SEJA BEM-VINDO.

Este é um blogue humilde.

Espero, que se sinta bem, aqui.



Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

Reflete a luz de modo diferente

O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





Espero, que aprecie os momentos, que

estiver, aqui, e que esse seja um motivo,

para que volte.





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CASO CONTRÁRIO ACABARÃO, POR PERDER-SE, AQUANDO DA

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apsferreira



terça-feira, 29 de novembro de 2011

Recalcos ...

Eu quero estar, sentir-me, ficar, eu quero permanecer a teu lado
e ver-me aconchegado, apegado - imolado no teu amor
Eu quero te cheirar, te sentir, eu quero tragar esse teu odor,
que faz-me tinir, que faz-me zunir de fervor.

Eu quero incutir, no meu sentir, o sentir do teu amor!

Eu quero me sentir a levitar, a voar, a pairar;
eu quero, deveras, me extravasar
no seio de todas as minhas quimeras...

Eu quero te tocar, eu quero te olhar, eu quero te ouvir chamar,
eu quero te ver a estremecer, eu quero te sentir a tremer de fervor,
e de prazer...
eu quero te ouvir pedir, te ouvir aclamar; eu quero te ouvir gemer
- implorar
eu quero te ouvir engrandecer o prazer,
que tu estás a sentir.

Eu quero te tomar, te sorver, e te beijar,
Eu quero te olhar, e te ver,
Eu quero te ter,
eu quero te amar, até mais não poder ser
Eu quero te amar, até eu te fazer desfalecer
Eu quero te levar, te elevar, eu quero te fazer pairar no ar...,
Eu quero te erguer, e reerguer
Eu quero te agarrar
Eu quero te fazer arder de prazer, e de amor,
Eu quero te ouvir a gritar...
Eu quero te fazer arder de prazer no teu fervor
Eu quero te ver a arder de fervor no teu amar

Por outro lado,
Tudo o que eu mais quero é me sentir amado, desejado,
- é me sentir idolatrado
Tudo o que eu mais quero é ouvir o teu brado
Tudo o que eu mais quero é ouvir-te gritar, sem dor

Tudo o que eu mais quero é sentir-me querido, apetecido,
- até sentir-me usado
Pois, eu quero tudo menos sentir-me preterido
Eu quero tudo menos sentir-me rejeitado, pelo teu amor

apsferreira

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Homem, Grita...!

(este texto visa a apatia, na sua generalidade)

Perde as estribeiras, homem
E deixa que esse teu grito trespasse,
a couraça do teu peito
como te convém
Deixa que esse teu grito abata todas as barreiras
Deixa que ele produza o seu efeito!
Deixa que ele faça eco...
pois, só tu ... mais ninguém o retém!
Deixa que ele se introduza nos recantos mais recolhidos
a bom jeito
e penetre cru nos mais surdos ouvidos

Homem, confia...
Não deixes que continuem a tratar-te como um boneco
Levanta-te frente à multidão, e grita
É por se ver nessa apatia,
que a tua alma sente-se, assim, constrangida e aflita
É por se ver nessa tua apatia, que ela sente-se assim consumida,
e tão vazia...

apsferreira

Grita...! | WAF

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Entre Abutres e Chacais

Alma ferida, espezinhada
Que chocada e espavorida
Vês-te caída nas mãos dos tais
Tais hienas, tais chacais
E os outros mais que te atazanam a vida

Tal abutres esfomeados
Sobrevoam-te, sua preza
Até terem a plena certeza
Que os teus argumentos estão esgotados
E que tu não lhes podes resistir mais

Rasgam-te a carne ainda com vida
Sangue quente a jorrar
Eles não conseguem controlar
Aquela sua ânsia incontida
De a tua Alma esquartejar

Por fim reúne-se o conselho
Entre os necrófagos há consenso
E perante um júbilo imenso
Eles ditam-te a sentença
Pintam a tua pretensa vida de vermelho

apsferreira

Entre Abutres e Chacais | WAF

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ode às Minhas Musas

Obrigado, por essa luz
Que dás à minha Alma
Uma luz que me seduz
E que o sentir espalma
Quando a Alma traduz
O que enche o coração
Uma luz que se produz
No sentir com emoção
Quando a emoção reluz
Ela é fonte de inspiração

Tu és a estrela cintilante
Que estimula-me o sentir
Um sentir tão excitante
Que minha alma faz tinir
E enrola-a tal o turbante
Ela leva-me até às estrelas
Pois, esse sentir excitante
Põe-me de modo de vê-las

Sinto vontade de abraçar
Tudo aquilo que a envolve
Pois, que me faz esvoaçar
Quando o coração comove
Ela põe-me a deambular
Chega a deixar-me a nove
E então o meu doce amar
Já nada é que me estorve

Depois é só eu o escrever
Eu consigo por em escrito
Com meu coração a ferver
Quantas vezes o interdito

apsferreira

Ode às Minhas Musas | WAF

Como hei-de eu cantar...? (ensaio)

Tu és quente, tu és bela, mas tu és tão serena...
A tua expressão é tão amena...,
e eu quando olho para ti, deixo-me levar pelo sonhar,
pelo acarinhar de um amor que eu, em ti, vi
e que à minha alma envenena...

Ah, quanta pena eu tenho de não poder te tocar...,
De eu não poder te amar...,
De eu não poder te sentir...,
De eu não poder sair desta arena, que me aprisiona,
e dar largas..., apreciar...,
Que pena eu tenho de eu não poder deixar-me ir,
De não poder me esvair...
De eu não poder me libertar,
daquilo a que esta vida minha, a mim, me condiciona
e te tornar, assim, na sua rainha...


Quando eu te olho, eu sinto o forte pulsar do meu coração,
porque ele deixou-se encantar, pelo doce beijar do teu olhar,
e,
que só de eu o olhar,
me deu em sorte esta tamanha paixão

Como hei-de eu interiorizar esse teu olhar entorpecido,
que parece ter adormecido num carecido sonhar,
e que parece querer o abraçar, com um tal amor, incontido...?

Eu nem sei como hei-de equilibrar o meu pensar,
e o meu sentir...,
para eu conseguir dosear este tremendo desejo de beijar
esse teu olhar tão enternecido,
que faz o meu coração tinir, e nele eu me querer entranhar...

Como hei-de eu conseguir sorrir...?
Como hei-de eu conseguir me desinibir...?
Como hei-de eu conseguir amar, cantar, voar...(?),
se o mais que eu consigo é soltar um ténue gemido,
sempre que eu me deixo levar...
sempre que eu deixo-me embrenhar,
por esse teu olhar entorpecido...

apsferreira

Como hei-de eu cantar...? | WAF

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

O Teu Doce Amar (poema dedicado)

Quando tu chegas,
e te aconchegas no meu estar,
eu sinto a se escoar
todas as mazelas das esparrelas
em que me lança a doçura do meu bem amar.

A tua alma, tão doce e pura,
afasta qualquer agrura,
nefasta,
pois que me arrasta na candura,
da doçura do teu modo impar de abraçar,
e,
sem mais pensar,
eu deixo-me a flutuar na alvura do teu amar,
que devasta qualquer conjura ao meu bem estar

Logo, tu zelas por afastar
todas as querelas, que possam afectar
a doçura ao meu bem estar, ou a candura ao meu bem amar,
e, assim, tu velas pelo seu consolidar

E então eu,
seguro pela tua mão,
deixo-me levitar na calma que, por tua acção,
se gera na minha alma, e se estende ao meu coração.

apsferreira


O Teu Doce Amar | WAF

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

E Ela Morreu à Míngua

Morreu a saudade à míngua
Ela tinha uma conversa na ponta da sua língua
E tinha a sua boca seca de tanto suspirar
Pois, ela sentia-se ávida - tão ávida por a falar...
Essa conversa implorava por ser dita
E a solidão não parava de a atiçar
E tudo isso era cada vez mais difícil de suportar...
Mas, ela não conseguia encontrar o seu interlocutor
Procurava, procurava, e cada vez era maior essa sua dor
E foi o pavor de não o conseguir encontrar
Foi esta sensação maldita
Que a fez sufocar...

apsferreira

E Ela Morreu à Míngua | WAF

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Momento de Amor

Eu distendo-me, sobre ti,
como uma onda se estende, sobre as areias...

Eu distendo-me ao longo do teu corpo,
que eu sinto a tomar-se por apneias, por amor

Eu sinto-te assim a sufocar de fervor, por mim...

Voraz, é o absorver-me da tua Alma
que a minha alma palma, sem parar...
Perspicaz, ele rouba-me totalmente a calma,
e faz com que eu até sinta falta de ar...
Ele faz-me ferver o sangue nas veias
e dá-me um tal prazer
capaz de me fazer levitar

É um prazer que me é tão difícil de o descrever...

Invade-me um sentimento de amor
na loucura de um tal fervor,
e eu sinto-me como eu nunca me senti...
Sinto-me tomado por um tamanho emolumento,
tal o é o encantamento de mil sereias,
que me arromba a alma e o coração
(então, eu só te vejo a ti...)
e é perante ele que a minha essência tomba

Em meu redor
explodem milhões de pirilampos, em luz,
que libertos de uma indigesta abstinência,
dançam por entre um turbilhão de sensações
que, com excelência, em nossa alma e coração reluz
Não há sensação melhor,
do que a que o teu corpo, então, em mim produz,
e nada mais me seduz do que o teu fervor...
Do que o fervor do nosso amor
que por fim espalha-se pelos nossos corpos, nus

Então, toma-me a paixão...!
Ela invade-me a alma e o coração,
e faz todo o meu corpo estremecer,
e eu sinto-me a esvair-me em prazer

Ele é tanto, quanto a minha alma o deseja...

... e eu dou por mim tomado um tal furor, sem pudor,
até, que eu me veja a falir, por exaustão

apsferreira

Momento de Amor | WAF

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Fatalidade

"... e fez-se ouvir a badalada do destino
e toda a nossa vida viu-se mergulhada
neste cruel e verdadeiro desatino
onde o nosso projecto não vale nada..."

E eu afogo-me nesta cruel saudade...
Filha de uma tão flamejada distância
Que quase leva-me à insanidade
Que eu vi-a ser-me imposta
Por uma tão inesperada circunstância
Para a qual não se vislumbra a adequada resposta
E que faz-me viver
Este meu sem igual sentimento de amor
Nesta amorfa penumbra
Com uma dor, que eu mal consigo conter
Porém, também, com muita alegria e ardor,
Pois, tu continuas a impregnar
O meu coração com tanto amor
Com esse teu tão doce amar...
Que estes teus beijinhos
Que a mim tantos tu fazes chegar
Envoltos em teus tão doces carinhos
E que eu os sinto vindos do céu
Caem sobre mim
Tal os delicados pergaminhos de um véu,
Pois, eu sinto-os desejados com um tão intenso fervor

E eu vejo-me para aqui
A viver esta repentina e insana situação, de um amor
Gerador de tão tamanha saudade,
E da minha felicidade de outrora,
Como se continuasse a não existir mais nada
Para além de ti, minha amada,
Nesta minha tão triste realidade, de agora...

apsferreira

Fatalidade | WAF

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Disparar, pr`a Carago...

O teu olhar é vago
Disse-me um mago, que é difícil, ver outro assim...
Mas, se tu olhares para mim
Eu sinto um tal frenesim, dentro de mim, que quase me deixa ficar gago

Eu fico a pensar
Se eu devo abalar, ou se eu te trago, para junto a mim...
Pois, se eu te amar
Eu decerto estrago, o que há de vago, no teu olhar

Dá-me a tua mão
E tu verás o meu coração, a bater com uma pulsação, de assustar...
Olha para mim
E tu constatarás, assim, que nunca viste outro coração, ficar tão afim

Um simples afago
Seria um bago, do quanto eu sei que tu tens, para me dar...
Dá-me o teu coração
E tu sentirás, então, a minha pulsação, disparar pr`a carago

apsferreira

Disparar, p`ra Carago... | WAF