sábado, 22 de junho de 2013
Cada Um Por Si
Não sei se já reparaste
Que a onda do mar
Briga com as pedras
Até espumar
E que as gaivotas
Todas janotas
Sem se importar
Passam a rasar
E a dar cambalhotas
Não sei se já viste
Que a onda bate e insiste
Enquanto a gaivota
Sobre ela voa, numa boa
Sempre à cambalhota
Brincando a sobrevoa
E nunca desiste
apsferreira
Que a onda do mar
Briga com as pedras
Até espumar
E que as gaivotas
Todas janotas
Sem se importar
Passam a rasar
E a dar cambalhotas
Não sei se já viste
Que a onda bate e insiste
Enquanto a gaivota
Sobre ela voa, numa boa
Sempre à cambalhota
Brincando a sobrevoa
E nunca desiste
apsferreira
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Cândido Luar
Só hoje é que eu vi
Que as estrelas no ar
Se faziam refletir
Sobre as águas do mar
E que, ao longe, a brilhar
Sobre as águas a flutuar
Estava o teu semblante
Tão inebriante
Pairando no ar
Só hoje percebi
Que as nuvens do céu
Caiam sobre ti
Tal fossem um véu
E que até a lua
Ali estava a pairar
Com a sua luz pálida e crua
Só para te iluminar
apsferreira
Que as estrelas no ar
Se faziam refletir
Sobre as águas do mar
E que, ao longe, a brilhar
Sobre as águas a flutuar
Estava o teu semblante
Tão inebriante
Pairando no ar
Só hoje percebi
Que as nuvens do céu
Caiam sobre ti
Tal fossem um véu
E que até a lua
Ali estava a pairar
Com a sua luz pálida e crua
Só para te iluminar
apsferreira
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Desiludida
Diz-me, lá, meu querido amor
Para onde é que foi parar
Aquele belo e sedoso brilho
Que ornamentava o teu olhar
Diz-me, minha querida, por favor
O que, efetivamente, aconteceu
Àquele sorriso tão encantador
Tão doce e lindo, como era aquele teu
Por favor, e sem qualquer pudor,
Diz-me no que estás, tu, a pensar
Quando, com essa feição sem cor,
Tu fixas assim, em mim, o teu olhar
Quando tu declinas a tua cabeça
Tal como se ela estivesse a vergar
Ao peso de soturnos acontecimentos
Que, a teus olhos, parecem desfilar
apsferreira
Para onde é que foi parar
Aquele belo e sedoso brilho
Que ornamentava o teu olhar
Diz-me, minha querida, por favor
O que, efetivamente, aconteceu
Àquele sorriso tão encantador
Tão doce e lindo, como era aquele teu
Por favor, e sem qualquer pudor,
Diz-me no que estás, tu, a pensar
Quando, com essa feição sem cor,
Tu fixas assim, em mim, o teu olhar
Quando tu declinas a tua cabeça
Tal como se ela estivesse a vergar
Ao peso de soturnos acontecimentos
Que, a teus olhos, parecem desfilar
apsferreira
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Que Saudade, Meu Amor...
(poema dedicado à minha mulher, ausente por motivos imperiosos)
Ah, meu querido amor
quanta saudade eu tenho de ti
e, como é difícil suportar esta dor
de não poder ter-te, agora, comigo, aqui
bem juntinho a mim
dando à minha vida
aquele delicioso odor de cetim
como só tu o sabes dar, minha querida
Tu sabes, minha linda...?
Eu sei que isso já não vai demorar
mas, é cada vez mais difícil de esperar
pelo dia da tua tão ansiada vinda
Mas, escuta... - nós não vamos desesperar
porque esta luta, em breve, vai terminar,
e, mais cedo do que se poderia esperar, ainda...
E, quando chegar a esse dia
este meu pobre coração
que agora vive em grande agonia
entre esta tremenda arrelia e uma bela paixão
assolado por esta infesta dor
que o molesta sem pudor, noite e dia
porém, porque também está coalhado de doce ardor
irá explodir em canto e festa
numa explosão de manifesta alegria,
sem par
e, sobre ti, ela irá fazer derramar
o mais puro veio deste meu desmedido amor,
transformado em divinais pétalas de bela flor
sobre as quais eu tanto anseio ver-te a passear
apsferreira
Ah, meu querido amor
quanta saudade eu tenho de ti
e, como é difícil suportar esta dor
de não poder ter-te, agora, comigo, aqui
bem juntinho a mim
dando à minha vida
aquele delicioso odor de cetim
como só tu o sabes dar, minha querida
Tu sabes, minha linda...?
Eu sei que isso já não vai demorar
mas, é cada vez mais difícil de esperar
pelo dia da tua tão ansiada vinda
Mas, escuta... - nós não vamos desesperar
porque esta luta, em breve, vai terminar,
e, mais cedo do que se poderia esperar, ainda...
E, quando chegar a esse dia
este meu pobre coração
que agora vive em grande agonia
entre esta tremenda arrelia e uma bela paixão
assolado por esta infesta dor
que o molesta sem pudor, noite e dia
porém, porque também está coalhado de doce ardor
irá explodir em canto e festa
numa explosão de manifesta alegria,
sem par
e, sobre ti, ela irá fazer derramar
o mais puro veio deste meu desmedido amor,
transformado em divinais pétalas de bela flor
sobre as quais eu tanto anseio ver-te a passear
apsferreira
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Términus
Cruel, imenso, pesado e tenso
O agoniar, sem senso, expirou
E espalhou-se o cheiro a incenso.
apsferreira
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Tu, Em Mim...
De tudo, de ti, o que eu mais quero
é esse brilho do teu olhar
encharcado em emoção
e a delicadeza da tua mão
com o seu doce acarinhar
vindo do teu coração
que, com paixão, eu também venero
Mais, quero o aconchegar das tuas palavras
ditas, sempre, em tom tão sincero,
quando, com elas, o amor tu lavras,
soltando-as delicadas, plenas de esmero
mas, eu quero, também, a doçura da tua voz
que me faz, de ti, refém
navegante em casca de noz
e me deixa a pairar no ar
quando, ilesa, eu te ouço a as entoar
com essa tua habitual atroz delicadeza
E, eu quero o teu terno coração
que, com o seu ameno pulsar,
por si só, de antemão,
deixa o meu a delirar
no limiar da paixão
Tal coração doce e terno
sempre pronto a aconchegar
a me arrancar deste inferno
em que a tua ausência me faz mergulhar
mas que, mesmo de tão longe, faz-me sentir
o doce tinir do seu pulsar
E o teu corpo escultural
que tanto me faz balançar
pela beleza abissal
do seu delicado cintilar externo
e a postura do teu caminhar
o mais elegante, que eu já vi
deram, à minha alma, este empolgar eterno
que tanto me apraz
como, aliás, o faz tudo que vem de ti
apsferreira
é esse brilho do teu olhar
encharcado em emoção
e a delicadeza da tua mão
com o seu doce acarinhar
vindo do teu coração
que, com paixão, eu também venero
Mais, quero o aconchegar das tuas palavras
ditas, sempre, em tom tão sincero,
quando, com elas, o amor tu lavras,
soltando-as delicadas, plenas de esmero
mas, eu quero, também, a doçura da tua voz
que me faz, de ti, refém
navegante em casca de noz
e me deixa a pairar no ar
quando, ilesa, eu te ouço a as entoar
com essa tua habitual atroz delicadeza
E, eu quero o teu terno coração
que, com o seu ameno pulsar,
por si só, de antemão,
deixa o meu a delirar
no limiar da paixão
Tal coração doce e terno
sempre pronto a aconchegar
a me arrancar deste inferno
em que a tua ausência me faz mergulhar
mas que, mesmo de tão longe, faz-me sentir
o doce tinir do seu pulsar
E o teu corpo escultural
que tanto me faz balançar
pela beleza abissal
do seu delicado cintilar externo
e a postura do teu caminhar
o mais elegante, que eu já vi
deram, à minha alma, este empolgar eterno
que tanto me apraz
como, aliás, o faz tudo que vem de ti
apsferreira
segunda-feira, 6 de maio de 2013
Reflexão, sobre a Poesia
A Poesia não se inventa - a Poesia é algo que sente-se e, por tal, é necessário haverem estímulos, que a façam fluir.
Um texto poético é o fruto do Estado d` Alma gerado por ação desses estímulos, em determinado momento da vivência do seu criador.
apsferreira
Um texto poético é o fruto do Estado d` Alma gerado por ação desses estímulos, em determinado momento da vivência do seu criador.
apsferreira
domingo, 5 de maio de 2013
Comtemplando, o Sr Santo Cristo dos Milagres
Senhor, esta lágrima que cai
pelo meu rosto
não é de dor...
nem cai por desgosto
nem é lamento, por qualquer um sofrimento
pois, perante Ti, todo ele se esvai...
Ela brotou do meu coração
e ela é de gratidão,
sentida com fervor...
Ela é de reconhecimento, pelo alento
que me advém do teu desmedido amor
ASF
apsferreira
sábado, 27 de abril de 2013
Quanta Saudade...
Quanta saudade daquele cheiro
daquele perfume que se inalava
das palavras, ditas em tom brejeiro,
com que eu, atrevido, te assediava...
Quanta saudade do calor
do fervor que se emanava
quando, naquele momento derradeiro,
bem no teu âmago, eu já tocava
Quanta saudade do arrepio
do calafrio que, de ti, jorrava
quando tua Alma, no auge do cio,
louca, pelo paraíso, se precipitava...
apsferreira
daquele perfume que se inalava
das palavras, ditas em tom brejeiro,
com que eu, atrevido, te assediava...
Quanta saudade do calor
do fervor que se emanava
quando, naquele momento derradeiro,
bem no teu âmago, eu já tocava
Quanta saudade do arrepio
do calafrio que, de ti, jorrava
quando tua Alma, no auge do cio,
louca, pelo paraíso, se precipitava...
apsferreira
Versos ao Abril
Abril, que com sonhos mil o coração encheste
De Esperança, ao incauto moço e à cachopa
Tu vieste e voltaste, mas tu não os protegeste
Dos devastadores ventos vindos da velha Europa
Eles já levaram o pão, que tu deste ao povo
Usando a grande crise europeia como alibi
E, assim, eles espalham a miséria aqui, de novo
Tais obscuros vampiros da UE, do BCE e do FMI
Eles desembarcam calados e com um ar radical
E, logo instalam-se no centro nevrálgico do país
Pois, saudoso Abril, agora neste velho Portugal
São esses senhores quem cá tudo diz e desdiz...
apsferreira
De Esperança, ao incauto moço e à cachopa
Tu vieste e voltaste, mas tu não os protegeste
Dos devastadores ventos vindos da velha Europa
Eles já levaram o pão, que tu deste ao povo
Usando a grande crise europeia como alibi
E, assim, eles espalham a miséria aqui, de novo
Tais obscuros vampiros da UE, do BCE e do FMI
Eles desembarcam calados e com um ar radical
E, logo instalam-se no centro nevrálgico do país
Pois, saudoso Abril, agora neste velho Portugal
São esses senhores quem cá tudo diz e desdiz...
apsferreira
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Fatalidade
Já não aguento esta saudade
Este tempo que tanto demora
Em contratempo, na verdade
Nem esta dor que me devora...
Já não aguento tanta escassez
Que em meu peito se instalou
Que me sufoca, outra e outra vez
Na pequenez a que me votou...
Já não aguento tamanha escuridão
Que, do meu coração, se apossou
Nem, em minha Alma, a contradição
Da situação que aquele evento gerou
apsferreira
Este tempo que tanto demora
Em contratempo, na verdade
Nem esta dor que me devora...
Já não aguento tanta escassez
Que em meu peito se instalou
Que me sufoca, outra e outra vez
Na pequenez a que me votou...
Já não aguento tamanha escuridão
Que, do meu coração, se apossou
Nem, em minha Alma, a contradição
Da situação que aquele evento gerou
apsferreira
terça-feira, 23 de abril de 2013
Choradinho Da Saudade
Oh, meu amor,
como é cruel esta dor
a da ignóbil separação
que devasta a minha alma
e extravasa a calma
a este coração teu seguidor
que te clama com paixão
Oh, meu amor
alivia este pobre coração
e faz chegar até mim
esse teu odor de cetim
pois, que me encontro, na verdade,
sufocante em saudade
no horror desta separação
Oh, meu amor,
acalma este fervor
que tomou o meu coração
e, sem qualquer pudor,
o faz arder em dor
e em amor
sem compaixão...
apsferreira
como é cruel esta dor
a da ignóbil separação
que devasta a minha alma
e extravasa a calma
a este coração teu seguidor
que te clama com paixão
Oh, meu amor
alivia este pobre coração
e faz chegar até mim
esse teu odor de cetim
pois, que me encontro, na verdade,
sufocante em saudade
no horror desta separação
Oh, meu amor,
acalma este fervor
que tomou o meu coração
e, sem qualquer pudor,
o faz arder em dor
e em amor
sem compaixão...
apsferreira
sábado, 20 de abril de 2013
Verso Transverso
Eu sou o verso transverso à Alma
da gente mal parida
que pretende o inverso
do que toda a gente pretende para a vida
No reverso, eu pressinto uma Alma ferida.
apsferreira
da gente mal parida
que pretende o inverso
do que toda a gente pretende para a vida
No reverso, eu pressinto uma Alma ferida.
apsferreira
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Descaro
Mas, que insensatez, a tua,
a de olhar para mim, assim
e a simular uma Alma nua
enfeitada por belos preceitos
mas, agindo segundo
os mais prefeitos conceitos
que, neste mundo,
melhor definem a falcatrua...
apsferreira
a de olhar para mim, assim
e a simular uma Alma nua
enfeitada por belos preceitos
mas, agindo segundo
os mais prefeitos conceitos
que, neste mundo,
melhor definem a falcatrua...
apsferreira
terça-feira, 9 de abril de 2013
A Pobre Catraia, Desavisada
Eu tremo, só, por antever
O que lhe vai acontecer
Àquele seu tão belo sorriso
À sua híper doce jovialidade
A toda aquela sua irradiante simpatia
E, à sua tão viva felicidade
Que, naquele fatídico dia,
Sofreu um tal golpe, de rude crueldade
Eu até tenho receio de vaticinar
O que, com ela, se vai passar
O que vai, então, lhe suceder
Quando a sua Alma, desacordada,
Deixando de estar desavisada
O seu Mundo vai começar a entender
E ela, então, desesperada
Tão nova, irá sentir-se a perecer...
Logo, renascerá pessoa amarga
Que vê a vida tal pesada carga
Posta, em seus ombros, pelos tais
Que, usando de atitudes pouco racionais
E, de uma desmedida hipocrisia
Em nome de um hipotético Amor
Norteados por um tremendo despudor
Transformaram, em noite, o seu dia
Oh, pobre Catraia, coitada...
Tu, que ainda ontem tinhas tudo,
Hoje, tu vês-te com tão pouco, ou nada
Pois, falta-te aquela mão de veludo
A que tu estavas já tão habituada...
O teu caminho, tu vais ter que percorrer
Na cruel espera de perecer
Sem voltar a conseguir sentires-te mimada
Tu deixaste que interferissem na tua vida
Mesmo, sabendo-os de uma desfaçatez desmesurada
E, tu sentias-te uma pessoa tão querida...
Tu, pobre Catraia, desavisada
Tal Madalena arrependida...
Tu fizeste-te, e à tua Alma, uma renegada...
E, mesmo que, na vida, tu venhas a ter tudo
Tu irás sentir-te sempre uma pobre, sem nada...
Pois, como escudo da tua inglória verdade
Nada mais encontrarás do que a infame saudade...
apsferreira
domingo, 7 de abril de 2013
Que Dor É Esta?
Diz-me, Senhor, que dor é esta
que infesta esta minha Alma
que me faz sentir pavor do amor
que, sem pudor, me extravasa a calma
Senhor, que tremendo é este horror
que enche o meu coração
que me faz excomungar o fervor
o bem-querer e a paixão...
Diz-me, Senhor, o porque desta dor
que, de uma maneira tão funesta
sem qualquer pudor
me viola e me desalma
e me arresta o coração
que faz-me maldizer aquele amor
sentido com ardor
sentido com paixão!
apsferreira
que infesta esta minha Alma
que me faz sentir pavor do amor
que, sem pudor, me extravasa a calma
Senhor, que tremendo é este horror
que enche o meu coração
que me faz excomungar o fervor
o bem-querer e a paixão...
Diz-me, Senhor, o porque desta dor
que, de uma maneira tão funesta
sem qualquer pudor
me viola e me desalma
e me arresta o coração
que faz-me maldizer aquele amor
sentido com ardor
sentido com paixão!
apsferreira
quarta-feira, 3 de abril de 2013
As Linhas Com Que Tu Te Coses
Porque falas, tu, da saudade
E, porque reclamas, tu, a compaixão
Se, na mais pura realidade,
Toda a tua vida está, é, na tua mão?
És tu que tudo nela escolhes
Que a delineias, de antemão
És tu que escolhes as linhas, com que tu te coses
Afinal, elas são as linhas que aliciam o teu coração...
Porém, tu vês-te perante tanta variedade,
Que, tu acabas por entrar em contradição...
apsferreira
E, porque reclamas, tu, a compaixão
Se, na mais pura realidade,
Toda a tua vida está, é, na tua mão?
És tu que tudo nela escolhes
Que a delineias, de antemão
És tu que escolhes as linhas, com que tu te coses
Afinal, elas são as linhas que aliciam o teu coração...
Porém, tu vês-te perante tanta variedade,
Que, tu acabas por entrar em contradição...
apsferreira
segunda-feira, 25 de março de 2013
A Luz, Que Alimenta a Vida
Tu és raio de sol, de luz tão bela, a mais pura
Que tão bem depura o meu amor e a paixão
E, que os dota uma tão grande envergadura
Que me assegura uma vida, sem contradição
E, eu embalo-me nessa tua inigualável doçura
No doce e terno toque dessa tua meiga mão
No irresistível afago de um amor que perdura
E, que tão bem me emoldura em teu coração
E, eu deixo que me tome a tua aliciante candura
Que me preenche e me segura tal uma firme mão
Já que, de uma maneira tão deliciosamente pura,
A cada dia melhor conquista e sutura o meu coração
Pois, é naquele mais singelo afago dessa tua ternura
Que cresce e bem floresce esta minha jubilosa paixão
Que faz que eu sinta o meu coração em doce ventura
Envolto em amor e em carinho - em muita dedicação
E, eu recordo sem saudade, tanta, tanta noite escura
Em que existia débil candura, porque existia a ilusão
Pois, em cada dia, ela renascia da tristeza e da agrura
Que invadia a minha vida e assim iludia o meu coração
apsferreita
Que tão bem depura o meu amor e a paixão
E, que os dota uma tão grande envergadura
Que me assegura uma vida, sem contradição
E, eu embalo-me nessa tua inigualável doçura
No doce e terno toque dessa tua meiga mão
No irresistível afago de um amor que perdura
E, que tão bem me emoldura em teu coração
E, eu deixo que me tome a tua aliciante candura
Que me preenche e me segura tal uma firme mão
Já que, de uma maneira tão deliciosamente pura,
A cada dia melhor conquista e sutura o meu coração
Pois, é naquele mais singelo afago dessa tua ternura
Que cresce e bem floresce esta minha jubilosa paixão
Que faz que eu sinta o meu coração em doce ventura
Envolto em amor e em carinho - em muita dedicação
E, eu recordo sem saudade, tanta, tanta noite escura
Em que existia débil candura, porque existia a ilusão
Pois, em cada dia, ela renascia da tristeza e da agrura
Que invadia a minha vida e assim iludia o meu coração
apsferreita
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
Saudade
Eu senti saudade de ti, quando eu percebi
Que aquele lugar continuava, ali, vazio
E, eu senti um calafrio...
Ah, quanta saudade eu senti de ti
Quando eu vi,
Que tu já não estavas mais ali...
Abrupta, assim, a saudade tiniu dentro de mim...
E, eu senti saudade e eu senti frio
Ao constatar que aquele lugar agora estaria vazio
E eu estremeci perante tão triste verdade
Eu estremeci, perante a realidade
De que, de ti, só me restava a saudade...
apsferreira
Que aquele lugar continuava, ali, vazio
E, eu senti um calafrio...
Ah, quanta saudade eu senti de ti
Quando eu vi,
Que tu já não estavas mais ali...
Abrupta, assim, a saudade tiniu dentro de mim...
E, eu senti saudade e eu senti frio
Ao constatar que aquele lugar agora estaria vazio
E eu estremeci perante tão triste verdade
Eu estremeci, perante a realidade
De que, de ti, só me restava a saudade...
apsferreira
domingo, 27 de janeiro de 2013
As Pessoas, Que São Boas
Eu adoro as pessoas
Que, mergulhando na hipocrisia,
Armam-se em boas
E, deturpam o que fizeram certo dia
Eu adoro as pessoas
Que, armadas em boas,
Esquecem todas as suas tropelias
E com um sorriso nos lábios
Entre os seus disfarces sábios
Pintam a vida com irradiantes fantasias
Ah, como eu gosto das pessoas
Que, tal e qual, como a rolha,
Têm uma imensa capacidade de flutuar
Sobem à superfície, que nem uma bolha
Para acusarem os outros de serem trolha
E deambularem, por aí, com o seu bom ar
apsferreira
Que, mergulhando na hipocrisia,
Armam-se em boas
E, deturpam o que fizeram certo dia
Eu adoro as pessoas
Que, armadas em boas,
Esquecem todas as suas tropelias
E com um sorriso nos lábios
Entre os seus disfarces sábios
Pintam a vida com irradiantes fantasias
Ah, como eu gosto das pessoas
Que, tal e qual, como a rolha,
Têm uma imensa capacidade de flutuar
Sobem à superfície, que nem uma bolha
Para acusarem os outros de serem trolha
E deambularem, por aí, com o seu bom ar
apsferreira
sábado, 26 de janeiro de 2013
Jura de Amor
Eu reguei, com todo, todo, o meu amor
cada mais bela flor, do meu belo jardim
mas, eu só o dei com um verdadeiro fervor
a uma tal rosa que me cheirava a jasmim
Ela era uma rubra rosa, tão, tão formosa
e, toda ela parecia sorrir para mim
ela mostrava-me uma alma doce e briosa
eu nunca me senti apaixonado, assim...
Ela deu-me a essência o seu perfume a provar
E, num encantado delirar, num intenso festim
Eu jurei, para todo o sempre, a preservar e amar
E ela jurou, para todo o sempre me amar, a mim
apsferreira
cada mais bela flor, do meu belo jardim
mas, eu só o dei com um verdadeiro fervor
a uma tal rosa que me cheirava a jasmim
Ela era uma rubra rosa, tão, tão formosa
e, toda ela parecia sorrir para mim
ela mostrava-me uma alma doce e briosa
eu nunca me senti apaixonado, assim...
Ela deu-me a essência o seu perfume a provar
E, num encantado delirar, num intenso festim
Eu jurei, para todo o sempre, a preservar e amar
E ela jurou, para todo o sempre me amar, a mim
apsferreira
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Efémera
Tu és como o vento norte
com rajadas tempestuosas
em oscilante direção
que vem, destrói, espalha a morte
entre guinadas, sumptuosas
sem pejo, nem compaixão
Tu és tal a estrela cadente
que nasce ofuscante, incandescente
para morrer logo de seguida
pois nasce, eufórica, num repente
mas, vive por alguns momentos, somente
esta triste estrela, suicida
Tu lembras a fagulha do fogo
que abandona a chama trepidante
e,sem qualquer pejo, ou rogo
pedante, num nada,
ela vai, até ti, delirante
Só para dar-te a sua escaldante picada
Ou, tu serás como o raio de um trovão
que, num ápice de incandescência,
liga a nuvem ao chão
e, sem dó, ou qualquer complacência
atinge o seu alvo com toda a potência
fazendo um imenso barulhão...?
apsferreira
com rajadas tempestuosas
em oscilante direção
que vem, destrói, espalha a morte
entre guinadas, sumptuosas
sem pejo, nem compaixão
Tu és tal a estrela cadente
que nasce ofuscante, incandescente
para morrer logo de seguida
pois nasce, eufórica, num repente
mas, vive por alguns momentos, somente
esta triste estrela, suicida
Tu lembras a fagulha do fogo
que abandona a chama trepidante
e,sem qualquer pejo, ou rogo
pedante, num nada,
ela vai, até ti, delirante
Só para dar-te a sua escaldante picada
Ou, tu serás como o raio de um trovão
que, num ápice de incandescência,
liga a nuvem ao chão
e, sem dó, ou qualquer complacência
atinge o seu alvo com toda a potência
fazendo um imenso barulhão...?
apsferreira
domingo, 20 de janeiro de 2013
Ah, Catraia Tonta...
Catraia, minha, que insensatez a tua
Tu andares sozinha, assim, pela rua
A espargir, insana, esse teu pó de fel
Tu não vês que dessa insólita maneira
Todos, em ti, veem enorme tonteira
E que, a outros, isso sabe-lhes a mel?
Tu não vês minha pobre catraia, tonta
Que o fel, que na tua boca se amonta,
Só dá-te esse travo amargo, deplorável...
Põe fim a esse teu flamejado tormento
E, segue um caminho ao teu contento,
Sem que te tornes, assim, abominável
Catraia, os caminhos têm baixos e altos
E, ao andares por eles, assim, aos saltos
Percorrendo-os, tresloucada, de lés a lés
Tu vais acabar por escorregar, e, infeliz
Tu vais te magoar, quiçá, até partir o nariz
E, juntar traça e desgraça ao teu palmarés
apsferreira
Tu andares sozinha, assim, pela rua
A espargir, insana, esse teu pó de fel
Tu não vês que dessa insólita maneira
Todos, em ti, veem enorme tonteira
E que, a outros, isso sabe-lhes a mel?
Tu não vês minha pobre catraia, tonta
Que o fel, que na tua boca se amonta,
Só dá-te esse travo amargo, deplorável...
Põe fim a esse teu flamejado tormento
E, segue um caminho ao teu contento,
Sem que te tornes, assim, abominável
Catraia, os caminhos têm baixos e altos
E, ao andares por eles, assim, aos saltos
Percorrendo-os, tresloucada, de lés a lés
Tu vais acabar por escorregar, e, infeliz
Tu vais te magoar, quiçá, até partir o nariz
E, juntar traça e desgraça ao teu palmarés
apsferreira
Brumas, no Olhar
Estas brumas, que tu espalhas, em meu olhar,
Quando, faceira no teu passar, tu te embelezas
É, de uma tal maneira, esse seu me perturbar...
Dá-me cegueira, e não me deixa te vislumbrar,
Quando, ligeira no teu passar, tu me desprezas
É tal aquela delicada rubra rosa que eu te dei
Que tão triste, sem água, eu deixei e murchou
Foi, tal e qual, a chama que, em ti, eu incendiei
E, que entre rudes ventanias, gélidas, eu deixei
E que hoje, com mágua, eu dei que se apagou...
apsferreira
Quando, faceira no teu passar, tu te embelezas
É, de uma tal maneira, esse seu me perturbar...
Dá-me cegueira, e não me deixa te vislumbrar,
Quando, ligeira no teu passar, tu me desprezas
É tal aquela delicada rubra rosa que eu te dei
Que tão triste, sem água, eu deixei e murchou
Foi, tal e qual, a chama que, em ti, eu incendiei
E, que entre rudes ventanias, gélidas, eu deixei
E que hoje, com mágua, eu dei que se apagou...
apsferreira
sexta-feira, 18 de janeiro de 2013
O Teu Sorriso
Quanta alegria no teu sorriso
Quanta luz no teu olhar
Quanta ternura se desenha
Nessa tua Alma, que se empenha
Simplesmente, em amar
apsferrreira
Quanta luz no teu olhar
Quanta ternura se desenha
Nessa tua Alma, que se empenha
Simplesmente, em amar
apsferrreira
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Um Despertar Tardio
E, num repente, a gente acorda para a vida
E, lá nos lançamos, nós, em louca corrida
De uma maneira bem destemida e sem medo
Pois, que nos apercebemos que é tudo menos cedo
E, eis que ao chegarmos ao desejado lugar
Onde, desde há muito já deveríamos lá estar
Vemos que, com o passar do tempo, ele já se esvaziou
Que tudo aquilo que lá brilhava lá se evaporou
E, a nossa primeira reacção
Que, de imediato, ressalta de nosso coração
É vislumbrar a varinha de um mago
Para tentar reparar o estrago
... ... ...
Porém, logo, sentimos-nos votados ao degredo
Resta-nos, então, apontar a alguma coisa o dedo...
apsferreira
E, lá nos lançamos, nós, em louca corrida
De uma maneira bem destemida e sem medo
Pois, que nos apercebemos que é tudo menos cedo
E, eis que ao chegarmos ao desejado lugar
Onde, desde há muito já deveríamos lá estar
Vemos que, com o passar do tempo, ele já se esvaziou
Que tudo aquilo que lá brilhava lá se evaporou
E, a nossa primeira reacção
Que, de imediato, ressalta de nosso coração
É vislumbrar a varinha de um mago
Para tentar reparar o estrago
... ... ...
Porém, logo, sentimos-nos votados ao degredo
Resta-nos, então, apontar a alguma coisa o dedo...
apsferreira
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
Pensamento:
Para ser uma pessoa bonita é preciso ter uma cara bonita, para ser uma pessoa esbelta é preciso ter um corpo bem traçado e atraente, mas, para ser-se uma pessoa linda, basta ter uma Alma doce e carinhosa e irradiar simpatia.
apsferreira
apsferreira
sexta-feira, 4 de janeiro de 2013
Afinal, Para Quê Tudo Isto...?
Cuidado, com as pessoas falsas
Que contam tudo à sua maneira
Omitindo sempre o essencial
Pois que, no seu desespero,
Elas perdem, por completo, o esmero
Para atingirem o seu objetivo final
Com a desfaçatez da gente gaiteira
Elas tentam falsear a imagem inteira
Deturpando por completo a realidade
E, dizem coisas sem eira nem beira
Pois, não falta coragem à gente brejeira
Para escamotear toda e qualquer verdade
Com uma atitude de quem está demente
Perdem os escrúpulos, completamente
E, simulando dançar harmoniosas valsas,
Em passos duplos, vendem a Alma ao diabo
Com o objetivo único de tão somente
Denigrir outrem, ou, de outrem, dar cabo
Se for preciso, elas até despem as calças
E, lá vão mentindo descaradamente,
Numa atitude indigna, que repele
Fazendo tudo para passarem por vítimas
Tornam as suas mentiras em coisas legítimas
Só para sair-se bem - só para salvar a sua pele
apsferreira
Que contam tudo à sua maneira
Omitindo sempre o essencial
Pois que, no seu desespero,
Elas perdem, por completo, o esmero
Para atingirem o seu objetivo final
Com a desfaçatez da gente gaiteira
Elas tentam falsear a imagem inteira
Deturpando por completo a realidade
E, dizem coisas sem eira nem beira
Pois, não falta coragem à gente brejeira
Para escamotear toda e qualquer verdade
Com uma atitude de quem está demente
Perdem os escrúpulos, completamente
E, simulando dançar harmoniosas valsas,
Em passos duplos, vendem a Alma ao diabo
Com o objetivo único de tão somente
Denigrir outrem, ou, de outrem, dar cabo
Se for preciso, elas até despem as calças
E, lá vão mentindo descaradamente,
Numa atitude indigna, que repele
Fazendo tudo para passarem por vítimas
Tornam as suas mentiras em coisas legítimas
Só para sair-se bem - só para salvar a sua pele
apsferreira
terça-feira, 1 de janeiro de 2013
Apagão
Encarcerei a minha Alma
Enterrei os meus dilemas
E eu senti, que de minha Alma,
Deixaram de brotas poemas
Eu vi o sol a se esconder
Eu vi o céu a escurecer
E eu inflecti desolado...
E, logo, eu senti o rosto molhado
Talvez estivesse a chover...
Ou, talvez fossem, apenas
As minhas lágrimas a correr...
apsferreira
Enterrei os meus dilemas
E eu senti, que de minha Alma,
Deixaram de brotas poemas
Eu vi o sol a se esconder
Eu vi o céu a escurecer
E eu inflecti desolado...
E, logo, eu senti o rosto molhado
Talvez estivesse a chover...
Ou, talvez fossem, apenas
As minhas lágrimas a correr...
apsferreira
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