a consumar
Para, quando tu sentires a tua hora a chegar
Tu achares, que ela, realmente, valeu a pena.
apsferreira
Saudade, à toa
Ter saudades, de quem não se conhece
É coisa que parece
Não ser coisa, de gente “boa”
Quem sente saudades à toa
É porque, em sua vida só acontece
Coisa triste… - que magoa
apsferreira
É coisa que parece
Não ser coisa, de gente “boa”
Quem sente saudades à toa
É porque, em sua vida só acontece
Coisa triste… - que magoa
apsferreira
Êxtase
Como tu és bonita...
Na tua expressão tudo, mas tudo, grita
O teu sorriso é puro encantamento
Ele é o meu tormento
Arromba-me o coração...
Causa-me uma sensação de deslumbramento
Faz-me perder a razão...
apsferreira
Na tua expressão tudo, mas tudo, grita
O teu sorriso é puro encantamento
Ele é o meu tormento
Arromba-me o coração...
Causa-me uma sensação de deslumbramento
Faz-me perder a razão...
apsferreira
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
O clarear
Pensei, que o vento te levara
Por um desfiladeiro, incerto
E, por certo, lá te aprisionara
Então, minh`alma, que dorida
Sangrando de profunda ferida
Em grande tristeza, definhava
Quis, o vento trazer-me, então
Um novo alento, pela sua mão
O que minh`alma mais precisava…
Pois, que na escuridão vagueava
Por denso nevoeiro, sem farol
Veio esse vento e abriu-se o sol
apsferreira
Por um desfiladeiro, incerto
E, por certo, lá te aprisionara
Então, minh`alma, que dorida
Sangrando de profunda ferida
Em grande tristeza, definhava
Quis, o vento trazer-me, então
Um novo alento, pela sua mão
O que minh`alma mais precisava…
Pois, que na escuridão vagueava
Por denso nevoeiro, sem farol
Veio esse vento e abriu-se o sol
apsferreira
domingo, 7 de novembro de 2010
Os teus olhos
Nos teus olhos, de belos tons cinza
Eu vejo tanta, mas tanta beleza
Beleza, que jamais se perde, de certeza
Nem, quando a tua alma está ranzinza…
E é, através dessa sua transparência,
Que eu vislumbro outra beleza, sem par
Vejo a tua alma, em toda a sua essência
Diz-me, como poderia, eu, não te amar…
E é, por tal, que a teus pés eu me deposito,
Pois, que neste meu sentir, eu não hesito.
Diz-me, como poderia, eu, a tal me negar…
Essa sua beleza, é o meu encantamento
E, esse seu brilho, o meu deslumbramento.
Diz-me, como poderia, eu, tudo isto, ignorar …
apsferreira
Eu vejo tanta, mas tanta beleza
Beleza, que jamais se perde, de certeza
Nem, quando a tua alma está ranzinza…
E é, através dessa sua transparência,
Que eu vislumbro outra beleza, sem par
Vejo a tua alma, em toda a sua essência
Diz-me, como poderia, eu, não te amar…
E é, por tal, que a teus pés eu me deposito,
Pois, que neste meu sentir, eu não hesito.
Diz-me, como poderia, eu, a tal me negar…
Essa sua beleza, é o meu encantamento
E, esse seu brilho, o meu deslumbramento.
Diz-me, como poderia, eu, tudo isto, ignorar …
apsferreira
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Beija-me
Como eu queria te beijar,
Suavemente…
Como eu queria tomar teus lábios, em meus,
E os sugar, docemente…
Sentir o seu calor…, o teu fervor
E, com o teu beijo, preencher este meu desejo.
apsferreira
Suavemente…
Como eu queria tomar teus lábios, em meus,
E os sugar, docemente…
Sentir o seu calor…, o teu fervor
E, com o teu beijo, preencher este meu desejo.
apsferreira
As Duas Faces da Moeda
Cada moeda tem duas faces
E se uma é o reverso, a outra será o verso!
E se a virarmos ao contrário,
Nada haverá de perdulário – não fará qualquer mal…
Cada uma passa a ser o inverso.
Então, qual das duas faces será a principal…?
Por analogia daí pode-se concluir,
Que, como tal, há tanta…, mas, tanta coisa, na vida
Tanta coisa por que afincadamente lutamos,
Por ser-nos a coisa mais apetecida.
Ah, quantas vezes, quase nos matamos…
E esfolamo-nos, por ela, a lutar
Chegamos a ir, para além do que nos é aconselhável ir
Porém, muitas são as vezes, que não a conseguimos alcançar…
E, então, é tanto…, mas, tanto o que nos consumimos
Ah, quanto…, mas, quanto nos desiludimos…!
Mas, afinal, porquê toda esta exigência,
Se tudo na vida não passa de uma contingência…?
Em cada caminho, por onde nós seguimos
Quando há que tomar uma decisão
Surgem, sempre…, mas, sempre, nele, enlaces.
Pois, tal como a moeda, na vida
Sempre, para tudo, existem duas faces.
Há, sempre, uma segunda opção!
É, tal e qual, os dois bicos do pau
Se uma tem algo de muito bom
Também o terá, de muito mau!
É, que o povo tem sempre razão…
E ele diz que não há bela, sem senão!
A solução ideal é, sempre, por nós, a pretendida
Mesmo, que haja outra o bastante satisfatória…
E que nesse reverso consigamos encontrar
Algo, que consegue, perfeitamente, compensar
E quanto não arriscamos, nós, da vida
Porque a segunda é sempre tida, como solução inglória
Uma solução, que, por tal, entristece-nos o coração…
Que parece retirar-nos o travo da vitória
O que nos causa uma imensa frustração!
Isto é, tal e qual, como eu aqui vos digo
E, por tão pouco, chega-se a por tudo…, mas tudo em perigo!
A moral desta história é, por demais, evidente
E o que, dela, nós tão facilmente poderemos reter
É que, amigo, realmente, viver… viver não custa
O que custa, efectivamente, é saber viver.
apsferreira
E se uma é o reverso, a outra será o verso!
E se a virarmos ao contrário,
Nada haverá de perdulário – não fará qualquer mal…
Cada uma passa a ser o inverso.
Então, qual das duas faces será a principal…?
Por analogia daí pode-se concluir,
Que, como tal, há tanta…, mas, tanta coisa, na vida
Tanta coisa por que afincadamente lutamos,
Por ser-nos a coisa mais apetecida.
Ah, quantas vezes, quase nos matamos…
E esfolamo-nos, por ela, a lutar
Chegamos a ir, para além do que nos é aconselhável ir
Porém, muitas são as vezes, que não a conseguimos alcançar…
E, então, é tanto…, mas, tanto o que nos consumimos
Ah, quanto…, mas, quanto nos desiludimos…!
Mas, afinal, porquê toda esta exigência,
Se tudo na vida não passa de uma contingência…?
Em cada caminho, por onde nós seguimos
Quando há que tomar uma decisão
Surgem, sempre…, mas, sempre, nele, enlaces.
Pois, tal como a moeda, na vida
Sempre, para tudo, existem duas faces.
Há, sempre, uma segunda opção!
É, tal e qual, os dois bicos do pau
Se uma tem algo de muito bom
Também o terá, de muito mau!
É, que o povo tem sempre razão…
E ele diz que não há bela, sem senão!
A solução ideal é, sempre, por nós, a pretendida
Mesmo, que haja outra o bastante satisfatória…
E que nesse reverso consigamos encontrar
Algo, que consegue, perfeitamente, compensar
E quanto não arriscamos, nós, da vida
Porque a segunda é sempre tida, como solução inglória
Uma solução, que, por tal, entristece-nos o coração…
Que parece retirar-nos o travo da vitória
O que nos causa uma imensa frustração!
Isto é, tal e qual, como eu aqui vos digo
E, por tão pouco, chega-se a por tudo…, mas tudo em perigo!
A moral desta história é, por demais, evidente
E o que, dela, nós tão facilmente poderemos reter
É que, amigo, realmente, viver… viver não custa
O que custa, efectivamente, é saber viver.
apsferreira
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
Declaração de amor
Tu és um encanto
És a minha perdição…
Tu és a coisa mais linda,
Que eu tenho, no coração.
apsferreira
És a minha perdição…
Tu és a coisa mais linda,
Que eu tenho, no coração.
apsferreira
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Escuridão
Diz-me Sol, porque não nasceste
Porque me deixaste, nesta escuridão…
Triste e só, este meu coração, mole
Anda de arrasto, pelo chão
Oxa-lá, ele não se imole…
apsferreira
Porque me deixaste, nesta escuridão…
Triste e só, este meu coração, mole
Anda de arrasto, pelo chão
Oxa-lá, ele não se imole…
apsferreira
Quem sou eu?
Eu sou cavaleiro, andante
Porque ando, por este mundo
Andante, porque eu vagueio
De modo cuidado e profundo
Em apetecível território, alheio
Numa permanente corrida
Procurando um pouso pr`á vida
Cavaleiro, porque segundo
Meu peculiar modo actuante
Que, mui digno, porém, brejeiro
Dê-me ares de ser farsante
Nas minhas andanças, pelo mundo
Porém, eu fiz-me escudeiro
De um rei (que já não é reinante)
apsferreira
Porque ando, por este mundo
Andante, porque eu vagueio
De modo cuidado e profundo
Em apetecível território, alheio
Numa permanente corrida
Procurando um pouso pr`á vida
Cavaleiro, porque segundo
Meu peculiar modo actuante
Que, mui digno, porém, brejeiro
Dê-me ares de ser farsante
Nas minhas andanças, pelo mundo
Porém, eu fiz-me escudeiro
De um rei (que já não é reinante)
apsferreira
O meu fado
Palavras de tanta beleza
Chegam-me, num mero pecado.
Apontam, ao meu coração, um fado…
Um fado de incerteza
Quisera o meu coração saber
Como, com ele, lidar…
Quem me dera me queiras ensinar
O seu verdadeiro significado
Que caminho me aponta teu doce pecado
apsferreira
Chegam-me, num mero pecado.
Apontam, ao meu coração, um fado…
Um fado de incerteza
Quisera o meu coração saber
Como, com ele, lidar…
Quem me dera me queiras ensinar
O seu verdadeiro significado
Que caminho me aponta teu doce pecado
apsferreira
São raios de sol...
Sempre, que rondas o meu areal
No mar levantam-se as ondas
Mas, não são ondas de temporal…,
Pois, vejo o brilhar do sol
E escuto o cantar do rouxinol
São meigos raios de luz solar…
Que, em feixes chegam, até mim
E fazem-me querer que não deixes
O meu areal, assim…
Eles trespassam-me o peito
E deixam-me o coração, deste jeito…
apsferreira
No mar levantam-se as ondas
Mas, não são ondas de temporal…,
Pois, vejo o brilhar do sol
E escuto o cantar do rouxinol
São meigos raios de luz solar…
Que, em feixes chegam, até mim
E fazem-me querer que não deixes
O meu areal, assim…
Eles trespassam-me o peito
E deixam-me o coração, deste jeito…
apsferreira
domingo, 31 de outubro de 2010
Coito
CONTEÚDO ERÓTICO
Este texto NÃO DEVE ser lido por pessoas de maior susceptibilidade, por, de alguma forma, PODER TORNAR-SE CHOCANTE.
.............................................................
P.D. 02/11/2010 23h47
Caros leitores,
Depois de reflectir, maduramente, sobre a oportunidade de manter, no meu blogue de poesia, a prosa poética de cariz erótico, escrita por mim, que encontrava-se, neste espaço, achei por bem retirá-la.
A sua permanência, aqui, para além de destoar com o conteúdo geral do blogue, no qual já existiam os actuais seguidores, considerei que poderia estar a constituir um atentado, contra a imagem dos mesmos, aos quais, por tal, apresento as minhas sinceras desculpas.
apsferreira
Este texto NÃO DEVE ser lido por pessoas de maior susceptibilidade, por, de alguma forma, PODER TORNAR-SE CHOCANTE.
.............................................................
P.D. 02/11/2010 23h47
Caros leitores,
Depois de reflectir, maduramente, sobre a oportunidade de manter, no meu blogue de poesia, a prosa poética de cariz erótico, escrita por mim, que encontrava-se, neste espaço, achei por bem retirá-la.
A sua permanência, aqui, para além de destoar com o conteúdo geral do blogue, no qual já existiam os actuais seguidores, considerei que poderia estar a constituir um atentado, contra a imagem dos mesmos, aos quais, por tal, apresento as minhas sinceras desculpas.
apsferreira
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
O Perdão de Cristo
Diz-me, Tu, ó bom Senhor Jesus
Tu, que estavas pregado, naquela cruz
Perante um mundo de devassidão
Como, naquele exacto momento
De dilacerante dor e sofrimento,
Perdoaste toda aquela multidão
O Teu abandono era profundo…
Sentias-Te abandonado, pelo Pai
Foras ultrajado, pelo mundo
Brutalmente, pela humanidade…
Que, plena em ingratidão,
Negava-se à hombridade
E, sem qualquer compaixão,
Condenou-te à crucificação.
Aqueles, a quem amavas de verdade!
Diz-me, Tu, ó senhor bom Jesus
Como, esse Teu coração, dorido
Nesse desfecho, do tempo vivido
Aquando da Tua passagem, pela terra
Antro de libertinagem e de egoísmo
Um mundo pleno em hipocrisia
Onde, em nome da paz, se faz a guerra
Onde, ultrajam-se crianças, a cada dia
Onde reina a incúria e a traição
Ah, quão tremenda aberração!
Diz-me, se em atitude de impar altruísmo
Como conseguiu esse Teu coração
Conceder esse perdão, profundo
À incompreensão de todo um mundo
Na sua mais absoluta dimensão
Que temias, Tu, ó bom Jesus
Filho de Maria, em pureza
Quando, sob o peso daquela cruz
Por entre as vaias da multidão
Já arrastando-te, pelo chão
Numa atitude de evidente fraqueza
Um atributo da humana natureza
Foi o que Tu, então, mostraste…
Quando, aos céus, os Teus olhos, levantaste
E ao Deus Pai Tu perguntaste
“Senhor, porque me abandonaste…?“?
Tu, a Deus Teu Pai, inquiriste…
Porque temente Te sentiste…
Diz-me, Tu, ó Senhor Jesus
Se enquanto arrastavas, aquela cruz
Por entre as vaias da multidão
Cujo peso era o peso do pecado
De um mundo ignóbil - depravado
Tal, que arriava-Te, até ao chão
Como foste Tu capaz, de perdoar
A quem, ao Teu amor, a vaiar
Te apedrejara, sem piedade
E acabara, de te condenar
À humilhante crucificação
Retribuindo, com uma cruel ingratidão
Numa absoluta iniquidade
A tua compaixão, pela humanidade
Esse Teu amor, puro, pleno em dedicação.
apsferreira
Tu, que estavas pregado, naquela cruz
Perante um mundo de devassidão
Como, naquele exacto momento
De dilacerante dor e sofrimento,
Perdoaste toda aquela multidão
O Teu abandono era profundo…
Sentias-Te abandonado, pelo Pai
Foras ultrajado, pelo mundo
Brutalmente, pela humanidade…
Que, plena em ingratidão,
Negava-se à hombridade
E, sem qualquer compaixão,
Condenou-te à crucificação.
Aqueles, a quem amavas de verdade!
Diz-me, Tu, ó senhor bom Jesus
Como, esse Teu coração, dorido
Nesse desfecho, do tempo vivido
Aquando da Tua passagem, pela terra
Antro de libertinagem e de egoísmo
Um mundo pleno em hipocrisia
Onde, em nome da paz, se faz a guerra
Onde, ultrajam-se crianças, a cada dia
Onde reina a incúria e a traição
Ah, quão tremenda aberração!
Diz-me, se em atitude de impar altruísmo
Como conseguiu esse Teu coração
Conceder esse perdão, profundo
À incompreensão de todo um mundo
Na sua mais absoluta dimensão
Que temias, Tu, ó bom Jesus
Filho de Maria, em pureza
Quando, sob o peso daquela cruz
Por entre as vaias da multidão
Já arrastando-te, pelo chão
Numa atitude de evidente fraqueza
Um atributo da humana natureza
Foi o que Tu, então, mostraste…
Quando, aos céus, os Teus olhos, levantaste
E ao Deus Pai Tu perguntaste
“Senhor, porque me abandonaste…?“?
Tu, a Deus Teu Pai, inquiriste…
Porque temente Te sentiste…
Diz-me, Tu, ó Senhor Jesus
Se enquanto arrastavas, aquela cruz
Por entre as vaias da multidão
Cujo peso era o peso do pecado
De um mundo ignóbil - depravado
Tal, que arriava-Te, até ao chão
Como foste Tu capaz, de perdoar
A quem, ao Teu amor, a vaiar
Te apedrejara, sem piedade
E acabara, de te condenar
À humilhante crucificação
Retribuindo, com uma cruel ingratidão
Numa absoluta iniquidade
A tua compaixão, pela humanidade
Esse Teu amor, puro, pleno em dedicação.
apsferreira
quarta-feira, 27 de outubro de 2010
Incoerências
Quantas e quantas vezes
Se joga uma vida inteira, no lixo
Apenas, por um mero capricho...
apsferreira
Se joga uma vida inteira, no lixo
Apenas, por um mero capricho...
apsferreira
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
A Paixão é...
A paixão é como uma tremenda foma, que se apodera do coração
E a alma se desvaira, em busca de pão,
Tal e qual, tivesse perdido, por completo, a razão.
apsferreira
E a alma se desvaira, em busca de pão,
Tal e qual, tivesse perdido, por completo, a razão.
apsferreira
Tributo à Estupidez
A estupidez é como uma doença incurável, que não tem remédio, que a atenue
Mas a capacidade que ela tem, para nos deixar estupefacto
Faz parecer que, de facto, o que ela realmente tem é uma perspicácia admirável
apsferreira
Mas a capacidade que ela tem, para nos deixar estupefacto
Faz parecer que, de facto, o que ela realmente tem é uma perspicácia admirável
apsferreira
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
Observando o Meu Funeral
Enquanto eu via o cortejo a passar
Quanta gente eu vi, que ali ia...
Vestidos de pesar, naquele dia
O dia em que o meu corpo foi a enterrar
Ali, ia gente, que há muito não se via...
A passo triste e em triste conversar
Vestindo negro ar - o do grande pesar
Lá iam pondo os assuntos, em dia
Mesmo, que sendo, a morte, um mistério
Até, pelas sombrias ruelas de um cemitério
Entre lamentos e lágrimas de pesar, profundo
Há quem não consiga deixar, nem por um segundo
De referir-se, sem escrúpulos, nem qualquer critério
À vida dos outros, principalmente, se ao adultério
apsferreira
Quanta gente eu vi, que ali ia...
Vestidos de pesar, naquele dia
O dia em que o meu corpo foi a enterrar
Ali, ia gente, que há muito não se via...
A passo triste e em triste conversar
Vestindo negro ar - o do grande pesar
Lá iam pondo os assuntos, em dia
Mesmo, que sendo, a morte, um mistério
Até, pelas sombrias ruelas de um cemitério
Entre lamentos e lágrimas de pesar, profundo
Há quem não consiga deixar, nem por um segundo
De referir-se, sem escrúpulos, nem qualquer critério
À vida dos outros, principalmente, se ao adultério
apsferreira
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
O Moribundo
Hoje morreu uma metade, de mim
A outra metade está agonizante
Nada vejo ao perto, ou no distante
Eu nunca senti um tal vazio, assim
Em minha volta, a luz das velas
Ao fundo vejo o teu semblante
Em tua mão a minha vida restante
Na outra seguras as minhas mazelas
Diz-me, o meu âmago, que na vida, doravante
O meu viver será um viver vegetante
O viver de um corpo, que perdeu a sua alma
Ó Destino, que me lançaste nesta ignóbil calma
A minha vida tu abarbataste-a de modo rompante
E tudo o mais que ela tinha de bom e de interessante
apsferreira
A outra metade está agonizante
Nada vejo ao perto, ou no distante
Eu nunca senti um tal vazio, assim
Em minha volta, a luz das velas
Ao fundo vejo o teu semblante
Em tua mão a minha vida restante
Na outra seguras as minhas mazelas
Diz-me, o meu âmago, que na vida, doravante
O meu viver será um viver vegetante
O viver de um corpo, que perdeu a sua alma
Ó Destino, que me lançaste nesta ignóbil calma
A minha vida tu abarbataste-a de modo rompante
E tudo o mais que ela tinha de bom e de interessante
apsferreira
domingo, 10 de outubro de 2010
O conto da Carochinha - moral da história
Houve certa carochinha
Que um dia resolveu casar
Pois, que rica tinha ficado
Por, ao sua casa limpar,
Ter feito um grande achado
Que, de um modo inesperado,
A sua triste vida iria mudar
Deslumbrada, a pobrezinha,
Com o coração a palpitar
Logo, para a janela, correu
Nem o resto da casa varreu
Ela nem podia acreditar...
A sua vida estava a mudar!
Mas, vejam só o que aconteceu...
De imediato pôs-se a apregoar
A sua nova condição
Sem com mais se importar
Achou urgente espalhar
Que estava pronta a casar
Pois, já tinha um tostão
Mesmo não sentindo paixão
Depois de muito escolher
Entre tanto candidato
Uns bons trabalhadores
Outros apreciadores de um bom prato
Quantos, belíssimos cantores
Desde o galo até ao pato
Optou, por um simpático rato
Mas, o eleito candidato
O famoso João Ratão
De voz doce e de bom trato
Era um grande glutão
Levado pelo aroma do feijão
Aquele boémio nato
Acabou cozido no caldeirão
Da história desta viuvinha
Só não tira a conclusão
Quem for cego, ou for tarouco
Não foi aquela trivial ambição
Como se pretendeu fazer crer então
O que enviuvou a carochinha...
Da glotice do João Ratão, tampouco!
Não me digam, que não sabem o que foi, não...
É a alegria do pobre, que dura pouco!
apsferreira
Que um dia resolveu casar
Pois, que rica tinha ficado
Por, ao sua casa limpar,
Ter feito um grande achado
Que, de um modo inesperado,
A sua triste vida iria mudar
Deslumbrada, a pobrezinha,
Com o coração a palpitar
Logo, para a janela, correu
Nem o resto da casa varreu
Ela nem podia acreditar...
A sua vida estava a mudar!
Mas, vejam só o que aconteceu...
De imediato pôs-se a apregoar
A sua nova condição
Sem com mais se importar
Achou urgente espalhar
Que estava pronta a casar
Pois, já tinha um tostão
Mesmo não sentindo paixão
Depois de muito escolher
Entre tanto candidato
Uns bons trabalhadores
Outros apreciadores de um bom prato
Quantos, belíssimos cantores
Desde o galo até ao pato
Optou, por um simpático rato
Mas, o eleito candidato
O famoso João Ratão
De voz doce e de bom trato
Era um grande glutão
Levado pelo aroma do feijão
Aquele boémio nato
Acabou cozido no caldeirão
Da história desta viuvinha
Só não tira a conclusão
Quem for cego, ou for tarouco
Não foi aquela trivial ambição
Como se pretendeu fazer crer então
O que enviuvou a carochinha...
Da glotice do João Ratão, tampouco!
Não me digam, que não sabem o que foi, não...
É a alegria do pobre, que dura pouco!
apsferreira
sábado, 2 de outubro de 2010
Reflectindo...
Serei filósofo? Serei poeta?
É... Não sei bem o que serei...
Quiçá, apenas, mais um pateta...?
apsferreira
É... Não sei bem o que serei...
Quiçá, apenas, mais um pateta...?
apsferreira
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Amor virtual
Quando um amor se concretiza, simplesmente, através de fonemas
Quer eles sejam expressos em prosa, ou em lindos poemas
Eles serão sempre, e irremediavelmente, dilemas
apsferreira
Quer eles sejam expressos em prosa, ou em lindos poemas
Eles serão sempre, e irremediavelmente, dilemas
apsferreira
domingo, 26 de setembro de 2010
A vida é assim...
Nos jardins, por onde passeio
Uns dias rindo, outros chorando
Por lá, vai o meu coração andando
Mesmo, que a passos de receio
E, nesses jardins, por onde passeei
Tu foste a mais linda flor, que lá vi
Foi por isso que, por ti, me apaixonei
De ninguém é a culpa, que eu goste, de ti
Um dia que, por lá, eu esteja a passear
O rei sol, o meu coração, vai iluminar
E apontar-lhe, qual deverá ser o meu caminho
Então, seguirei, por ele, bem de mansinho
Até, que o meu coração consiga consolidar
O que a sua luz achou, por bem, lhe indicar
apsferreira
Uns dias rindo, outros chorando
Por lá, vai o meu coração andando
Mesmo, que a passos de receio
E, nesses jardins, por onde passeei
Tu foste a mais linda flor, que lá vi
Foi por isso que, por ti, me apaixonei
De ninguém é a culpa, que eu goste, de ti
Um dia que, por lá, eu esteja a passear
O rei sol, o meu coração, vai iluminar
E apontar-lhe, qual deverá ser o meu caminho
Então, seguirei, por ele, bem de mansinho
Até, que o meu coração consiga consolidar
O que a sua luz achou, por bem, lhe indicar
apsferreira
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Terramotos Emocionais
Há poemas teus, que me causam tontura.
Eles fazem aperceber-me, quão vertiginosa será, essa loucura
De te sentir; de te ter, em braços meus.
apsferreira
Eles fazem aperceber-me, quão vertiginosa será, essa loucura
De te sentir; de te ter, em braços meus.
apsferreira
Colecções
Colecções, quem já as não fez...
Nem me lembro de quantas eu fiz
De caricas e de selos,
De amizades e de desvelos
De disputas e de paixões
De frias pedras, brilhantes, bonitas
Quantas incoerências; quantas fitas...
À mistura com contradições
De todo o cariz
Na minha colecção preferida
Quanta borboleta colorida
Que eu coleccionava, como glórias
Alegrias e vitórias.
As amizades eram aos montões
Tal, como as tristezas e as desilusões
Fracassos e dissabores
Folhas secas, secas flores
E, à mistura penosas dores,
(Essas tinha-as de todas as cores)
Arrependimentos de todos os tamanhos
Incolores, enfadonhos
Outros, extenuantes, estranhos, medonhos
E hoje?
Hoje, apenas, colecciono sonhos...
apsferreira
Nem me lembro de quantas eu fiz
De caricas e de selos,
De amizades e de desvelos
De disputas e de paixões
De frias pedras, brilhantes, bonitas
Quantas incoerências; quantas fitas...
À mistura com contradições
De todo o cariz
Na minha colecção preferida
Quanta borboleta colorida
Que eu coleccionava, como glórias
Alegrias e vitórias.
As amizades eram aos montões
Tal, como as tristezas e as desilusões
Fracassos e dissabores
Folhas secas, secas flores
E, à mistura penosas dores,
(Essas tinha-as de todas as cores)
Arrependimentos de todos os tamanhos
Incolores, enfadonhos
Outros, extenuantes, estranhos, medonhos
E hoje?
Hoje, apenas, colecciono sonhos...
apsferreira
domingo, 19 de setembro de 2010
LOL
Quantas palavras, em vão
Para transmitir uma ideia...
Um pensamento; um sentimento
Para manifestar admiração
Palavras caras, complicadas
Usadas em vasta cadeia
Por vezes, difícil de entender
Por vezes, de complexa expressão
Ah, quantas palavras se gastam, em vão!!!
Só, para nos fazermos compreender
Para transmitir um sentir
Ou, de um modo analítico,
Expressar o nosso sentido crítico
E, a outrem, fazer chegar
O que sobre algo estamos a pensar
Quando com uma simples palavrinha
A jovem pérola da expressão
Que, isolada ou em repetição,
Evita uma termenda ladainha
Seja em estruquês, alemão, ou espanhol
Pois, é o mais expressivo recurso da linguística!
Trata-se da doce, da lata, da mística
Da expressiva palavra "LOL"
apsferreira
Para transmitir uma ideia...
Um pensamento; um sentimento
Para manifestar admiração
Palavras caras, complicadas
Usadas em vasta cadeia
Por vezes, difícil de entender
Por vezes, de complexa expressão
Ah, quantas palavras se gastam, em vão!!!
Só, para nos fazermos compreender
Para transmitir um sentir
Ou, de um modo analítico,
Expressar o nosso sentido crítico
E, a outrem, fazer chegar
O que sobre algo estamos a pensar
Quando com uma simples palavrinha
A jovem pérola da expressão
Que, isolada ou em repetição,
Evita uma termenda ladainha
Seja em estruquês, alemão, ou espanhol
Pois, é o mais expressivo recurso da linguística!
Trata-se da doce, da lata, da mística
Da expressiva palavra "LOL"
apsferreira
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Belezas naturais
Ah, brasileira moreninha, tu foste feita do elemento fogo
A tua alma é ardente, o teu coração tão quente e a tua pele tem essa linda tonalidade torradinha...
Como tu és bela, mulher trigueira. Contudo, eu em ti, não vejo arrogo...
apsferreira
A tua alma é ardente, o teu coração tão quente e a tua pele tem essa linda tonalidade torradinha...
Como tu és bela, mulher trigueira. Contudo, eu em ti, não vejo arrogo...
apsferreira
Alerta... Alerta...
Alerta, alerta ò gentes deste mundo
Anda, por aí, víbora esperta
Disfarçada de minhoca
Sorrateira pica-te, num segundo
É melhor pores-te à coca
Matém a vista bem aberta
Alerta...
Alerta...
Ó gentes deste mundo
Senão, ides dar por vós moribundo
apsferreira
Anda, por aí, víbora esperta
Disfarçada de minhoca
Sorrateira pica-te, num segundo
É melhor pores-te à coca
Matém a vista bem aberta
Alerta...
Alerta...
Ó gentes deste mundo
Senão, ides dar por vós moribundo
apsferreira
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Qual é o teu número?
Amiga... Diz-me, qual é o número do teu celular
Para, quando eu sentir aquela tristeza, atroz
Eu poder te ligar e a amenizar, com a doçura da tua voz.
apsferreira
Para, quando eu sentir aquela tristeza, atroz
Eu poder te ligar e a amenizar, com a doçura da tua voz.
apsferreira
Musa - Precisa-se
Precisa-se, com toda a urgência
De uma musa substituta - pessoa de grande indulgência
Para substituir a titular, que me mandou passear, porque perdeu a paciência.
apsferreira
De uma musa substituta - pessoa de grande indulgência
Para substituir a titular, que me mandou passear, porque perdeu a paciência.
apsferreira
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Flores
Um ramo de singelas flores
Quando é dado, com amor
Numa atitude, reflectida
É a entrega da nossa alma
Uma entrega da própria vida...
É a expressão, de todos os amores
No doce beijar, de uma mão
Que, para nós, tem um especial sabor.
É um prostrar-se, com paixão
Em total clareza - assumida
Quando se pretende beijar o coração
De uma pessoa, que nos é querida.
Exprime um desejo, incontido
Para, com esse ser, que nos é tão querido
É o reconhecer de uma impar delicadeza
Em quem, para nós, é a, mais que suprema, beleza
(quantas e quantas vezes, a vida, ao se desenrolar,
nos impele a atitudes, em que parecemos o negar...)
A singular beleza de uma flor
Representando o nosso amor
Entregue, docemente, em mão,
Por nós, toca o coração
Na carência das palavras
Incapazes de exprimir
(quantas e quantas vezes as achamos parvas...)
A nobreza do nosso sentir
A real dimenção, de um ardor
Que, num doce beijar de mão,
A singular beleza, de uma flor,
Sendo, o mais fidedigno, embaixador
Leva, até, ao mais profundo do coração.
apsferreira
Quando é dado, com amor
Numa atitude, reflectida
É a entrega da nossa alma
Uma entrega da própria vida...
É a expressão, de todos os amores
No doce beijar, de uma mão
Que, para nós, tem um especial sabor.
É um prostrar-se, com paixão
Em total clareza - assumida
Quando se pretende beijar o coração
De uma pessoa, que nos é querida.
Exprime um desejo, incontido
Para, com esse ser, que nos é tão querido
É o reconhecer de uma impar delicadeza
Em quem, para nós, é a, mais que suprema, beleza
(quantas e quantas vezes, a vida, ao se desenrolar,
nos impele a atitudes, em que parecemos o negar...)
A singular beleza de uma flor
Representando o nosso amor
Entregue, docemente, em mão,
Por nós, toca o coração
Na carência das palavras
Incapazes de exprimir
(quantas e quantas vezes as achamos parvas...)
A nobreza do nosso sentir
A real dimenção, de um ardor
Que, num doce beijar de mão,
A singular beleza, de uma flor,
Sendo, o mais fidedigno, embaixador
Leva, até, ao mais profundo do coração.
apsferreira
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
A Mulher Indecisa
Sinto-me mergulhada, num mar de indecisões
Num mar de incertezas
Num mar de ilusões
Num mar de tristezas...
E eu sonho, os meus sonhos
Reabilito projectos
Olho em meu redor
Revoltam-me, uma imensidão de factos concretos!
Veementemente!
Tratam-me, como se tratam as crianças...
Reclamo o direito a uma vida melhor
E, eu própria, mato as esperanças
Rebusco forças para, disto, sair
Mas, esbarro, constantemente, em mim
Afogo-me, em contradições
Ah, como eu queria, delas, me libertar...
Ah, como eu queria recuperar a simples faculdade de amar...
Idealizo o dia, em que tudo será, assim
Eu sei que preciso exigir mais - muito mais - de mim
Eu preciso de, deste marasmo, emergir
E eu adio... e eu adio a hora de, a isso, me decidir...
Impotente, eu vejo a vida a passar... a passar...
A se esfumar!
apsferreira
Num mar de incertezas
Num mar de ilusões
Num mar de tristezas...
E eu sonho, os meus sonhos
Reabilito projectos
Olho em meu redor
Revoltam-me, uma imensidão de factos concretos!
Veementemente!
Tratam-me, como se tratam as crianças...
Reclamo o direito a uma vida melhor
E, eu própria, mato as esperanças
Rebusco forças para, disto, sair
Mas, esbarro, constantemente, em mim
Afogo-me, em contradições
Ah, como eu queria, delas, me libertar...
Ah, como eu queria recuperar a simples faculdade de amar...
Idealizo o dia, em que tudo será, assim
Eu sei que preciso exigir mais - muito mais - de mim
Eu preciso de, deste marasmo, emergir
E eu adio... e eu adio a hora de, a isso, me decidir...
Impotente, eu vejo a vida a passar... a passar...
A se esfumar!
apsferreira
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
Coração, peregrino
Ai, tanto, que eu gostei de ti, tanto...
Tanto, tanto, gostei eu de ti, minha linda...
Tão grato foi, esse tempo, que eu vivi
Nem tu imaginas, como este tempo me encanta...
Por ele, eu me desfaço em pranto
Eu queria ter-te, para sempre, em mim retida
Eu queria centrar, em teu torno, toda a minha vida
Mas, o meu triste fado, mais alto, sempre canta
Nesta caminhada, eu vou ter de continuar, ainda...
Nela, tu serás, sempre, a minha pessoa, preferida
Por ti, eu iludi o meu modo de ser...
Por ti, eu quis adulterar o meu modo de estar...
Eu teimei, comigo - cheguei a me convencer
Pois, a tua ausência, eu não conseguia suportar...
Quantas, e quantas vezes, eu o escrevi...
Era, imensa, a alegria, com que eu vivia
Nem, por uma vez, nisso, eu te menti
Tudo, tudo, o que eu te disse, eu sentia ...
Esta vida fez, de mim, um animal de mato...
Eu aprendi a amar, a lutar e a viver calado
Vaguear, por o mundo, é o meu fado
E, se é, este, o meu destino, eu acato
Sombria, a minha caminhada, continua...
Em meu coração, tudo, de ti, eu levo gravado
Para sempre carregarei esta doce recordação, tua
Recordar-te-ei, como das pessoas, que eu mais quis, a meu lado
Sereno, serei, eu, sempre, no meu caminhar
Pois, eu sei, que, se quiseres saberás, como me alcançar
Repara, bem, na vida.... repara, minha querida, como é ela
Peculiar? É-o, sem dúvida - é tão triste, quanto o é bela!
Ai, quanto eu te queria, nela, amiga, minha...
Ai, quanta saudade eu tenho, da tua beijokinha
apsferreira
Tanto, tanto, gostei eu de ti, minha linda...
Tão grato foi, esse tempo, que eu vivi
Nem tu imaginas, como este tempo me encanta...
Por ele, eu me desfaço em pranto
Eu queria ter-te, para sempre, em mim retida
Eu queria centrar, em teu torno, toda a minha vida
Mas, o meu triste fado, mais alto, sempre canta
Nesta caminhada, eu vou ter de continuar, ainda...
Nela, tu serás, sempre, a minha pessoa, preferida
Por ti, eu iludi o meu modo de ser...
Por ti, eu quis adulterar o meu modo de estar...
Eu teimei, comigo - cheguei a me convencer
Pois, a tua ausência, eu não conseguia suportar...
Quantas, e quantas vezes, eu o escrevi...
Era, imensa, a alegria, com que eu vivia
Nem, por uma vez, nisso, eu te menti
Tudo, tudo, o que eu te disse, eu sentia ...
Esta vida fez, de mim, um animal de mato...
Eu aprendi a amar, a lutar e a viver calado
Vaguear, por o mundo, é o meu fado
E, se é, este, o meu destino, eu acato
Sombria, a minha caminhada, continua...
Em meu coração, tudo, de ti, eu levo gravado
Para sempre carregarei esta doce recordação, tua
Recordar-te-ei, como das pessoas, que eu mais quis, a meu lado
Sereno, serei, eu, sempre, no meu caminhar
Pois, eu sei, que, se quiseres saberás, como me alcançar
Repara, bem, na vida.... repara, minha querida, como é ela
Peculiar? É-o, sem dúvida - é tão triste, quanto o é bela!
Ai, quanto eu te queria, nela, amiga, minha...
Ai, quanta saudade eu tenho, da tua beijokinha
apsferreira
sábado, 28 de agosto de 2010
Chorar, faz bem...
Menina, estes olhos teus estão tão tristes...
Tão distante tens, tu, esse teu olhar...
Mas, porque insistes, tu, em chorar...?
apsferreira
Tão distante tens, tu, esse teu olhar...
Mas, porque insistes, tu, em chorar...?
apsferreira
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
O Amor, que Eu Te Tinha
Minha querida amiga, esta é a verdade...
Na verdade, muito gostei, eu, de ti
E tão parca importância deste, tu, a isso...
Fechavas o teu coração
Para, reviveres os sentimentos
Por os que disseste, terem te feito passar tormentos.
E, ao meu amor, ele, sempre, a dizer não...
Era, como se, deles, precisasses, para viver
Era, como se eles alimentassem o teu ego - o teu ser
Deixando, o teu coração, cego
Deixando a tua alma, em reboliço
E, a mim, fazendo-me sofrer
O amor, que eu te tinha, era tão doce e forte
Tanto, que o meu coração, chorou a sua sorte...
apsferreira
Na verdade, muito gostei, eu, de ti
E tão parca importância deste, tu, a isso...
Fechavas o teu coração
Para, reviveres os sentimentos
Por os que disseste, terem te feito passar tormentos.
E, ao meu amor, ele, sempre, a dizer não...
Era, como se, deles, precisasses, para viver
Era, como se eles alimentassem o teu ego - o teu ser
Deixando, o teu coração, cego
Deixando a tua alma, em reboliço
E, a mim, fazendo-me sofrer
O amor, que eu te tinha, era tão doce e forte
Tanto, que o meu coração, chorou a sua sorte...
apsferreira
Vivendo de Sonhos
Deitas-te, sobre os teus pensamentos
E é, então, que tu serenas...
Tu contróis os teus momentos, sobre as músicas, que tu dizes
Pois, delas, idealizas os fragmentos
Que tu, tanto, predizes no teu estar.
Ergue-se um mundo, em teu redor!
Um mundo impar, que tu há muito conheces de cor
É o mundo, onde te semeias...
É o mundo, onde te premeias, nas vivências, que te propões alcançar
Por, entre os sorrisos, que tu anseias...
Por entre as lágrimas, que tu, sem por isso dares, com eles, caldeias.
Erguem-se os teus castelos, no ar...!
Os teus palácios, os teus jardins...; o teu bem-estar!
É um mundo, que só tu o sabes idealizar
E, por ele, tu vagueias, tocando-o docemente, tão de leve...
Uma vivência afoita, mas sempre tão breve...
Uma vivência, que, prazenteiramente, tu consomes.
São os teus emolumentos!
Pertinentes; promitentes
É o mundo, com que tu almejas lidar...
Um mundo de encantamentos, que tu usas, para te saciar
É por isso, que tu volta-lo, sempre, a o procurar...
Para colmatares essas tuas fomes
As ávidas fomes, que tu sentes, em teus carecidos momentos
apsferreira
E é, então, que tu serenas...
Tu contróis os teus momentos, sobre as músicas, que tu dizes
Pois, delas, idealizas os fragmentos
Que tu, tanto, predizes no teu estar.
Ergue-se um mundo, em teu redor!
Um mundo impar, que tu há muito conheces de cor
É o mundo, onde te semeias...
É o mundo, onde te premeias, nas vivências, que te propões alcançar
Por, entre os sorrisos, que tu anseias...
Por entre as lágrimas, que tu, sem por isso dares, com eles, caldeias.
Erguem-se os teus castelos, no ar...!
Os teus palácios, os teus jardins...; o teu bem-estar!
É um mundo, que só tu o sabes idealizar
E, por ele, tu vagueias, tocando-o docemente, tão de leve...
Uma vivência afoita, mas sempre tão breve...
Uma vivência, que, prazenteiramente, tu consomes.
São os teus emolumentos!
Pertinentes; promitentes
É o mundo, com que tu almejas lidar...
Um mundo de encantamentos, que tu usas, para te saciar
É por isso, que tu volta-lo, sempre, a o procurar...
Para colmatares essas tuas fomes
As ávidas fomes, que tu sentes, em teus carecidos momentos
apsferreira
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Um Delírio de Amor
ESTE POEMA CONTÉM REFERÊNCIAS CAPAZES DE FERIR SUSCEPTIBILIDADES
Não obstante, se quiser ter-lhe acesso, clique no link, abaixo,
e leia-o no World Art Friends.
Um Delírio de Amor - Amor - Poesias - World Art Friends
De igual modo, por esta via terá acesso aos restantes poemas, que
publiquei, nesse site, assim, como aos comentários neles deixados,
por outros utentes, do site.
Não obstante, se quiser ter-lhe acesso, clique no link, abaixo,
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Um Delírio de Amor - Amor - Poesias - World Art Friends
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quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Tu
A ternura do teu olhar é "louca" e me enlouquece
A doçura do teu sorriso tira-me o juízo...
E, o meu coração, enternece.
apsferreira
A doçura do teu sorriso tira-me o juízo...
E, o meu coração, enternece.
apsferreira
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Pensa, amiga...
Amiga, pensa um segundo...
Não te ocorre, que, quem se isola, definha e morre?
Porque não abres, tu, o teu coração, ao mundo?
apsferreira
Não te ocorre, que, quem se isola, definha e morre?
Porque não abres, tu, o teu coração, ao mundo?
apsferreira
quinta-feira, 12 de agosto de 2010
A Deliciosa Mistura
![]() |
De Álbum geral |
Mistura-se a água, com o sorriso
Uma mistura, que a vida depura
Uma delícia de tirar o siso
Nascida na alegria da alma, mais pura
E à pura transparência de essa Alma
No mais profundo do reflexo, dos raios da luz
Junta-se um amor, que no mundo tanto se aclama
Aquele amor, que crepita, em viva chama
E que, às gentes, tanto é preciso
Ah, mas que deliciosa mistura, que é esta...
Que, tão raramente, na vida, se produz
Só, quando a simplicidade é a própria vida, em festa
Assente na alegria, na água e na luz
Simplicidade, tão pura, que a própria vida contesta...
Pois, que ela é a beleza genuína - esta simplicidade, quando perdura.
apsferreira
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Vicissitudes da Vida
Foste, em busca de uma bengala
Puseram-te uns óculos, para veres os caminhos da vida
Porém, antes, tu eras bela e doce, minha amiga, querida...
apsferreira
Puseram-te uns óculos, para veres os caminhos da vida
Porém, antes, tu eras bela e doce, minha amiga, querida...
apsferreira
Pelo Pão de Cada Dia
Poeta, tu, que te apegas às palavras
E, que, com elas, a vida lavras
E estais consciênte, de que isso não é o suficiente...!
Então, dai a tua voz ao povo; à minha gente
A gente das posses magras
Pois, que é ela, que, na vida, se ressente
Pois, que é ela, que labuta a cada hora, intensamente
Pois, que é ela, que, sem ver tréguas, percorre léguas
Por sagas de todos os dias
Por uma vida, que lhes é tão parca, em alegrias...
Pois, é ela, que percorre veredas e caminhos
Mil vezes, malfadados (!)
Atravessa desfiladeiros; mares de redemoinhos
Por ela, mil vezes, amaldiçoados (!)
Em busca de paz e de pão
É uma luta danada...
É uma luta, que ultrapassa os trâmites da razão
Dai-lhes a tua voz, ó Poeta, porque, essa gente está cansada...!
apsferreira
E, que, com elas, a vida lavras
E estais consciênte, de que isso não é o suficiente...!
Então, dai a tua voz ao povo; à minha gente
A gente das posses magras
Pois, que é ela, que, na vida, se ressente
Pois, que é ela, que labuta a cada hora, intensamente
Pois, que é ela, que, sem ver tréguas, percorre léguas
Por sagas de todos os dias
Por uma vida, que lhes é tão parca, em alegrias...
Pois, é ela, que percorre veredas e caminhos
Mil vezes, malfadados (!)
Atravessa desfiladeiros; mares de redemoinhos
Por ela, mil vezes, amaldiçoados (!)
Em busca de paz e de pão
É uma luta danada...
É uma luta, que ultrapassa os trâmites da razão
Dai-lhes a tua voz, ó Poeta, porque, essa gente está cansada...!
apsferreira
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
A Despedida
Como é triste, o dia da despedida
E tantos dias, que este dia o é na vida...
Em que a mesma se vê mutilada
É um dia, que se quer esquecer,
Pois, é o dia da esperança morrer
Quantas vezes, para além, dele, não resta mais nada...
É, como, se futuro deixasse de existir...
Não há mais espaço, para se evoluir
Não há projectos, para nos alimentar
Claustrobóbica sensação de vazio
Em que a vida perde o seu brio
E o coração, até, parece querer parar
apsferreira
E tantos dias, que este dia o é na vida...
Em que a mesma se vê mutilada
É um dia, que se quer esquecer,
Pois, é o dia da esperança morrer
Quantas vezes, para além, dele, não resta mais nada...
É, como, se futuro deixasse de existir...
Não há mais espaço, para se evoluir
Não há projectos, para nos alimentar
Claustrobóbica sensação de vazio
Em que a vida perde o seu brio
E o coração, até, parece querer parar
apsferreira
As Penas do Meu Amor
Deixem, os ventos, soprar
As penas do meu amor
Deixem, os ventos, as levar...
Pois, que as carrego, com dor
Se bem, que as tente segurar
Alivie-me, o vento, do seu ardor
Um dia, no teu regresso
Amigo e amante confesso
O amigo foi te esperar
O amante, que adormeceu
Sentado, no seu lugar
Quando despertou
Com as asas de uma andorinha, voou
Não compareceu, na gare
apsferreira
As penas do meu amor
Deixem, os ventos, as levar...
Pois, que as carrego, com dor
Se bem, que as tente segurar
Alivie-me, o vento, do seu ardor
Um dia, no teu regresso
Amigo e amante confesso
O amigo foi te esperar
O amante, que adormeceu
Sentado, no seu lugar
Quando despertou
Com as asas de uma andorinha, voou
Não compareceu, na gare
apsferreira
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Doce Entrega
Sonhei, que o mar não existia
No seu lugar, uma bela ponte
Que eu atravessava, em cada dia
Para eu ir ter, contigo, além horizonte
E, como foi delicioso, ao te tocar
Sentir, que o teu corpo tremia
Sentir a tua Alma, que eu tanto queria
Tão docemente abrir-se, de par, em par
Ah, esse teu corpo fervente, em desejo
Tal, como, eu próprio, o meu, sentia
Já não mais me conseguia mentir...
Soltavas gemidos, a cada ensejo
E, em tua Alma, que, em amor, ardia
Tão fácil foi fazer, cada dos seus tabus, ruir
apsferreira
No seu lugar, uma bela ponte
Que eu atravessava, em cada dia
Para eu ir ter, contigo, além horizonte
E, como foi delicioso, ao te tocar
Sentir, que o teu corpo tremia
Sentir a tua Alma, que eu tanto queria
Tão docemente abrir-se, de par, em par
Ah, esse teu corpo fervente, em desejo
Tal, como, eu próprio, o meu, sentia
Já não mais me conseguia mentir...
Soltavas gemidos, a cada ensejo
E, em tua Alma, que, em amor, ardia
Tão fácil foi fazer, cada dos seus tabus, ruir
apsferreira
O Perdão
Doi-me o coração - se doi...
Abatido, sem compaixão
Foi atirado, para um saco de lixo
Por uma delicada mão
Que, mesmo, que delicada sendo
Magoou-o, de modo horrendo
Fê-lo, por mero capricho... (?)
Que a sua consciência remoi... (?)
Eu conheço o seu coração
Coração doce - tão cuidado...
Pela vida foi ludibriado
É coração, que, por amor, será, sempre, perdoado.
apsferreira
Abatido, sem compaixão
Foi atirado, para um saco de lixo
Por uma delicada mão
Que, mesmo, que delicada sendo
Magoou-o, de modo horrendo
Fê-lo, por mero capricho... (?)
Que a sua consciência remoi... (?)
Eu conheço o seu coração
Coração doce - tão cuidado...
Pela vida foi ludibriado
É coração, que, por amor, será, sempre, perdoado.
apsferreira
Ah, Almejado Paraíso... (texto misto)
Ah, almejado Paraíso, onde eu sinto, que cheguei, quando me sentindo envolto, por ti, eu perco o juízo - doce fruto, que sonhei. Ah, como, sempre, te almejei fruto pretensamente proibido, pois, que, sem ti, a vida não faz sentido.
Desafio-te, Serpente incauta, fonte de vida minha, a ti, que não conheces os desafios das almas, com que te deparas, nessas tuas travessuras, que tu auguras fazê-las, sozinha. Tu nem reparas...
Embebida, no teu papel de serpente, tu nem te dás conta, do que vai na alma do bicho gente.
Tu és o troféu, desta minha caminhada
Tu és um objectivo, em meus dias
À tua sombra, eu me deito e deleito.
E a minha Alma, a seu jeito, se entrega,
A essa tua malvadeza a que ela, jamais, se nega...
Tu és o efémero clarão de luz
Efémera beleza é, essa, a tua, que me seduz
A que, minha Alma, invariavelmente, se apega
Se entrega, até ao por do sol
Tu eternizas-te a cada aurora
No desejo das minhas noites vazias
Pois, que tu nunca sacias, esse desejo, de ti, que, em mim, pouco, a pouco aflora...
Primavera de meus dias
Tu és o Paraíso!
Tu és o deleito eterno...
Para além de ti perdura o inferno...
apsferreira
Desafio-te, Serpente incauta, fonte de vida minha, a ti, que não conheces os desafios das almas, com que te deparas, nessas tuas travessuras, que tu auguras fazê-las, sozinha. Tu nem reparas...
Embebida, no teu papel de serpente, tu nem te dás conta, do que vai na alma do bicho gente.
Tu és o troféu, desta minha caminhada
Tu és um objectivo, em meus dias
À tua sombra, eu me deito e deleito.
E a minha Alma, a seu jeito, se entrega,
A essa tua malvadeza a que ela, jamais, se nega...
Tu és o efémero clarão de luz
Efémera beleza é, essa, a tua, que me seduz
A que, minha Alma, invariavelmente, se apega
Se entrega, até ao por do sol
Tu eternizas-te a cada aurora
No desejo das minhas noites vazias
Pois, que tu nunca sacias, esse desejo, de ti, que, em mim, pouco, a pouco aflora...
Primavera de meus dias
Tu és o Paraíso!
Tu és o deleito eterno...
Para além de ti perdura o inferno...
apsferreira
quarta-feira, 28 de julho de 2010
Senhor, que faço...?
Que faço, Meu Deus, que faço?
Se alguém me manda suicidar
Lançar-me no vale da Morte
E, lá, permanecer moribundo
Pois, que morrer não terei a sorte...
Que faço, Senhor, que faço?
O meu coração despedaço
Ou firo minha cabeça, profundo?
É que estou a sofrer à beça
A ver se, assim, me passo, deste Mundo...
Por favor, diz-me, Senhor, que faço
Pois, que o Mundo, vira-me as costas
E nele, não encontro respostas...
Misericórdia, Senhor, Misericórdia
Em Teu Nome Te peço de mãos postas...
apsferreira
Se alguém me manda suicidar
Lançar-me no vale da Morte
E, lá, permanecer moribundo
Pois, que morrer não terei a sorte...
Que faço, Senhor, que faço?
O meu coração despedaço
Ou firo minha cabeça, profundo?
É que estou a sofrer à beça
A ver se, assim, me passo, deste Mundo...
Por favor, diz-me, Senhor, que faço
Pois, que o Mundo, vira-me as costas
E nele, não encontro respostas...
Misericórdia, Senhor, Misericórdia
Em Teu Nome Te peço de mãos postas...
apsferreira
Enraizamentos Ancestrais da Alma
Que temes tu, ó alma minha?
Porque teimas, contra mim?
Diz-me, se sendo, assim,
porque faço minha esta sina?
Porque sacrifico a minha alminha
a esta maldita adrenalina
pois, que, nesta vivência, ela me definha...!
Eu teimo, em que a minha sina
dite, que a vida minha
honre princípios ancestrais
que, apenas, ditam às almas
vivências irracionais
ilusoriamente calmas
que, de positivo nada têm
e que, só, o negativo retêm...
Diz-me tu, ó alma minha,
que medo é, este, o meu
que eu tenho de tirar o véu
e seguir de cabeça erguida?
Que medo é, este, que eu sinto
de me propor a viver a vida
e, assim, eu a pinto
inibindo-a de ser cumprida
coisa, que tanto eu me empenho
Como posso eu temer
o eu que possa vir a perder
se as lágrimas já se esgotaram;
os sorrisos, há muito, já se evaporaram
e a minha vida escurece
de tal modo, que parece
que, quando o dia amanhece
já, nem o sol nasce!
Só há nuvens carregadas
que deixam as flores sufocadas
os pássaros atordoados...
Todos os meninos calados!
Completamente passados
enquanto, minha alma desfaz-se...
O que posso, eu, temer?
Ou, que mais posso, eu, disto, querer?
apsferreira
Porque teimas, contra mim?
Diz-me, se sendo, assim,
porque faço minha esta sina?
Porque sacrifico a minha alminha
a esta maldita adrenalina
pois, que, nesta vivência, ela me definha...!
Eu teimo, em que a minha sina
dite, que a vida minha
honre princípios ancestrais
que, apenas, ditam às almas
vivências irracionais
ilusoriamente calmas
que, de positivo nada têm
e que, só, o negativo retêm...
Diz-me tu, ó alma minha,
que medo é, este, o meu
que eu tenho de tirar o véu
e seguir de cabeça erguida?
Que medo é, este, que eu sinto
de me propor a viver a vida
e, assim, eu a pinto
inibindo-a de ser cumprida
coisa, que tanto eu me empenho
Como posso eu temer
o eu que possa vir a perder
se as lágrimas já se esgotaram;
os sorrisos, há muito, já se evaporaram
e a minha vida escurece
de tal modo, que parece
que, quando o dia amanhece
já, nem o sol nasce!
Só há nuvens carregadas
que deixam as flores sufocadas
os pássaros atordoados...
Todos os meninos calados!
Completamente passados
enquanto, minha alma desfaz-se...
O que posso, eu, temer?
Ou, que mais posso, eu, disto, querer?
apsferreira
sábado, 24 de julho de 2010
O Perfume do Nosso Amor
Inexplicáveis sentimentos e paixões
Por vezes, surgem nos corações
Como, se, de geração expontânea se tratasse...
Digam-me, que força é essa, que une
A gente, que, de imediato, sente
Que a vida, num repentino enlace
Os irá levar, ao mesmo lugar
Mesmo, que, a isso, o presente se mostre imune.
O futuro, que se deleneia
Por onde, a nossa imaginação, serpenteia
Nós idealizamo-lo, com afagia
Nós imaginamo-lo, com uma tremenda ânsia; com agonia...
E é, então, que o escrevemos, com a nossa Mão
Com a nossa Alma e com o nosso Coração.
Com doce Esperança e Alegria,
Nós projectamos a nossa Vida
Tal, como ela nos é querida
Tal e qual, nós a idealizamos, para cada dia...
E é, então, que nós passeamos, por ela
Carregados de abertos sorrisos e flores na lapela
E, sonhando, fazemos projectos...
Sobre, imaginárias paredes, colocamos tetos
E, em cada imaginária flor, colocamos um odor
O perfume, do nosso amor...
apsferreira
Por vezes, surgem nos corações
Como, se, de geração expontânea se tratasse...
Digam-me, que força é essa, que une
A gente, que, de imediato, sente
Que a vida, num repentino enlace
Os irá levar, ao mesmo lugar
Mesmo, que, a isso, o presente se mostre imune.
O futuro, que se deleneia
Por onde, a nossa imaginação, serpenteia
Nós idealizamo-lo, com afagia
Nós imaginamo-lo, com uma tremenda ânsia; com agonia...
E é, então, que o escrevemos, com a nossa Mão
Com a nossa Alma e com o nosso Coração.
Com doce Esperança e Alegria,
Nós projectamos a nossa Vida
Tal, como ela nos é querida
Tal e qual, nós a idealizamos, para cada dia...
E é, então, que nós passeamos, por ela
Carregados de abertos sorrisos e flores na lapela
E, sonhando, fazemos projectos...
Sobre, imaginárias paredes, colocamos tetos
E, em cada imaginária flor, colocamos um odor
O perfume, do nosso amor...
apsferreira
quinta-feira, 22 de julho de 2010
O Pão Pr`ó Povo
Poeta, tu que te apegas às palavras
E, com elas, a (tua) vida lavras
Se tu sentes que isso é insuficiente...
Dai a voz ao povo, à minha gente
Pois, que ela é que se ressente
Que vive a vida, intensamente
Por sagas, de todos os dias
Percorre veredas e caminhos
Malfadados!
Atravessa desfiladeiros, redemoinhos
Em busca da paz e do pão
Em lutas, que ultrapassam os trâmites da razão
Dai-lhes a tua voz, ó Poeta
Pois, Eles andam esgotados...
apsferreira
E, com elas, a (tua) vida lavras
Se tu sentes que isso é insuficiente...
Dai a voz ao povo, à minha gente
Pois, que ela é que se ressente
Que vive a vida, intensamente
Por sagas, de todos os dias
Percorre veredas e caminhos
Malfadados!
Atravessa desfiladeiros, redemoinhos
Em busca da paz e do pão
Em lutas, que ultrapassam os trâmites da razão
Dai-lhes a tua voz, ó Poeta
Pois, Eles andam esgotados...
apsferreira
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Perversidade
Ah, como me apetece ser perverso
Fazer o direito, ao inverso
Ultrajar todas as normas
Amar-te de todas as formas
E, no prazer, sentir-me imerso
Ah, como me apetece ser perverso...
E por entre os lençois, submerso,
Desfolhar a tua flor
Acarimhá-la e sentir o seu calor
Manusear o seu canteiro
Amanhar a fértil terra e sentir o seu cheiro...
Regá-la, com substrato
Mas, com o substrato - o verdadeiro...
E saciar, assim, o meu querer controverso
Ah, bela rosa, gulosa...
Ah, como me apetece ser perverso...
apsferreira
Fazer o direito, ao inverso
Ultrajar todas as normas
Amar-te de todas as formas
E, no prazer, sentir-me imerso
Ah, como me apetece ser perverso...
E por entre os lençois, submerso,
Desfolhar a tua flor
Acarimhá-la e sentir o seu calor
Manusear o seu canteiro
Amanhar a fértil terra e sentir o seu cheiro...
Regá-la, com substrato
Mas, com o substrato - o verdadeiro...
E saciar, assim, o meu querer controverso
Ah, bela rosa, gulosa...
Ah, como me apetece ser perverso...
apsferreira
O Caranguejo
Ó meu pobre caranguejo
Ser, que és, de tanta graça
Vestes-te de forte carapaça
E usas tão robusta tenaz.
Tu vives nesse mar, nessa imensidão
Mas tu vives a tua paixão...,
Poia hesitas, hesitas e não és capaz
De concretizar o teu desejo...
Tu não vês, que a vida passa...
Por vezes tu pareces um fraco,
refugiado em teu buraco...
Ó meu querido caranguejo
Se tu queres concretizar o teu desejo,
Não podes ser tão indeciso...
Tu vais à frente e vais atrás
Vais à esquerda e à direita
E depois pões-te à espreita...
Tal, como se tu achasses, que não és capaz
De fazeres o que, realmente, é preciso...
apsferreira
Ser, que és, de tanta graça
Vestes-te de forte carapaça
E usas tão robusta tenaz.
Tu vives nesse mar, nessa imensidão
Mas tu vives a tua paixão...,
Poia hesitas, hesitas e não és capaz
De concretizar o teu desejo...
Tu não vês, que a vida passa...
Por vezes tu pareces um fraco,
refugiado em teu buraco...
Ó meu querido caranguejo
Se tu queres concretizar o teu desejo,
Não podes ser tão indeciso...
Tu vais à frente e vais atrás
Vais à esquerda e à direita
E depois pões-te à espreita...
Tal, como se tu achasses, que não és capaz
De fazeres o que, realmente, é preciso...
apsferreira
quarta-feira, 14 de julho de 2010
E eu escrevo...
Eu escrevo, quando a minha alma remói
Sobre uma dor, ou um acontecimento
Sobre uma reação tida, sem fundamento
Quantas vezes, eu escrevo, sobre alguém
Que, em mim, suscita um qualquer sentimento
Alguém, que eu acolho, com ternura
Ou, alguém, que eu escorraço, com bravura
Eu escrevo, quando o meu coração sorri
Perante um, qualquer, facto da vida
Perante, uma alegria surgida
Na vida de uma pessoa querida
E, ou, na minha, também
Mas eu escrevo, também, quando ele chora,
Se, em mim, porventura, a dor mora
E eu escrevo, quando recordo as alegrias
Que, um dia, eu vivi e, por elas, sorri
Se elas se transformam, em agonias
Ou, que, num repente, se vão embora
Tal como, a traiçoeira paixão, ardente
Que vem forte e vai-se, num repente
Relançando-nos na rotina de outrora
Eu escrevo, para entender os meus sentimentos
Quando a minha alma, assim, o reclama
Eu escrevo, quando, em mim, arde aquela chama
Que se alastra, pelos meus lamentos
Quando, em meu coração, a dor aclama
E eu, também, escrevo, naqueles momentos
Em que me tomam, os meus tormentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que me confrontando, com a vida
E vendo-me, em situação reprimida
Que não me trará emolumentos
Este meu coração, então, deserta
De uma batalha franca e aberta
Deixando-me, assim, sem argumentos
Eu escrevo, quando tomado, pela solidão
Eu sinto apretar-se o meu coração
Sinto-o, como se a atulhar-se, numa alverca
Vagueando, por incertos pressentimentos
Pois, que a fome de amor me acerca
Para que, na saudade, eu não me perca
E consiga libertar-me, desses sentimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Quando a luz do dia se atenua
E olho, quem passa na rua
E o que eu vejo, é passar tormentos
E quando minh`alma se corrói
Por ver um mundo, que se destrói
Por, claramente, insólitos argumentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que vejo esqueletos vivos
Definhando, porque cativos
Das políticas, para os alimentos
E, quando o pão, a alguém, se nega
Pois, que a mesquinharia é cega
E baseia-se, em singulares argumentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que os meus sonhos se destroem
E, em minha alma e coração, remoem
Os mais absurdos desapontamentos
Pois, quando os meus sonhos desmoronam
Logo, as esperanças me abandonam
E escurecem-se os meus pensamentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que o mundo, no seu girar
Faz, a criança inocente, chorar
Sobre egoistas fundamentos
E em que a minha alma, dilacerada
Por não poder fazer nada
Percorre a rota dos descernimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que alguém parte, deste mundo
Gerando um pesar, profundo
Gerando tristeza e saudade
Situações angustiantes, de verdade
Que parecem obra do Espírito Imundo
Deixando fome e demais sofrimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em, qua a solidão não me dá tréguas
E vendo a felicidade a por-se a léguas
Procuro alguém, que me conforte
Alguém, que me estenda a mão
Alguém, que me acolha, em seu coração
Escrevo, se procuro e não tenho a sorte...
apsferreira
Sobre uma dor, ou um acontecimento
Sobre uma reação tida, sem fundamento
Quantas vezes, eu escrevo, sobre alguém
Que, em mim, suscita um qualquer sentimento
Alguém, que eu acolho, com ternura
Ou, alguém, que eu escorraço, com bravura
Eu escrevo, quando o meu coração sorri
Perante um, qualquer, facto da vida
Perante, uma alegria surgida
Na vida de uma pessoa querida
E, ou, na minha, também
Mas eu escrevo, também, quando ele chora,
Se, em mim, porventura, a dor mora
E eu escrevo, quando recordo as alegrias
Que, um dia, eu vivi e, por elas, sorri
Se elas se transformam, em agonias
Ou, que, num repente, se vão embora
Tal como, a traiçoeira paixão, ardente
Que vem forte e vai-se, num repente
Relançando-nos na rotina de outrora
Eu escrevo, para entender os meus sentimentos
Quando a minha alma, assim, o reclama
Eu escrevo, quando, em mim, arde aquela chama
Que se alastra, pelos meus lamentos
Quando, em meu coração, a dor aclama
E eu, também, escrevo, naqueles momentos
Em que me tomam, os meus tormentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que me confrontando, com a vida
E vendo-me, em situação reprimida
Que não me trará emolumentos
Este meu coração, então, deserta
De uma batalha franca e aberta
Deixando-me, assim, sem argumentos
Eu escrevo, quando tomado, pela solidão
Eu sinto apretar-se o meu coração
Sinto-o, como se a atulhar-se, numa alverca
Vagueando, por incertos pressentimentos
Pois, que a fome de amor me acerca
Para que, na saudade, eu não me perca
E consiga libertar-me, desses sentimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Quando a luz do dia se atenua
E olho, quem passa na rua
E o que eu vejo, é passar tormentos
E quando minh`alma se corrói
Por ver um mundo, que se destrói
Por, claramente, insólitos argumentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que vejo esqueletos vivos
Definhando, porque cativos
Das políticas, para os alimentos
E, quando o pão, a alguém, se nega
Pois, que a mesquinharia é cega
E baseia-se, em singulares argumentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que os meus sonhos se destroem
E, em minha alma e coração, remoem
Os mais absurdos desapontamentos
Pois, quando os meus sonhos desmoronam
Logo, as esperanças me abandonam
E escurecem-se os meus pensamentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que o mundo, no seu girar
Faz, a criança inocente, chorar
Sobre egoistas fundamentos
E em que a minha alma, dilacerada
Por não poder fazer nada
Percorre a rota dos descernimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em que alguém parte, deste mundo
Gerando um pesar, profundo
Gerando tristeza e saudade
Situações angustiantes, de verdade
Que parecem obra do Espírito Imundo
Deixando fome e demais sofrimentos
Eu escrevo, naqueles momentos
Em, qua a solidão não me dá tréguas
E vendo a felicidade a por-se a léguas
Procuro alguém, que me conforte
Alguém, que me estenda a mão
Alguém, que me acolha, em seu coração
Escrevo, se procuro e não tenho a sorte...
apsferreira
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Permite-me, os devaneios
Deixa-me, em meus devaneios,
Semear cearas, plantar canteiros
Percorrer veredas e lameiros
Erguer pilares, sobre as areias, movediças
Erguer igrejas, mesmo, que não assista a missas...
Deixa-me, em meus devaneios,
Lavrar a rocha e nela semear
Subir ao topo da árvore, para ver as estrelas
Mesmo, que do chão eu consiga vê-las
Bastando, para cima, olhar
Porém, deixa-me segurar tua mão...
Apertá-la, contra o meu coração
Beijar teus lábios, com doçura
Amar-te e acarinhar-te, com ternura
Tocar e admirar os teus seios
Mesmo, que tu aches serem, apenas, os meus devaneios...
apsferreira
Semear cearas, plantar canteiros
Percorrer veredas e lameiros
Erguer pilares, sobre as areias, movediças
Erguer igrejas, mesmo, que não assista a missas...
Deixa-me, em meus devaneios,
Lavrar a rocha e nela semear
Subir ao topo da árvore, para ver as estrelas
Mesmo, que do chão eu consiga vê-las
Bastando, para cima, olhar
Porém, deixa-me segurar tua mão...
Apertá-la, contra o meu coração
Beijar teus lábios, com doçura
Amar-te e acarinhar-te, com ternura
Tocar e admirar os teus seios
Mesmo, que tu aches serem, apenas, os meus devaneios...
apsferreira
Súplica
Nesta espera, que me desespera
Sofrido, passeio, eu, sobre o teu traço
(Não sei, meu Deus, que mais eu faço
Para alcançar, esta minha quimera)
O teu belo seblante, que me inibria
Enfeitado por, esse, teu doce sorriso
Atordoa-me; tira-me, por completo, o siso.
Minha linda, tu és tudo, o quanto eu queria
Por favor, dai luz à minha vida
Tu sabes, que tu és a minha querida...
E eu, sem ti, não imagino o meu viver
A cada dia, que passa, eu sinto-me, desfalecer
Acredita, que, deste mundo, eu farei a despedida
Se não me jurares, fazer parte, da minha vida
apsferreira
Sofrido, passeio, eu, sobre o teu traço
(Não sei, meu Deus, que mais eu faço
Para alcançar, esta minha quimera)
O teu belo seblante, que me inibria
Enfeitado por, esse, teu doce sorriso
Atordoa-me; tira-me, por completo, o siso.
Minha linda, tu és tudo, o quanto eu queria
Por favor, dai luz à minha vida
Tu sabes, que tu és a minha querida...
E eu, sem ti, não imagino o meu viver
A cada dia, que passa, eu sinto-me, desfalecer
Acredita, que, deste mundo, eu farei a despedida
Se não me jurares, fazer parte, da minha vida
apsferreira
domingo, 4 de julho de 2010
O Despertar (O Regresso)
Repicam, os sinos, em meu redor
Que adormecido, estivera
Vagueando, em prolongada escuridão
A cada hora sofria...
Mas, eis, que, de súbito, rompe o dia
Sinto, de novo, bater o meu cocação
Expludo, em alegria
apsferreira
Que adormecido, estivera
Vagueando, em prolongada escuridão
A cada hora sofria...
Mas, eis, que, de súbito, rompe o dia
Sinto, de novo, bater o meu cocação
Expludo, em alegria
apsferreira
sexta-feira, 25 de junho de 2010
O Lavrador de Baldios
Tal poeta, que cantas o amor
Tal pateta, que veneras a dor
A tua alma tem escama!
São farrapos de vida
São horas de vivência, incompreendida
Que tu embalçamas, com as tuas lágrimas
Com as tuas palavras
Com o teu ardor
Ah, quantos baldios lavras, tu, poeta, por amor.
apsferreira
Tal pateta, que veneras a dor
A tua alma tem escama!
São farrapos de vida
São horas de vivência, incompreendida
Que tu embalçamas, com as tuas lágrimas
Com as tuas palavras
Com o teu ardor
Ah, quantos baldios lavras, tu, poeta, por amor.
apsferreira
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Que se passa, contigo?
Eu vejo-te dor, no pensamento
Eu vejo-te euforia, mas descontentamento
A qualquer momento, em ti, eu vejo tristeza
Passa-se, qualquer coisa, contigo, com certeza...!
Fervilha o sentimento, em tua carne
E em teu peito, empolgada emoção
As tuas palavras ressoam, vindas do coração...
E esse nervosismo, quando tu falas...?
Há horas, em que tu nem te calas...
Durante outras, tantas, nem abres a boca...
E, quando tu o fazes, parece que tens a cabeça oca!
Há pouco, por qualquer coisa, tu rias
Depois deram-te as agonias!
Por qualquer coisa tu coras...
E agora, por qualquer coisinha, tu choras...!
Por vezes, pareces electrizado
Tu não paras, nem por um minuto, sossegado...
Nem, tampouco, consegues estar calado!
Porém, há horas, em que me pareces um desmamado!
Até parece que estás a sonhar acordado...
Eu vejo-te, para aí, a sorrir, para "o passarinho"...
E tu só queres, é, que te deixem sozinho!
Para os amigos tu não "tens saco"...
A qualquer piadinha, tu dás cavaco...
E, pela tua expressão, tu pareces-me, mesmo, um tolinho...!
Que se passa, contigo, amigo...?
apsferreira
Eu vejo-te euforia, mas descontentamento
A qualquer momento, em ti, eu vejo tristeza
Passa-se, qualquer coisa, contigo, com certeza...!
Fervilha o sentimento, em tua carne
E em teu peito, empolgada emoção
As tuas palavras ressoam, vindas do coração...
E esse nervosismo, quando tu falas...?
Há horas, em que tu nem te calas...
Durante outras, tantas, nem abres a boca...
E, quando tu o fazes, parece que tens a cabeça oca!
Há pouco, por qualquer coisa, tu rias
Depois deram-te as agonias!
Por qualquer coisa tu coras...
E agora, por qualquer coisinha, tu choras...!
Por vezes, pareces electrizado
Tu não paras, nem por um minuto, sossegado...
Nem, tampouco, consegues estar calado!
Porém, há horas, em que me pareces um desmamado!
Até parece que estás a sonhar acordado...
Eu vejo-te, para aí, a sorrir, para "o passarinho"...
E tu só queres, é, que te deixem sozinho!
Para os amigos tu não "tens saco"...
A qualquer piadinha, tu dás cavaco...
E, pela tua expressão, tu pareces-me, mesmo, um tolinho...!
Que se passa, contigo, amigo...?
apsferreira
terça-feira, 22 de junho de 2010
A Serenata, do Luar
A noite cantou, para mim
Tal bela serenata...
Iluminou-se, com o luar
E eu logo ouvi o seu cantar...
Embalou-me, em tal melodia
Que eu me senti a flutuar
Ó noite bela, que te vejo tão serena
Ao ponto de eu me encantar
Que me embalas, em tépida luz
Enquanto eu ouço o teu cantarolar...
Tu fazes o meu coração sonhar...
Leva-me junto, contigo
Sou parte da tua grei
Conta-me o teu segredo
Pois, que, de ti, me enamorei
Outrora, de ti, senti medo...
E, agora, eu estou a te venerar...
Ah, tal encantamento, esse, o do teu luar...
apsferreira
Tal bela serenata...
Iluminou-se, com o luar
E eu logo ouvi o seu cantar...
Embalou-me, em tal melodia
Que eu me senti a flutuar
Ó noite bela, que te vejo tão serena
Ao ponto de eu me encantar
Que me embalas, em tépida luz
Enquanto eu ouço o teu cantarolar...
Tu fazes o meu coração sonhar...
Leva-me junto, contigo
Sou parte da tua grei
Conta-me o teu segredo
Pois, que, de ti, me enamorei
Outrora, de ti, senti medo...
E, agora, eu estou a te venerar...
Ah, tal encantamento, esse, o do teu luar...
apsferreira
sábado, 19 de junho de 2010
A Tua Rosa
Essa tua rosa, que guardas, para mim
Que floresce, em teu belo jardim
Por onde, tanto, eu desejo me passear
As suas pétalas, eu quero abrir
Para fazer o seu nectar, fluir
Ah, como, nele, eu me quero lambuzar...
apsferreira
Que floresce, em teu belo jardim
Por onde, tanto, eu desejo me passear
As suas pétalas, eu quero abrir
Para fazer o seu nectar, fluir
Ah, como, nele, eu me quero lambuzar...
apsferreira
Meninos de Mil Mundos
Menino de mundos mil
Que mil mundos tu dominas
E neste vil mundo tu sobrevives
Quantas vezes vais tu, nele, ao fundo...
Quantas, da tua dignidade, declinas...
Tu passeias o teu sorriso
Por entre gente, sem siso
Que, neste mundo, desconhece
Como, o amor, acontece
E, tantas vezes, ao que parece
Apenas, vive de ódios e maldades
Desconhece a fraternidade
Nem sabe o que, dela, transparece...
Nem o mínimo, que é preciso
Essa, é gente, que atenta contra a tua infância!
Que de modo bestial
Explora a desigualdade
E impõe a sua vontade
Como o faz um animal
Sem usar de qualquer moral
Segue as almas, que bem, ou mal
Tentam por termo à arrogância
Tentam fomentar a tolerância
E que, em tentativa abissal,
Querem acabar com a ganância
As que lutam pela igualdade
As que lutam pela fraternidade
Provocando grande ância
Em mundos de mil vontades
Os, que proliferam nas mentes doentes
Para, quem mil mundos seriam insuficientes
E, sem qualquer pudor, camuflam as verdades
apsferreira
Que mil mundos tu dominas
E neste vil mundo tu sobrevives
Quantas vezes vais tu, nele, ao fundo...
Quantas, da tua dignidade, declinas...
Tu passeias o teu sorriso
Por entre gente, sem siso
Que, neste mundo, desconhece
Como, o amor, acontece
E, tantas vezes, ao que parece
Apenas, vive de ódios e maldades
Desconhece a fraternidade
Nem sabe o que, dela, transparece...
Nem o mínimo, que é preciso
Essa, é gente, que atenta contra a tua infância!
Que de modo bestial
Explora a desigualdade
E impõe a sua vontade
Como o faz um animal
Sem usar de qualquer moral
Segue as almas, que bem, ou mal
Tentam por termo à arrogância
Tentam fomentar a tolerância
E que, em tentativa abissal,
Querem acabar com a ganância
As que lutam pela igualdade
As que lutam pela fraternidade
Provocando grande ância
Em mundos de mil vontades
Os, que proliferam nas mentes doentes
Para, quem mil mundos seriam insuficientes
E, sem qualquer pudor, camuflam as verdades
apsferreira
terça-feira, 15 de junho de 2010
O Meu Depósito a Prazo
Depositei a minha vida, a prazo
Um sagaz investimento, no futuro
Num futuro, que muito me apraz
Louco, no actual fundamento
Porém, eu não o fiz, ao acaso
Pois, tudo de bom, nele, eu auguro
E, disso, eu estou, mais, do que seguro
Depositei, todas, as minhas esperanças
Nas mãos de um alguém
Que, há muito, o meu destino, retém
Envolto, em águas mansas
Em contínuas alianças
Tal e qual, o convém
E com quem, eu projecto as minhas danças
Neste futuro, tal, como eu o auguro
Eu deposito, todas, as minhas esperanças
apsferreira
Um sagaz investimento, no futuro
Num futuro, que muito me apraz
Louco, no actual fundamento
Porém, eu não o fiz, ao acaso
Pois, tudo de bom, nele, eu auguro
E, disso, eu estou, mais, do que seguro
Depositei, todas, as minhas esperanças
Nas mãos de um alguém
Que, há muito, o meu destino, retém
Envolto, em águas mansas
Em contínuas alianças
Tal e qual, o convém
E com quem, eu projecto as minhas danças
Neste futuro, tal, como eu o auguro
Eu deposito, todas, as minhas esperanças
apsferreira
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Ser Criança
Ser criança, é ter a sabedoria
De quem sabe viver, com alegria
É gostar de andar de mão dada
É ter viva esperança, numa fada
É ter capacidade, para acreditar,
E, tendo fome, e fome a sentir,
Por ter a capacidade, de amar
Ainda ser capaz, de repartir
É abraçar, sem medo, a verdade
E dizer "sim", com sinceridade
E ao olhar o mundo, em sua volta
Não se sentir qualquer revolta
É ser capaz de jogar à bola
Sem ter um naco de pão na sacola
E dar a cara, por um qualquer amigo
Sem pensar no seu próprio umbigo
É dar o verdadeiro; o real valor
À amizade, ao carinho e ao amor
E compreender, com indulgência
O desamor, e a falta de paciência
E vendo a sua infância, a ser agredida
Com o coração partido, e a alma ferida
Baixar, singelamente, o olhar, ao chão
Perante tanta, e tão brutal incompreensão
Ser criança é conseguir-se aceitar
Apenas o que o mundo tem, para dar
E, em cada manhã, em cada dia
Recomeçar, de novo, com alegria
apsferreira
De quem sabe viver, com alegria
É gostar de andar de mão dada
É ter viva esperança, numa fada
É ter capacidade, para acreditar,
E, tendo fome, e fome a sentir,
Por ter a capacidade, de amar
Ainda ser capaz, de repartir
É abraçar, sem medo, a verdade
E dizer "sim", com sinceridade
E ao olhar o mundo, em sua volta
Não se sentir qualquer revolta
É ser capaz de jogar à bola
Sem ter um naco de pão na sacola
E dar a cara, por um qualquer amigo
Sem pensar no seu próprio umbigo
É dar o verdadeiro; o real valor
À amizade, ao carinho e ao amor
E compreender, com indulgência
O desamor, e a falta de paciência
E vendo a sua infância, a ser agredida
Com o coração partido, e a alma ferida
Baixar, singelamente, o olhar, ao chão
Perante tanta, e tão brutal incompreensão
Ser criança é conseguir-se aceitar
Apenas o que o mundo tem, para dar
E, em cada manhã, em cada dia
Recomeçar, de novo, com alegria
apsferreira
quinta-feira, 10 de junho de 2010
A Festa Genial
O Coelhinho da Páscoa e o Pai Natal
Viram-se tomados, por uma ideia genial
A de organizar uma enorme festança
Sem deixar de fora nenhuma criança
De imediacto embacaram no trenó
E rumaram em direcção às estrelas
Pois, na festa, queriam vê-las
A servir refresco, com pão-de-ló
Passaram a mina do chocolate
Raparam o panelão das amêndoas
Ambos vestiram-se de escarlate
Tão felizes eles já estavam vendo-as
Porém, quando sobrevoaram a grande África
Eles repararam, que a situação era trágica...
apsferreira
Viram-se tomados, por uma ideia genial
A de organizar uma enorme festança
Sem deixar de fora nenhuma criança
De imediacto embacaram no trenó
E rumaram em direcção às estrelas
Pois, na festa, queriam vê-las
A servir refresco, com pão-de-ló
Passaram a mina do chocolate
Raparam o panelão das amêndoas
Ambos vestiram-se de escarlate
Tão felizes eles já estavam vendo-as
Porém, quando sobrevoaram a grande África
Eles repararam, que a situação era trágica...
apsferreira
Ouve, Menino
Menino, que vagueias, por este mundo
Tenro rebento do amor, inconsequente
Quantas vezes fruto de amor profundo
O facto é, que tu vagueias, por um mundo
Que não está preparado, para ti. É evidente
Enxuga as tuas lágrimas, com este lenço
Que também eu o uso, quando, em ti, penso
E, quando olhares o mundo, em teu redor
Olha-o, com compaixão, e torna-o propenso
Para poderes vir a reconstruí-lo, de modo melhor
apsferreira
Tenro rebento do amor, inconsequente
Quantas vezes fruto de amor profundo
O facto é, que tu vagueias, por um mundo
Que não está preparado, para ti. É evidente
Enxuga as tuas lágrimas, com este lenço
Que também eu o uso, quando, em ti, penso
E, quando olhares o mundo, em teu redor
Olha-o, com compaixão, e torna-o propenso
Para poderes vir a reconstruí-lo, de modo melhor
apsferreira
Menino Valente
Alma doce, coração com medo
Tão magoado, e desde tão cedo
És o sorriso, que preciste
És a esperânça, que não desiste
És a mais injusta vítima do degredo
Os teus débeis ombros, nem bem formados
Como podem carregar, tão pesados fardos?
O teu saber é, sempre, tão profundo...
Ensina-me, menino, este teu modo de ver o mundo.
apsferreira
Tão magoado, e desde tão cedo
És o sorriso, que preciste
És a esperânça, que não desiste
És a mais injusta vítima do degredo
Os teus débeis ombros, nem bem formados
Como podem carregar, tão pesados fardos?
O teu saber é, sempre, tão profundo...
Ensina-me, menino, este teu modo de ver o mundo.
apsferreira
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ai, Morena
Ai, morena, essa tua pele, tão quente...
Reluzente...
Que o sol a doirou,
Por ela, em mim, se lavra um tal desejo, ardente
Que, de mim, se apropriou...
Ai, morena...
Sobre a tua tez, o meu olhar poisa
Tão proeminentemente
Que eu acredito, que "um seu tocar", se sente.
apsferreira
Reluzente...
Que o sol a doirou,
Por ela, em mim, se lavra um tal desejo, ardente
Que, de mim, se apropriou...
Ai, morena...
Sobre a tua tez, o meu olhar poisa
Tão proeminentemente
Que eu acredito, que "um seu tocar", se sente.
apsferreira
58 primaveras
A quinquagésima oitava badalada soou,
O pano nem se chega a fechar...
Está consumado o facto!
Iniciou-se o quinquagésimo nono acto
A plateia aplaudiu de pé
E festejou
Que viva o aniversariante
Que, entre sorrisos, sorria, e nem pestanejou
Mesmo, que tendo acabado de ouvir
Que tudo, mas tudo - tudinho - vai continuar a subir
E, tal, como cada restante, sorria radiante...
A expectativa é geral
Ficar desempregado é coisa banal
Esperar dois anos por uma consulta, é a norma
Trabalhar toda a vida, por meia reforma...?
O público aplaude, atónito, calado
Impotente, perante o modo, como se sente defraudado
A peça teatral segue o seu curso
Revezam-se, os intervenientes, no papel de urso
apsferreira
O pano nem se chega a fechar...
Está consumado o facto!
Iniciou-se o quinquagésimo nono acto
A plateia aplaudiu de pé
E festejou
Que viva o aniversariante
Que, entre sorrisos, sorria, e nem pestanejou
Mesmo, que tendo acabado de ouvir
Que tudo, mas tudo - tudinho - vai continuar a subir
E, tal, como cada restante, sorria radiante...
A expectativa é geral
Ficar desempregado é coisa banal
Esperar dois anos por uma consulta, é a norma
Trabalhar toda a vida, por meia reforma...?
O público aplaude, atónito, calado
Impotente, perante o modo, como se sente defraudado
A peça teatral segue o seu curso
Revezam-se, os intervenientes, no papel de urso
apsferreira
sábado, 29 de maio de 2010
Abusos e mais abusos
Ó Poeta tu estás cego?
Tu não vês, que é porque, a esta vida, eu me nego?
Afinal, porque me olhas, assim?
Repara:
Quem não tem qualquer coisa, que le é cara...?
A vida é um festim...!
Nele, a tua alma, tu nutres
Porém, de igual modo, nutrem-se os abutres
Vergonhosos banquetes, esses, que não tem fim.
apsferreira
Tu não vês, que é porque, a esta vida, eu me nego?
Afinal, porque me olhas, assim?
Repara:
Quem não tem qualquer coisa, que le é cara...?
A vida é um festim...!
Nele, a tua alma, tu nutres
Porém, de igual modo, nutrem-se os abutres
Vergonhosos banquetes, esses, que não tem fim.
apsferreira
terça-feira, 25 de maio de 2010
Queria Abraçar-te
Quero te abraçar, amar, beijar
Ser teu, por uns instântes
Quero sentir os teus desejos, vibrantes
Sentir o fervor, do teu amor
Como se ele fosse uma realidade
Como se me amasses, de verdade
Quero, sentir-te a amar-me, sem pudor
Sentí-lo, como se fosses minha
Sentir, que esta minha ilusão caminha,
Para a concretização, deste meu amor
E, tal como a andorinha,
Irás fazer o teu ninho, no meu redor
Quero sentir, como se tu abraçasses
Esta minha vontade imensa de te ter
De, para sempre, contigo, viver
De, que, para sempre, comigo ficasses
Que me deixasses te proteger
E, como eu te amo, assim, a mim, tu me amasses
Não quero que morra a esperança, em mim
Deste sonho, um dia, concretizar
O sonho de sentir o teu amar
Tal, como se ele fosse assim:
Que me amas, por inteiro
Com um amor forte e verdadeiro
apsferreira
Ser teu, por uns instântes
Quero sentir os teus desejos, vibrantes
Sentir o fervor, do teu amor
Como se ele fosse uma realidade
Como se me amasses, de verdade
Quero, sentir-te a amar-me, sem pudor
Sentí-lo, como se fosses minha
Sentir, que esta minha ilusão caminha,
Para a concretização, deste meu amor
E, tal como a andorinha,
Irás fazer o teu ninho, no meu redor
Quero sentir, como se tu abraçasses
Esta minha vontade imensa de te ter
De, para sempre, contigo, viver
De, que, para sempre, comigo ficasses
Que me deixasses te proteger
E, como eu te amo, assim, a mim, tu me amasses
Não quero que morra a esperança, em mim
Deste sonho, um dia, concretizar
O sonho de sentir o teu amar
Tal, como se ele fosse assim:
Que me amas, por inteiro
Com um amor forte e verdadeiro
apsferreira
domingo, 23 de maio de 2010
Sou Obra Tosca
Eu sou pedaço de pau
Que o tempo distorceu
Minha mãe era escultora
O meu pai, mestre de escola
Onde, até a funcionária
Tinha um escopo na sacola
Que culpa tenho eu?
Sou obra inacabada
Da vida, pouco sei, ou nada
Não me acusem de ser torto
Não me acusem de ser diferente
Não me acusem de ser negligente
Sou trabalho, que não é meu
E, por mais que eu tente resistir,
Vem alguém, e toca a esculpir
E o resto?
O resto o tempo moldou!
Eu sou pedaço de pau
Onde foi feita obra tosca
Vejo-me coberto de pó
E de dejecto de mosca
Sou pedaço de papel
Que o tempo amareleceu
De mim, pouco tenho, ou nada
Sou obra imperfeita
Sou obra inacabada
Da vida, pouco sei, ou nada
apsferreira
Que o tempo distorceu
Minha mãe era escultora
O meu pai, mestre de escola
Onde, até a funcionária
Tinha um escopo na sacola
Que culpa tenho eu?
Sou obra inacabada
Da vida, pouco sei, ou nada
Não me acusem de ser torto
Não me acusem de ser diferente
Não me acusem de ser negligente
Sou trabalho, que não é meu
E, por mais que eu tente resistir,
Vem alguém, e toca a esculpir
E o resto?
O resto o tempo moldou!
Eu sou pedaço de pau
Onde foi feita obra tosca
Vejo-me coberto de pó
E de dejecto de mosca
Sou pedaço de papel
Que o tempo amareleceu
De mim, pouco tenho, ou nada
Sou obra imperfeita
Sou obra inacabada
Da vida, pouco sei, ou nada
apsferreira
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Desejo
Ah, meu amor...
Neste momento, como eu queria beijar-te
Provar a doçura de teus lábios
Sentir esses teus beijos, tão sábios
Que me levam ao apogeu
Ah, como eu o queria amor, meu...
Neste momento, tudo o que eu queria
Era sentir o calor do teu corpo
Desse teu corpo, que me deixa absorto
E chega a causar-me agonia
Encostar o meu rosto, ao teu...
Passar a mão pela tua tez
E beijar-te outra, e outra vez
Poder inspirar o teu odor...
Ah, este desejo, meu...
Ah, como eu o queria, meu amor...
apsferreira
Neste momento, como eu queria beijar-te
Provar a doçura de teus lábios
Sentir esses teus beijos, tão sábios
Que me levam ao apogeu
Ah, como eu o queria amor, meu...
Neste momento, tudo o que eu queria
Era sentir o calor do teu corpo
Desse teu corpo, que me deixa absorto
E chega a causar-me agonia
Encostar o meu rosto, ao teu...
Passar a mão pela tua tez
E beijar-te outra, e outra vez
Poder inspirar o teu odor...
Ah, este desejo, meu...
Ah, como eu o queria, meu amor...
apsferreira
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Furtivos Beijos
Todo o dia, eu penso em ti, meu amor
Todo o dia, eu me passeio, em teus traços
Todo o dia, eu me embalo, em teus braços
Todo o dia, eu me derreto, em teu ardor
Todo o dia, eu desejo a doçura de teus beijos
Todo o dia, eu ardo no fervor de meus desejos
Todo o dia, eu sonho a brandura de tua pele
Todo o dia, tu és a flor, de onde, ávido, sugo mel
Todo o dia, os meus desejos são teus beijos
Todo o dia, eu busco e rebusco por ensejos
De, furtivo, a teus lábios, os ir roubar
Queria, então, ouvir, vendo em ti um sorriso
Dizeres: Meu amor: Roubá-los, não é preciso...
Pois, que eu, há tanto, ando a te os querer dar.
apsferreira
Todo o dia, eu me passeio, em teus traços
Todo o dia, eu me embalo, em teus braços
Todo o dia, eu me derreto, em teu ardor
Todo o dia, eu desejo a doçura de teus beijos
Todo o dia, eu ardo no fervor de meus desejos
Todo o dia, eu sonho a brandura de tua pele
Todo o dia, tu és a flor, de onde, ávido, sugo mel
Todo o dia, os meus desejos são teus beijos
Todo o dia, eu busco e rebusco por ensejos
De, furtivo, a teus lábios, os ir roubar
Queria, então, ouvir, vendo em ti um sorriso
Dizeres: Meu amor: Roubá-los, não é preciso...
Pois, que eu, há tanto, ando a te os querer dar.
apsferreira
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Confissão
Ah, mulher bonita, quantas vezes, de tudo, da vida,
a minha alma se fadiga,
Pois, vejo-me, tomado por tremendo desejo.
E rejeito, todo o resto...
Só, o teu corpo eu vejo, e, ao deleito, me empresto
Pelo sonho, deixo-me levar
Não o consigo evitar...
Mulher Bonita, eu sei bem, que tu és minha amiga...
Mas acredita,
Lutar contra isso é esforço em vão
Descontrola-se-me a imaginação
Quanto eu sonho, com esse ensejo!
Eu imagino o que não devo...
Minha amiga, tu nem sabes, ao que eu me atrevo...
apsferreira
a minha alma se fadiga,
Pois, vejo-me, tomado por tremendo desejo.
E rejeito, todo o resto...
Só, o teu corpo eu vejo, e, ao deleito, me empresto
Pelo sonho, deixo-me levar
Não o consigo evitar...
Mulher Bonita, eu sei bem, que tu és minha amiga...
Mas acredita,
Lutar contra isso é esforço em vão
Descontrola-se-me a imaginação
Quanto eu sonho, com esse ensejo!
Eu imagino o que não devo...
Minha amiga, tu nem sabes, ao que eu me atrevo...
apsferreira
quarta-feira, 5 de maio de 2010
Vai-te, Ó Adamastor
Quando saíste, e, contigo, a luz levaste
Cruel castigo me ditaste
Por ele eu me fadigo
Mendigo...
Mergulhado, na escuridão
Desolado
Vida pálida, branco papel
Borrão
Cutelo
Ó martelo, que me massacras a alma, e coração
Porque, de mim, não tens compaixão?
Oh pavor...
Horror
Imensidão latente
Sufocante desventura
Morte prematura
Permanente,
Como tu me atormentas, imensamente, e me sufocas o coração...
Se voltasses, e me olhasses
Se visses o tremor de meu lábio; de minha mão...
O temor de minha alma, que não mais encontra a calma...
Também tu tremerias
E, se não fora por amor
Por compaixão,
Decerto, à minha cabeceira, pernoitarias
Ó mar tempestuoso, onde me lancei, e me afogo
Te rogo
Não deixes, que parta a sereia, que, fugitiva, passiva me deixa à deriva
Pois ela tem minha alma cativa
Adamastor...
Afugenta o vampiro,
Esse morcego, sinistro,
Que me consome o sossego
Vai-te solidão
Devassidão!
Monstro impiedoso
Ditador de injustiça gritante
Estupor,
Que, por minh`alma dissiminas a dor
Tu és ditoso ignorante!
Vai, tu, ó Gigante Adamastor, pois, que a meu âmago atormentas
Tu és horror, que não ministro
Vai-te ó horrenda expectativa, promissiva, passiva
Se, apenas, de ilusão me alimentas...
apsferreira
Cruel castigo me ditaste
Por ele eu me fadigo
Mendigo...
Mergulhado, na escuridão
Desolado
Vida pálida, branco papel
Borrão
Cutelo
Ó martelo, que me massacras a alma, e coração
Porque, de mim, não tens compaixão?
Oh pavor...
Horror
Imensidão latente
Sufocante desventura
Morte prematura
Permanente,
Como tu me atormentas, imensamente, e me sufocas o coração...
Se voltasses, e me olhasses
Se visses o tremor de meu lábio; de minha mão...
O temor de minha alma, que não mais encontra a calma...
Também tu tremerias
E, se não fora por amor
Por compaixão,
Decerto, à minha cabeceira, pernoitarias
Ó mar tempestuoso, onde me lancei, e me afogo
Te rogo
Não deixes, que parta a sereia, que, fugitiva, passiva me deixa à deriva
Pois ela tem minha alma cativa
Adamastor...
Afugenta o vampiro,
Esse morcego, sinistro,
Que me consome o sossego
Vai-te solidão
Devassidão!
Monstro impiedoso
Ditador de injustiça gritante
Estupor,
Que, por minh`alma dissiminas a dor
Tu és ditoso ignorante!
Vai, tu, ó Gigante Adamastor, pois, que a meu âmago atormentas
Tu és horror, que não ministro
Vai-te ó horrenda expectativa, promissiva, passiva
Se, apenas, de ilusão me alimentas...
apsferreira
sexta-feira, 30 de abril de 2010
O Grito
O grito é a voz do horror
É a réplica da revolta
É a dor, que se solta
É uma rajada de vento, soprada pelo pensamento
Quando Deus não acode, e toda a estrutura sacode
É a alegria em explosão!
É o descarregar de emoção
É a revolta à contradição
É o explodir da irritação
Mas, também, é o apelo à razão...
É o medo da escuridão, que eclode da alma,
Porém, pode ser, também, o mais curto atalho, para a calma...
É o recurso dos fracos
Quiçá, a mais apetecível reacção aos opacos...
Quantas vezes é o único argumento,
Quando, afinal, nada mais tem fundamento...!
apsferreira
É a réplica da revolta
É a dor, que se solta
É uma rajada de vento, soprada pelo pensamento
Quando Deus não acode, e toda a estrutura sacode
É a alegria em explosão!
É o descarregar de emoção
É a revolta à contradição
É o explodir da irritação
Mas, também, é o apelo à razão...
É o medo da escuridão, que eclode da alma,
Porém, pode ser, também, o mais curto atalho, para a calma...
É o recurso dos fracos
Quiçá, a mais apetecível reacção aos opacos...
Quantas vezes é o único argumento,
Quando, afinal, nada mais tem fundamento...!
apsferreira
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Declaração de Amor (II)
Ah bela, e doce Mulher Bonita...
Por ti, de tudo, o meu coração abdica,
Pois, pelo teu amor, se desvairou...
Sinto-me embriagado, em tua presença,
Que, em minha vida, se tornou na sentença
Que ele, sempre, mais desejou...
apsferreira
Por ti, de tudo, o meu coração abdica,
Pois, pelo teu amor, se desvairou...
Sinto-me embriagado, em tua presença,
Que, em minha vida, se tornou na sentença
Que ele, sempre, mais desejou...
apsferreira
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Que Vida...
Eis, que o meu ser, se esvazia, nas noites
Quando se fecha o pano, de mais um dia...
Em que minha vivência, foi vã, em alegria
E plena, em preocupações, e seus açoites
E é, tal e qual, do modo, que eu já previa
Apenas, prevalecem, em mim, as preocupações
Os ressentimentos, os medos; as contradições
E, assim, fico eu a aguardar um novo dia...
E eis, que é chegada a hora de recomeçar
Aliás, afinal, a de, em outro dia, continuar
O que um dia começou, e não mais acabou
Que se alonga no tempo, e pela noite se prelongou
Quisera eu saber, o que me aconteceu nesse dia...
Tudo o que sei, é, que eu continuo, nesta agonia...
apsferreira
Quando se fecha o pano, de mais um dia...
Em que minha vivência, foi vã, em alegria
E plena, em preocupações, e seus açoites
E é, tal e qual, do modo, que eu já previa
Apenas, prevalecem, em mim, as preocupações
Os ressentimentos, os medos; as contradições
E, assim, fico eu a aguardar um novo dia...
E eis, que é chegada a hora de recomeçar
Aliás, afinal, a de, em outro dia, continuar
O que um dia começou, e não mais acabou
Que se alonga no tempo, e pela noite se prelongou
Quisera eu saber, o que me aconteceu nesse dia...
Tudo o que sei, é, que eu continuo, nesta agonia...
apsferreira
Esperança
Mulher bonita...,
Que não te sintas aflita,
Pois, se a vida nos traz "surpresas",
Traz-nos, também, as certezas,
Daquilo, em que, a gente, verdadeiramente, acredita...
apsferreira
Que não te sintas aflita,
Pois, se a vida nos traz "surpresas",
Traz-nos, também, as certezas,
Daquilo, em que, a gente, verdadeiramente, acredita...
apsferreira
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Medos
Parvo é o sorriso, daquele,
a quem a vida se escapa, por entre os dedos,
e, alegria, não tem...
Tu cedes aos complexos; a medos...
Tu és indeciso...
Consideras-te um "Zé Ninguém"!
E esse teu sorriso é conciso...
Alma, que penas calada,
porque não gritas?
Os indecisos, de seus medos, são reféns...,
e tu temes perder o que não tens!
Tu ages, como se tu não valesses nada...
A teus olhos, púlpuras lágrimas, creditas...
apsferreira
a quem a vida se escapa, por entre os dedos,
e, alegria, não tem...
Tu cedes aos complexos; a medos...
Tu és indeciso...
Consideras-te um "Zé Ninguém"!
E esse teu sorriso é conciso...
Alma, que penas calada,
porque não gritas?
Os indecisos, de seus medos, são reféns...,
e tu temes perder o que não tens!
Tu ages, como se tu não valesses nada...
A teus olhos, púlpuras lágrimas, creditas...
apsferreira
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Meditação
Se não sei, mais, o que dizer,
Nem, tampouco, o que mais hei-de fazer...
Quiçá, o melhor não seja esquecer,
Para evitar, ingloriamente, sofrer...?
apsferreira
Nem, tampouco, o que mais hei-de fazer...
Quiçá, o melhor não seja esquecer,
Para evitar, ingloriamente, sofrer...?
apsferreira
sexta-feira, 26 de março de 2010
Desilusão
O teu olhar - a tua alma
Como eu a sinto tão doce..., tão tranquila; tão calma...
Tão triste...
... e sufocada...
O amor, que nela existe,
Sempre tão presente, en teus dizeres, sábios,
Adormenta, os teus lábios...
Adormenta, os teus olhares e pensamentos,
Por entre os teus surdos lamentos...
apsferreira
Como eu a sinto tão doce..., tão tranquila; tão calma...
Tão triste...
... e sufocada...
O amor, que nela existe,
Sempre tão presente, en teus dizeres, sábios,
Adormenta, os teus lábios...
Adormenta, os teus olhares e pensamentos,
Por entre os teus surdos lamentos...
apsferreira
sexta-feira, 19 de março de 2010
Estou apaixonado
Estou apaixonado!
Haverá poema mais belo?
Mais intenso, mais genuíno, mais imenso?
Mais consumado...???
apsferreira
Haverá poema mais belo?
Mais intenso, mais genuíno, mais imenso?
Mais consumado...???
apsferreira
sábado, 13 de março de 2010
Despeito
Ó tu, de mente embrutecida
Besta, de alma falida...
..........................
(Mas de corpo esbelto, e belo
Não vês, que o teu olhar é um cutelo,
Que me delicera a vida?)
apsferreira
Besta, de alma falida...
..........................
(Mas de corpo esbelto, e belo
Não vês, que o teu olhar é um cutelo,
Que me delicera a vida?)
apsferreira
sexta-feira, 12 de março de 2010
Sabedoria, da Vida
Ser criança, é ser-se inocente
É ainda ter alma de gente
Olhar o mundo a sorrir
Ser capaz de dar, sem pedir
É ver o mundo, numa bola
E ter a enorme sabedoria
De com uma depreocupada alegria
O poder carregar, numa sacola
É saber viver a igualdade
E honrá-la, com sinceridade
Ter fome, e fome a sentir
Ter capacidade, para repartir
É ter capacidade, de dar a vida, pelo amigo
De não olhar, apenas, para o seu umbigo...
........................................
Enfim...,
Ser-se criança, é manter viva a esperança.
apsferreira
É ainda ter alma de gente
Olhar o mundo a sorrir
Ser capaz de dar, sem pedir
É ver o mundo, numa bola
E ter a enorme sabedoria
De com uma depreocupada alegria
O poder carregar, numa sacola
É saber viver a igualdade
E honrá-la, com sinceridade
Ter fome, e fome a sentir
Ter capacidade, para repartir
É ter capacidade, de dar a vida, pelo amigo
De não olhar, apenas, para o seu umbigo...
........................................
Enfim...,
Ser-se criança, é manter viva a esperança.
apsferreira
Ajudem-me, a explicar
Eu não sei explicar,
O desassossego de minha alma,
E, porque a tua presença, a acalma...
Eu não sei explicar,
Esta ânsia, que eu sinto, de ti
E, de um amor, que eu nunca vivi.
Eu não sei explicar,
Esta ânsia, que eu sinto, de te tocar...
Eu não sei explicar...
Quando eu olho, para ti,
Eu convenço-me, de que eu nunca vivi.
Eu não sei explicar...
apsferreira
O desassossego de minha alma,
E, porque a tua presença, a acalma...
Eu não sei explicar,
Esta ânsia, que eu sinto, de ti
E, de um amor, que eu nunca vivi.
Eu não sei explicar,
Esta ânsia, que eu sinto, de te tocar...
Eu não sei explicar...
Quando eu olho, para ti,
Eu convenço-me, de que eu nunca vivi.
Eu não sei explicar...
apsferreira
segunda-feira, 8 de março de 2010
Quem desdenha, quer comprar
Tu dizes-me, que aquela minha amiga...
Aquela chata, embirrenta
Que, a minha paciência, atormenta
Que, porque passa a vida a matutar,
De um modo, tal, que chega a irritar,
Os meus dias violenta
Pois, ela não pode ver-me descansar...
Aquela, irritante criatura
Embirrenta...
Que, contra tudo, conjura
Uma intolerável presença
Sempre, a botar a sua sentença...!
Parece, até, ter o rei na barriga...
E, nada, do que ela diga, está mal...
Sempre, dando lições de moral!
Uma presença tão cinzenta
Verdadeiramente, embirrenta!!!
Perante, ela a minha alma exaspera
Eu nem sei, como há gente que a aguenta...
Tu dizes, que aquela minha amiga,
Que, a minha paciência, fadiga
Sempre, cumpriu a sua promessa
E foi-se embora, assim, "nessa"...?
Pois, então, hoje é dia de festa...!!!
Espera... Espera... Põe a tua mão, aqui, na minha testa...
É... Só pode ser do arejo da porcaria, deste casebre!
Por sua via, eu sinto-me ardendo, em febre...
E que calafrio, este, que eu senti...
Mas diz-me, lá, então: Tu tens, ou não, a visto, por aí?
NÃO???
Eu só posso estar doente...
Porque me sinto, eu, assim, de repente?
E porque sinto, eu, este vazio...?
apsferreira
Aquela chata, embirrenta
Que, a minha paciência, atormenta
Que, porque passa a vida a matutar,
De um modo, tal, que chega a irritar,
Os meus dias violenta
Pois, ela não pode ver-me descansar...
Aquela, irritante criatura
Embirrenta...
Que, contra tudo, conjura
Uma intolerável presença
Sempre, a botar a sua sentença...!
Parece, até, ter o rei na barriga...
E, nada, do que ela diga, está mal...
Sempre, dando lições de moral!
Uma presença tão cinzenta
Verdadeiramente, embirrenta!!!
Perante, ela a minha alma exaspera
Eu nem sei, como há gente que a aguenta...
Tu dizes, que aquela minha amiga,
Que, a minha paciência, fadiga
Sempre, cumpriu a sua promessa
E foi-se embora, assim, "nessa"...?
Pois, então, hoje é dia de festa...!!!
Espera... Espera... Põe a tua mão, aqui, na minha testa...
É... Só pode ser do arejo da porcaria, deste casebre!
Por sua via, eu sinto-me ardendo, em febre...
E que calafrio, este, que eu senti...
Mas diz-me, lá, então: Tu tens, ou não, a visto, por aí?
NÃO???
Eu só posso estar doente...
Porque me sinto, eu, assim, de repente?
E porque sinto, eu, este vazio...?
apsferreira
Mulher...
Mulher..., brilha uma luz no teu olhar
É a luz da tua alma, que é tão bela
E do imenso amor, que guardas nela...
apsferreira
É a luz da tua alma, que é tão bela
E do imenso amor, que guardas nela...
apsferreira
As mãos da mulher
As mãos de uma mulher
Têm uma magia, qualquer
Têm um toque de subtileza
Que, a tudo, dá grandeza
É um toque tão especial
Que nos alicia a alma...
Até, a maior fúria, acalma
Não há outro, que seja igual
As mãos de uma mulher
Abençoam, no seu tocar
Pois, conseguem-se afeiçoar
A toda, e qualquer coisa
Elas libertam a vida, da tristeza
Elas têm o toque, da delicadeza
apsferreira
Têm uma magia, qualquer
Têm um toque de subtileza
Que, a tudo, dá grandeza
É um toque tão especial
Que nos alicia a alma...
Até, a maior fúria, acalma
Não há outro, que seja igual
As mãos de uma mulher
Abençoam, no seu tocar
Pois, conseguem-se afeiçoar
A toda, e qualquer coisa
Elas libertam a vida, da tristeza
Elas têm o toque, da delicadeza
apsferreira
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
Noites de Amor
Noites, quentes...
Ardentes...
São poemas de amor.
São clamor de sentimentos.
Manifestos.
Veementes.
São gestos.
São emolumentos.
São gemidos, e suspiros,
em corpos ardentes.
São os meus alentos...
apsferreira
Ardentes...
São poemas de amor.
São clamor de sentimentos.
Manifestos.
Veementes.
São gestos.
São emolumentos.
São gemidos, e suspiros,
em corpos ardentes.
São os meus alentos...
apsferreira
Essa tua Alma, de Mulher
Tu tens o brilho, do Sol...
Tu tens o encantamento, da Lua...
Diz-me tu, ó mulher:
Que alma é, essa, a tua?
apsferreira
Tu tens o encantamento, da Lua...
Diz-me tu, ó mulher:
Que alma é, essa, a tua?
apsferreira
sábado, 20 de fevereiro de 2010
Ai coração, coração ...
Este meu coração é um vadio
Quantas vezes, com ele eu ralho
Por pular de galho, em galho
Numa vivência, sem brio...
E nesse andar ao desvario
Meteu-se, agora, por um atalho
Viu beldade, ou viu espantalho
Até, me causou um calafrio...
E quando eu senti, esse arrepio
Eu fiquei, como um paspalho
Ai mãezinha, que aqui há galho
Como se meteu ele, neste desvio?
Vou substituí-lo, por uma prótese
Não me resta, outra hipótese...
apsferreira
Quantas vezes, com ele eu ralho
Por pular de galho, em galho
Numa vivência, sem brio...
E nesse andar ao desvario
Meteu-se, agora, por um atalho
Viu beldade, ou viu espantalho
Até, me causou um calafrio...
E quando eu senti, esse arrepio
Eu fiquei, como um paspalho
Ai mãezinha, que aqui há galho
Como se meteu ele, neste desvio?
Vou substituí-lo, por uma prótese
Não me resta, outra hipótese...
apsferreira
E eu perco-me ...
Eu derreto-me no teu olhar
E no teu sorriso...
E nele eu perco o juízo
Eu derreto-me, na tua docura
E na sua brandura...
E nela perco a postura
Eu derreto-me na tua aparência
E na sua eminência...
E nela eu perco a consciência
Eu derreto-me no calor de teus lábios
E nos seus dizeres sábios...
E neles eu perco-me a mim
Eu perco-me na beleza de teu corpo
E na sua formosura...
E é nela que eu perco a postura
Ah, como eu gosto, de perder-me, assim...
apsferreira
E no teu sorriso...
E nele eu perco o juízo
Eu derreto-me, na tua docura
E na sua brandura...
E nela perco a postura
Eu derreto-me na tua aparência
E na sua eminência...
E nela eu perco a consciência
Eu derreto-me no calor de teus lábios
E nos seus dizeres sábios...
E neles eu perco-me a mim
Eu perco-me na beleza de teu corpo
E na sua formosura...
E é nela que eu perco a postura
Ah, como eu gosto, de perder-me, assim...
apsferreira
sábado, 13 de fevereiro de 2010
As gentes da minha terra
O verde e o azul - a mistura
Alma doce, com bravura
Sou poeta, mas sou baleeiro
O meu coração é doce, mas altaneiro
E eu sou o bom anfitrião
Abraço, com a alma, e o coração
O desconhecido forasteiro
Senta-se, na minha mesa, primeiro
Olho, com serenidade, o mar
Meu parceiro, em cada dia
A minha alma, é do fogo, da terra
Se eu ouço, a criança, que berra
Berre, por fome, ou, por agonia
Tem o meu colo, para se aconchegar
apsferreira
Alma doce, com bravura
Sou poeta, mas sou baleeiro
O meu coração é doce, mas altaneiro
E eu sou o bom anfitrião
Abraço, com a alma, e o coração
O desconhecido forasteiro
Senta-se, na minha mesa, primeiro
Olho, com serenidade, o mar
Meu parceiro, em cada dia
A minha alma, é do fogo, da terra
Se eu ouço, a criança, que berra
Berre, por fome, ou, por agonia
Tem o meu colo, para se aconchegar
apsferreira
Poeta
A tua escrita é bela, e pura.
Não é uma ecrita, qualquer...
Ela tem a alma da mulher.
Fala do sentimento, que dura.
A sua postura, é madura.
É fala, de quem sabe, o que quer.
A tua escrita é doce e calma.
Assim, queria eu, qua a minha fosse,
Pois sinto-a, tão vera e doce...
É uma escrita, envolvente,
Que toma conta, da gente.
Vê-se, que brota da alma.
A tua escrita, fala de mim...
Como sabes tu, que eu sou, assim?
Conheces o meu coração...
Sabes, dos meus anseios
Conheces os meus deveneios,
E, toda, a minha contradição.
apsferreira
Não é uma ecrita, qualquer...
Ela tem a alma da mulher.
Fala do sentimento, que dura.
A sua postura, é madura.
É fala, de quem sabe, o que quer.
A tua escrita é doce e calma.
Assim, queria eu, qua a minha fosse,
Pois sinto-a, tão vera e doce...
É uma escrita, envolvente,
Que toma conta, da gente.
Vê-se, que brota da alma.
A tua escrita, fala de mim...
Como sabes tu, que eu sou, assim?
Conheces o meu coração...
Sabes, dos meus anseios
Conheces os meus deveneios,
E, toda, a minha contradição.
apsferreira
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
A Doce Paixão
Meu amor ...; Minha querida ...
Minha doce paixão ...
(.......................)
(eu sei, que paixão,
nem sempre, é doce, não ...
É fogo, que arde!
Que queima a alma
e consome o coração ...!)
Meu amor; Minha querida ...
Minha doce Paixão ...
Por isto, eu já não posso fazer nada, não ...!
Tu apropriaste-te da minha vida ...
apsferreira
Minha doce paixão ...
(.......................)
(eu sei, que paixão,
nem sempre, é doce, não ...
É fogo, que arde!
Que queima a alma
e consome o coração ...!)
Meu amor; Minha querida ...
Minha doce Paixão ...
Por isto, eu já não posso fazer nada, não ...!
Tu apropriaste-te da minha vida ...
apsferreira
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O Desejo
Eu danço e danço, em teu sorriso
E na sedução, do teu olhar...
E no calor, de teus doces lábios...
Que presinto, por meus pensamentos, sábios
Danço, na meiguice, de tua calma,
E, no sorrir, de tua alma...,
Que vejo, em tua face, espelhado.
E danço, nesse teu semblante, tão desejado...
Danço, nesse teu ar, tão doce e terno,
Que, em teu sorriso, se desenha,
E que, de minha alma, desdenha,
E me deixa, apoucado...
E ardo, nas labaredas, do inferno...!
Labaredas, de um inferno, que eu gosto,
Pois, nele, a minha alma, posto...
Eu danço e danço, embalado, por o amor,
E, por um desejo, pleno em fervor...
apsferreira
E na sedução, do teu olhar...
E no calor, de teus doces lábios...
Que presinto, por meus pensamentos, sábios
Danço, na meiguice, de tua calma,
E, no sorrir, de tua alma...,
Que vejo, em tua face, espelhado.
E danço, nesse teu semblante, tão desejado...
Danço, nesse teu ar, tão doce e terno,
Que, em teu sorriso, se desenha,
E que, de minha alma, desdenha,
E me deixa, apoucado...
E ardo, nas labaredas, do inferno...!
Labaredas, de um inferno, que eu gosto,
Pois, nele, a minha alma, posto...
Eu danço e danço, embalado, por o amor,
E, por um desejo, pleno em fervor...
apsferreira
domingo, 7 de fevereiro de 2010
Que me tome, em mãos, a morte
Nega-se o oxigénio, que eu procuro
Quando invado, a tua áurea.
No seio dela eu sofoco
Por entre os louros, de tua láurea
E, em agonia, eu saturo.
Quero vislumbrar, o teu amar...
Quer sentir-te, a me abraçar...
Sinto-me, abandonado, à minha sorte
Que me tome, em mãos, a morte.
apsferreira
Quando invado, a tua áurea.
No seio dela eu sofoco
Por entre os louros, de tua láurea
E, em agonia, eu saturo.
Quero vislumbrar, o teu amar...
Quer sentir-te, a me abraçar...
Sinto-me, abandonado, à minha sorte
Que me tome, em mãos, a morte.
apsferreira
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Um virar de página ...
Eis, que a porta se fecha.
Barulho, de ponto final!
Ficou, o silêncio, trancado ...
Aterrador - sepulcral ...
Observa-me, com expressão, sacrástica.
Mais um capítulo, encerrado ...
Mais uma página, que se vira.
Um dever, que se cumprira ...(?)
Cada dia é mais calado.
O tempo será, o único companheiro.
Minha cruz suástica,
Até ao momento, derreadeiro?
Mostra-se-me um horizonte, desfalcado.
Outro capítulo, encerrado ...!
Quiçá, o último, na verdade ...
Os momentos evocam, a saudade.
Transformam-se, em vazios,
Que me dão calafrios.
Cada momento é a eternidade ...
Cada móvel, observa-me frio e impávido,
Perante, o meu semalante, ávido.
apsferreira
Barulho, de ponto final!
Ficou, o silêncio, trancado ...
Aterrador - sepulcral ...
Observa-me, com expressão, sacrástica.
Mais um capítulo, encerrado ...
Mais uma página, que se vira.
Um dever, que se cumprira ...(?)
Cada dia é mais calado.
O tempo será, o único companheiro.
Minha cruz suástica,
Até ao momento, derreadeiro?
Mostra-se-me um horizonte, desfalcado.
Outro capítulo, encerrado ...!
Quiçá, o último, na verdade ...
Os momentos evocam, a saudade.
Transformam-se, em vazios,
Que me dão calafrios.
Cada momento é a eternidade ...
Cada móvel, observa-me frio e impávido,
Perante, o meu semalante, ávido.
apsferreira
Êxtase
Ao som, daquela música, que é a tua
Passeia, a minha alma, em teu olhar
No sorrir de teus olhos; no seu brilhar
Numa ternura, que transparece, de alma crua
Embebido, por teu olhar e teus afagos
Em teus lábios, o desejo se perpetua
Beijando, ternamente, sua pele, nua
Por eles semeio-me, entre ferverosos tragos
Esvoaçam, as almas, dos corpos, unidos
Esvoaçam beijos, entre ais e gemidos
Em, uma crescente, desmesurada avidez
É a extase do amor e da paixão
No desejo; na carne há sofreguidão
E eu morro e renasço e morro, outra vez
apsferreira
Passeia, a minha alma, em teu olhar
No sorrir de teus olhos; no seu brilhar
Numa ternura, que transparece, de alma crua
Embebido, por teu olhar e teus afagos
Em teus lábios, o desejo se perpetua
Beijando, ternamente, sua pele, nua
Por eles semeio-me, entre ferverosos tragos
Esvoaçam, as almas, dos corpos, unidos
Esvoaçam beijos, entre ais e gemidos
Em, uma crescente, desmesurada avidez
É a extase do amor e da paixão
No desejo; na carne há sofreguidão
E eu morro e renasço e morro, outra vez
apsferreira
Tu
Tu és luz, sempre, trepidante
Alegria, perpectuada, em minha vida...
És a sua divina melodia
E a proposta, alucinante,
Que, em minha vida, reprimida,
Eu enlaço.
Em teu sorriso, eu me desfaço,
A cada instante, de cada dia.
apsferreira
Alegria, perpectuada, em minha vida...
És a sua divina melodia
E a proposta, alucinante,
Que, em minha vida, reprimida,
Eu enlaço.
Em teu sorriso, eu me desfaço,
A cada instante, de cada dia.
apsferreira
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
Mas, que linda flor...
Que flor delicada é, esta,
Tão bela...
Que enfeita, o meu coração
Que, por amor, o infesta
Que me atormenta, nesta, minha paixão
Mas, que põe, a minha vida, em festa...
Mas, que linda flor é esta...
Como, eu me encanto, por ela...
apsferreira
Tão bela...
Que enfeita, o meu coração
Que, por amor, o infesta
Que me atormenta, nesta, minha paixão
Mas, que põe, a minha vida, em festa...
Mas, que linda flor é esta...
Como, eu me encanto, por ela...
apsferreira
Penitência
Levanto, os olhos, ao Ceu, em agradecimento
E, para me lamentar... E eu lamento, os meus lamentos
Bom Senhor, como eu, sempre, os lamento...!
Pois, nunca, de minha vida, Tu estiveste ausente.
Sempre, me abraçaste, proeminentemente,
Então,
Porque, ponho eu, em causa, o Teu procedimento?
Constantemente...
Se Tu, sempre, me estendes a Tua mão.
apsferreira
E, para me lamentar... E eu lamento, os meus lamentos
Bom Senhor, como eu, sempre, os lamento...!
Pois, nunca, de minha vida, Tu estiveste ausente.
Sempre, me abraçaste, proeminentemente,
Então,
Porque, ponho eu, em causa, o Teu procedimento?
Constantemente...
Se Tu, sempre, me estendes a Tua mão.
apsferreira
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Açores
Açores - terra dos meus amores.
E de outros, também,
pois, são muitos, os que, aqui, vêem
e já não se vão...
Ligam-se à terra, com paixão
e já não querem, abalar.
Açores - Ilhas cobetas, por flores,
por lágrimas, por suspiros;
por respingos, de onda de mar.
apsferreira
E de outros, também,
pois, são muitos, os que, aqui, vêem
e já não se vão...
Ligam-se à terra, com paixão
e já não querem, abalar.
Açores - Ilhas cobetas, por flores,
por lágrimas, por suspiros;
por respingos, de onda de mar.
apsferreira
sábado, 23 de janeiro de 2010
Ilusões
Um dia, eu vou acordar,
deste mundo, onde eu mergulhei
e permaneço.
Onde, amanheço e adormeço.
Um mundo, que eu, próprio, criei...
apsferreira
deste mundo, onde eu mergulhei
e permaneço.
Onde, amanheço e adormeço.
Um mundo, que eu, próprio, criei...
apsferreira
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Ribeira, menina.
Canta, ribeira, canta
Encantas, com tua voz, cristalina
Ao dançares, por entre as pedras
Seduzes, o coração, à menina
Conta-nos, o teu destino
Pois, nasceste, com ele traçado
O mar é, o teu objectivo, almejado
Desde, de teus tempos de menina
Canta, ribeira canta
Para cumprires, a tua sina
Fura, por entre as pedras e vales, fura
Cumpre, então, essa sina
Mas olha, que o mundo te conjura...
Canta, ribeira, canta
Enquanto, tu és pequenina e pura
Desces montanha, abaixo
Como, a tua sina, vaticina
Cantando, pelo caminho
Lavas, o coração, cabisbaixo
Matas a sede, à menina
Vai, por desfiladeiros; cidades,
Pelos, belos prados, floridos
Canta, ribeira, canta
Que, isso, o amor, agiganta
Torna, os luares, mais, coloridos
Abraça os corações, por ti, perdidos
Lava a roupa, da menina
E, mesmo, a dos, que nem te são queridos
Ribeira, tu és generosa
Com, quantos te vão procurar...
A uns, tu dás-lhes de beber
A outros, proporcionas-lhes prazer
Quantos te procuram, apenas, por o fazer...
São, tantos, os que tu embalas, ao luar
Sem, contigo, nenhum, se preocupar...!
Cante, ribeira, canta
Que, o teu cantar, a todos, encanta
.....................................................
Ribeira, menina, diz-me o que tu fizeste
Mas, que aspecto, que tu tens... mas, que peste
Que cheiro, nauseabundo!
Perdeste, o juízo, por esse mundo...
Por ele, vendeste, a tua alma...
Ultrajaram-na, com toda a calma...
Sujaram-te, dessa maneira...
Lançaram, em ti, tanta, sujeira...
Assim, de ti, quem vai, querer, beber...?
Já, nem, os namorados, irás, enternecer...
O mar, mostrar-se-á, indiferente...
Caíras, em ti, de repente... (?)
Canta, ribeira, canta
Que, quem canta, o seu mal, espanta
Esse cheiro, nauseabundo,
Apanhaste-o, pelo mundo!
Ouve, o mar, que se levanta...
Ele está furibundo...!
apsferreira
Encantas, com tua voz, cristalina
Ao dançares, por entre as pedras
Seduzes, o coração, à menina
Conta-nos, o teu destino
Pois, nasceste, com ele traçado
O mar é, o teu objectivo, almejado
Desde, de teus tempos de menina
Canta, ribeira canta
Para cumprires, a tua sina
Fura, por entre as pedras e vales, fura
Cumpre, então, essa sina
Mas olha, que o mundo te conjura...
Canta, ribeira, canta
Enquanto, tu és pequenina e pura
Desces montanha, abaixo
Como, a tua sina, vaticina
Cantando, pelo caminho
Lavas, o coração, cabisbaixo
Matas a sede, à menina
Vai, por desfiladeiros; cidades,
Pelos, belos prados, floridos
Canta, ribeira, canta
Que, isso, o amor, agiganta
Torna, os luares, mais, coloridos
Abraça os corações, por ti, perdidos
Lava a roupa, da menina
E, mesmo, a dos, que nem te são queridos
Ribeira, tu és generosa
Com, quantos te vão procurar...
A uns, tu dás-lhes de beber
A outros, proporcionas-lhes prazer
Quantos te procuram, apenas, por o fazer...
São, tantos, os que tu embalas, ao luar
Sem, contigo, nenhum, se preocupar...!
Cante, ribeira, canta
Que, o teu cantar, a todos, encanta
.....................................................
Ribeira, menina, diz-me o que tu fizeste
Mas, que aspecto, que tu tens... mas, que peste
Que cheiro, nauseabundo!
Perdeste, o juízo, por esse mundo...
Por ele, vendeste, a tua alma...
Ultrajaram-na, com toda a calma...
Sujaram-te, dessa maneira...
Lançaram, em ti, tanta, sujeira...
Assim, de ti, quem vai, querer, beber...?
Já, nem, os namorados, irás, enternecer...
O mar, mostrar-se-á, indiferente...
Caíras, em ti, de repente... (?)
Canta, ribeira, canta
Que, quem canta, o seu mal, espanta
Esse cheiro, nauseabundo,
Apanhaste-o, pelo mundo!
Ouve, o mar, que se levanta...
Ele está furibundo...!
apsferreira
Solidão
É triste, um coração, abandonado,
pois, que tomado, pela solidão,
sente-se, de tal modo, desolado,
que, até, dá compaixão.
Suplica, ser encontrado.
apsferreira
pois, que tomado, pela solidão,
sente-se, de tal modo, desolado,
que, até, dá compaixão.
Suplica, ser encontrado.
apsferreira
Intensidade
Olhei o teu corpo - sonhei
Por ele viajei - vivi
Acerquei-me de ti - olhei
Toquei os teus lábios - senti
Vi-os termer - desejei
Neles, avidez vi - tremi
Deles me aproxomei - beijei
Tirei tua roupa - sonhei
Senti, o teu calor - vivi
Acarinhei, o teu corpo - olhei
Vi-te suplicande - senti
Voltei a olhá-lo - desejei
Ouvi, o teu gemido - tremi
Senti, o seu fervor - beijei
Dele, me apropriei - morri
E renasci.
apsferreira
Por ele viajei - vivi
Acerquei-me de ti - olhei
Toquei os teus lábios - senti
Vi-os termer - desejei
Neles, avidez vi - tremi
Deles me aproxomei - beijei
Tirei tua roupa - sonhei
Senti, o teu calor - vivi
Acarinhei, o teu corpo - olhei
Vi-te suplicande - senti
Voltei a olhá-lo - desejei
Ouvi, o teu gemido - tremi
Senti, o seu fervor - beijei
Dele, me apropriei - morri
E renasci.
apsferreira
Façamos, um bride.
Brindemos, ao Ano Novo
e à Palavra Escrita,
que, a nossa alma, nos dita.
Levantemos, a taça, de novo
e que ela seja bem erguida.
Brindemos a Nós e à Vida.
Brindemos, a cada Musa
e também, à Lingua Lusa;
a outros, que o mereçam, assim.
E que, jamais, se cometa a gafe,
de não se brindar ao WAF.
tchim..., tchim...
apsferreira
e à Palavra Escrita,
que, a nossa alma, nos dita.
Levantemos, a taça, de novo
e que ela seja bem erguida.
Brindemos a Nós e à Vida.
Brindemos, a cada Musa
e também, à Lingua Lusa;
a outros, que o mereçam, assim.
E que, jamais, se cometa a gafe,
de não se brindar ao WAF.
tchim..., tchim...
apsferreira
A quantos, do WAF (www.worldartfriends.com)
Quantas horas agradáveis,
passei, em vossa companhia
em, que, muito, aprendi.
Cada poema, que, aqui, li,
era como um ovo.
Minha alma, está agradecida.
Enriqueceu em luz; sinto-a mais nutrida.
No ano, que está a acabar,
li, aqui, poemas notáveis.
Não, podria, então, deixar,
de, a todos, agradecer
e, a todos, desejar,
como, não poderia deixar de ser,
um Feliz Ano Novo.
apsferreira
passei, em vossa companhia
em, que, muito, aprendi.
Cada poema, que, aqui, li,
era como um ovo.
Minha alma, está agradecida.
Enriqueceu em luz; sinto-a mais nutrida.
No ano, que está a acabar,
li, aqui, poemas notáveis.
Não, podria, então, deixar,
de, a todos, agradecer
e, a todos, desejar,
como, não poderia deixar de ser,
um Feliz Ano Novo.
apsferreira
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Amor ...
Amor é dedicado
Nada deixa, de lado
Nada fica, esquecido
Cada momento é vivido
Como se fosse uma vida
Cada palavra é curtida
Cada instante é gozado
Nada fica, de lado!
Cada pormenor é relevante
Não se queima um instante
Pois, cada um, é, o mais importante
Caso, assim, não o seja
A alma de amante, peleja.
apsferreira
Nada deixa, de lado
Nada fica, esquecido
Cada momento é vivido
Como se fosse uma vida
Cada palavra é curtida
Cada instante é gozado
Nada fica, de lado!
Cada pormenor é relevante
Não se queima um instante
Pois, cada um, é, o mais importante
Caso, assim, não o seja
A alma de amante, peleja.
apsferreira
O Avatar
Avatar...
Os teus olhos, são tristes.
O teu ar é enganador...
Nesse teu sorriso, acolhedor,
que, connosco, repartes,
escondes, sem grandes artes,
a tua dor.
Se tu, nunca, repareste,
é, porque, nunca, nos olhos te olhaste.
apsferreira
Os teus olhos, são tristes.
O teu ar é enganador...
Nesse teu sorriso, acolhedor,
que, connosco, repartes,
escondes, sem grandes artes,
a tua dor.
Se tu, nunca, repareste,
é, porque, nunca, nos olhos te olhaste.
apsferreira
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
Onde estás, mulher bonita?
Foste-te embora; ficou a saudade
Coração, com ansiedade
Em desassossego, constante
Uma espera agonizante,
Que me veda, à Liberdade
São minutos, tão compridos
Sentimentos, reprimidos
Irascível, desespero
Minha alma, por ti grita
Onde estás, mulher bonita?
O teu olhar doce e terno
Fez, de minha vida, um inferno.
apsferreira
Coração, com ansiedade
Em desassossego, constante
Uma espera agonizante,
Que me veda, à Liberdade
São minutos, tão compridos
Sentimentos, reprimidos
Irascível, desespero
Minha alma, por ti grita
Onde estás, mulher bonita?
O teu olhar doce e terno
Fez, de minha vida, um inferno.
apsferreira
Soneto da Morte, Prematura
Que me socorra a palavra
Para socorrer a minha alma
E esta dor, que não se acalma
Que em meu coração lavra
Que se vão estes sentimentos
Que me fazem passar tormentos
Que me fazem maldizer a sorte
Que me fazem sentir a morte
Que se vá embora, esta dor
Que nasceu, de um belo amor
Que em meu coração perdura
Que, tomado, pela amargura
Procura palavras, para a expressar
E não as consegue, encontrar
apsferreira
Para socorrer a minha alma
E esta dor, que não se acalma
Que em meu coração lavra
Que se vão estes sentimentos
Que me fazem passar tormentos
Que me fazem maldizer a sorte
Que me fazem sentir a morte
Que se vá embora, esta dor
Que nasceu, de um belo amor
Que em meu coração perdura
Que, tomado, pela amargura
Procura palavras, para a expressar
E não as consegue, encontrar
apsferreira
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Súplica
Porque, hoje, o sol não nasceu?
Porque permanece, esta, escuridão?
Porque me doe, tanto, o coração?
Digam-me, o que aconteceu...
Por favor, alguém, me socorra
Para, que eu, deste modo, não morra
Mais uma vez, faltou-me o pão
Que alimenta, o meu coração
Por favor, alguém me socorra,
Para, que eu, deste modo, não morra
Alguém me estenda a mão...
Arranquem-me, desta escuridão...!
apsferreira
Porque permanece, esta, escuridão?
Porque me doe, tanto, o coração?
Digam-me, o que aconteceu...
Por favor, alguém, me socorra
Para, que eu, deste modo, não morra
Mais uma vez, faltou-me o pão
Que alimenta, o meu coração
Por favor, alguém me socorra,
Para, que eu, deste modo, não morra
Alguém me estenda a mão...
Arranquem-me, desta escuridão...!
apsferreira
Coração, apaixonado.
Quando, a paixão
toma conta, do coração,
por vezes, a vida sorri.
Porém, muitas vezes, não!
Pois, a paixão é, sempre, paixão...!
Haverá sensação,
melhor, que a paixão?
Haverá sensação,
pior, do que a paixão?
Talvez, não...
apsferreira
toma conta, do coração,
por vezes, a vida sorri.
Porém, muitas vezes, não!
Pois, a paixão é, sempre, paixão...!
Haverá sensação,
melhor, que a paixão?
Haverá sensação,
pior, do que a paixão?
Talvez, não...
apsferreira
Pânico
Aniquilaste, todos, os meus sonhos:
os, que a tua alma emperra...
Trespassaste-os, com cutelos, medonhos,
como se tratasse de uma gerra.
Geraste, em mim, o pavor...
Desorientado, por tormento e dor,
o meu coração berra.
Procura recuperar os projectos,
que tu deitaste, por terra.
apsferreira
os, que a tua alma emperra...
Trespassaste-os, com cutelos, medonhos,
como se tratasse de uma gerra.
Geraste, em mim, o pavor...
Desorientado, por tormento e dor,
o meu coração berra.
Procura recuperar os projectos,
que tu deitaste, por terra.
apsferreira
sábado, 9 de janeiro de 2010
Abutres
Pairam abutres, à espera,
que o cadáver tombe, por terra.
Ao vê-los, a alma berra:
Abutre..., a tua alma é pequena!
Ser comida de abutre,
que, pela morte, espera,
é, realmente, uma pena...
apsferreira
que o cadáver tombe, por terra.
Ao vê-los, a alma berra:
Abutre..., a tua alma é pequena!
Ser comida de abutre,
que, pela morte, espera,
é, realmente, uma pena...
apsferreira
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Carência
Minha amada, minha querida...
Está, tudo, tão escuro, em minha vida.
Eu preciso ver a luz, a cintilar...
Preciso sentir o teu calor; o teu amar.
Minha querida, meu doce amor.
Não consigo viver, mais, nesta dor...
Eu preciso sentir o teu coração, pulsar
E, em teus braços, eu preciso despertar.
Eu preciso sussurrar, em teu ouvido,
Falar-te, deste meu amor, desmedido
E do quanto ele faz-me, te desejar.
Preciso transformar, este amor, sofrido,
Num amor, verdadeiramente, vivido
E libertar-me, deste horrendo sufocar.
apsferreira
Está, tudo, tão escuro, em minha vida.
Eu preciso ver a luz, a cintilar...
Preciso sentir o teu calor; o teu amar.
Minha querida, meu doce amor.
Não consigo viver, mais, nesta dor...
Eu preciso sentir o teu coração, pulsar
E, em teus braços, eu preciso despertar.
Eu preciso sussurrar, em teu ouvido,
Falar-te, deste meu amor, desmedido
E do quanto ele faz-me, te desejar.
Preciso transformar, este amor, sofrido,
Num amor, verdadeiramente, vivido
E libertar-me, deste horrendo sufocar.
apsferreira
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Conversa, com o destino.
-Destino, fala comigo...
Tu não pareces, ser meu amigo!
Tudo o que trazes, levas, contigo!
É isso mesmo, o que eu te digo!
-Ouve aqui, ó apsferreira...
Esta vida, não é brincadeira!
Tudo o que eu faço, está escrito!
São coisas, que eu, próprio, dito.
-Pois, olha, aqui, ó destino...
Tu lembraste, daquele dia,
em que eu estava, cheio de alegria,
com a chegada, do meu primeiro menino?
-eheheh... "Nesse dia, eu me amarro"
Tu bebeste; bebeste... Até bateste, com o carro.
Nesse dia, tudo valia...
Cerveja; Whisky... - foi uma alegria...!
-Como tu és frio, ó destino...
Mas, para a próxima, eu me previno.
E de que me valeu, essa alegria,
Se me levas, agora, o último, embora,
e eu estou, ainda, mais sozinho, do que outrora...
Do, que eu estava, nesse dia?
-Ouve, aqui, ó apsferreira:
Já te disse, que, esta vida, não é brincadeira!
E achas, mesmo, que, se fazendo, essa cara, sofrida,
eles iriam, ficar, contigo, toda a vida?
-Olha, aqui, ó destino...
Eu já não estou achando graça!
Pareces, estar, a gozar, com a minha descraça...
Daqui a pouco, eu perco o tino!
-apsferreira, deixa de ser egoísta!
... deixa-os viver a sua vida.
eles, sozinhos, vencem a corrida.
Basta-lhes, que conheçam a pista!
-Mas, eles, ainda, precisam, de mim...!
Este mundo, não é tão fácil, assim!
Sabes bem, como as coisas costumam a ser...
Quem é, que os vai proteger???
-apsferreira, tu ouve-me, aqui...,
pois, tu precisas, ainda, de ouvir mais!
O, que eles estão a fazendo, agora, a ti,
Tu próprio fizeste, com os teus pais!
-Mas, a coisa era diferente...
Nessa altura, havia muita gente!
Ninguém ficava sozinho.
Era, um tal entrar e sair.
O tempo: passava-se a rir
E, todos, tinham um carinho...
Mas, destino, tu tens razão.
Eu é, que sou fraco, de coração.
Eu diria: Um chorão!
E eu nunca quis entender,
que os meus filhos, estavam a crescer...
Tenho, mesmo, é que apagar estas brasas...
Esquecer, estes caprichos, meus.
E pedir, veemente, a Deus,
que lhes dê, umas boas asas.
-E podes ir tirando, essa cara de tédio...
Pois, para o que eu dito, não há remédio.
apsferreira
Tu não pareces, ser meu amigo!
Tudo o que trazes, levas, contigo!
É isso mesmo, o que eu te digo!
-Ouve aqui, ó apsferreira...
Esta vida, não é brincadeira!
Tudo o que eu faço, está escrito!
São coisas, que eu, próprio, dito.
-Pois, olha, aqui, ó destino...
Tu lembraste, daquele dia,
em que eu estava, cheio de alegria,
com a chegada, do meu primeiro menino?
-eheheh... "Nesse dia, eu me amarro"
Tu bebeste; bebeste... Até bateste, com o carro.
Nesse dia, tudo valia...
Cerveja; Whisky... - foi uma alegria...!
-Como tu és frio, ó destino...
Mas, para a próxima, eu me previno.
E de que me valeu, essa alegria,
Se me levas, agora, o último, embora,
e eu estou, ainda, mais sozinho, do que outrora...
Do, que eu estava, nesse dia?
-Ouve, aqui, ó apsferreira:
Já te disse, que, esta vida, não é brincadeira!
E achas, mesmo, que, se fazendo, essa cara, sofrida,
eles iriam, ficar, contigo, toda a vida?
-Olha, aqui, ó destino...
Eu já não estou achando graça!
Pareces, estar, a gozar, com a minha descraça...
Daqui a pouco, eu perco o tino!
-apsferreira, deixa de ser egoísta!
... deixa-os viver a sua vida.
eles, sozinhos, vencem a corrida.
Basta-lhes, que conheçam a pista!
-Mas, eles, ainda, precisam, de mim...!
Este mundo, não é tão fácil, assim!
Sabes bem, como as coisas costumam a ser...
Quem é, que os vai proteger???
-apsferreira, tu ouve-me, aqui...,
pois, tu precisas, ainda, de ouvir mais!
O, que eles estão a fazendo, agora, a ti,
Tu próprio fizeste, com os teus pais!
-Mas, a coisa era diferente...
Nessa altura, havia muita gente!
Ninguém ficava sozinho.
Era, um tal entrar e sair.
O tempo: passava-se a rir
E, todos, tinham um carinho...
Mas, destino, tu tens razão.
Eu é, que sou fraco, de coração.
Eu diria: Um chorão!
E eu nunca quis entender,
que os meus filhos, estavam a crescer...
Tenho, mesmo, é que apagar estas brasas...
Esquecer, estes caprichos, meus.
E pedir, veemente, a Deus,
que lhes dê, umas boas asas.
-E podes ir tirando, essa cara de tédio...
Pois, para o que eu dito, não há remédio.
apsferreira
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