Tal poeta, que cantas o amor
Tal pateta, que veneras a dor
A tua alma tem escama!
São farrapos de vida
São horas de vivência, incompreendida
Que tu embalçamas, com as tuas lágrimas
Com as tuas palavras
Com o teu ardor
Ah, quantos baldios lavras, tu, poeta, por amor.
apsferreira
sexta-feira, 25 de junho de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Que se passa, contigo?
Eu vejo-te dor, no pensamento
Eu vejo-te euforia, mas descontentamento
A qualquer momento, em ti, eu vejo tristeza
Passa-se, qualquer coisa, contigo, com certeza...!
Fervilha o sentimento, em tua carne
E em teu peito, empolgada emoção
As tuas palavras ressoam, vindas do coração...
E esse nervosismo, quando tu falas...?
Há horas, em que tu nem te calas...
Durante outras, tantas, nem abres a boca...
E, quando tu o fazes, parece que tens a cabeça oca!
Há pouco, por qualquer coisa, tu rias
Depois deram-te as agonias!
Por qualquer coisa tu coras...
E agora, por qualquer coisinha, tu choras...!
Por vezes, pareces electrizado
Tu não paras, nem por um minuto, sossegado...
Nem, tampouco, consegues estar calado!
Porém, há horas, em que me pareces um desmamado!
Até parece que estás a sonhar acordado...
Eu vejo-te, para aí, a sorrir, para "o passarinho"...
E tu só queres, é, que te deixem sozinho!
Para os amigos tu não "tens saco"...
A qualquer piadinha, tu dás cavaco...
E, pela tua expressão, tu pareces-me, mesmo, um tolinho...!
Que se passa, contigo, amigo...?
apsferreira
Eu vejo-te euforia, mas descontentamento
A qualquer momento, em ti, eu vejo tristeza
Passa-se, qualquer coisa, contigo, com certeza...!
Fervilha o sentimento, em tua carne
E em teu peito, empolgada emoção
As tuas palavras ressoam, vindas do coração...
E esse nervosismo, quando tu falas...?
Há horas, em que tu nem te calas...
Durante outras, tantas, nem abres a boca...
E, quando tu o fazes, parece que tens a cabeça oca!
Há pouco, por qualquer coisa, tu rias
Depois deram-te as agonias!
Por qualquer coisa tu coras...
E agora, por qualquer coisinha, tu choras...!
Por vezes, pareces electrizado
Tu não paras, nem por um minuto, sossegado...
Nem, tampouco, consegues estar calado!
Porém, há horas, em que me pareces um desmamado!
Até parece que estás a sonhar acordado...
Eu vejo-te, para aí, a sorrir, para "o passarinho"...
E tu só queres, é, que te deixem sozinho!
Para os amigos tu não "tens saco"...
A qualquer piadinha, tu dás cavaco...
E, pela tua expressão, tu pareces-me, mesmo, um tolinho...!
Que se passa, contigo, amigo...?
apsferreira
terça-feira, 22 de junho de 2010
A Serenata, do Luar
A noite cantou, para mim
Tal bela serenata...
Iluminou-se, com o luar
E eu logo ouvi o seu cantar...
Embalou-me, em tal melodia
Que eu me senti a flutuar
Ó noite bela, que te vejo tão serena
Ao ponto de eu me encantar
Que me embalas, em tépida luz
Enquanto eu ouço o teu cantarolar...
Tu fazes o meu coração sonhar...
Leva-me junto, contigo
Sou parte da tua grei
Conta-me o teu segredo
Pois, que, de ti, me enamorei
Outrora, de ti, senti medo...
E, agora, eu estou a te venerar...
Ah, tal encantamento, esse, o do teu luar...
apsferreira
Tal bela serenata...
Iluminou-se, com o luar
E eu logo ouvi o seu cantar...
Embalou-me, em tal melodia
Que eu me senti a flutuar
Ó noite bela, que te vejo tão serena
Ao ponto de eu me encantar
Que me embalas, em tépida luz
Enquanto eu ouço o teu cantarolar...
Tu fazes o meu coração sonhar...
Leva-me junto, contigo
Sou parte da tua grei
Conta-me o teu segredo
Pois, que, de ti, me enamorei
Outrora, de ti, senti medo...
E, agora, eu estou a te venerar...
Ah, tal encantamento, esse, o do teu luar...
apsferreira
sábado, 19 de junho de 2010
A Tua Rosa
Essa tua rosa, que guardas, para mim
Que floresce, em teu belo jardim
Por onde, tanto, eu desejo me passear
As suas pétalas, eu quero abrir
Para fazer o seu nectar, fluir
Ah, como, nele, eu me quero lambuzar...
apsferreira
Que floresce, em teu belo jardim
Por onde, tanto, eu desejo me passear
As suas pétalas, eu quero abrir
Para fazer o seu nectar, fluir
Ah, como, nele, eu me quero lambuzar...
apsferreira
Meninos de Mil Mundos
Menino de mundos mil
Que mil mundos tu dominas
E neste vil mundo tu sobrevives
Quantas vezes vais tu, nele, ao fundo...
Quantas, da tua dignidade, declinas...
Tu passeias o teu sorriso
Por entre gente, sem siso
Que, neste mundo, desconhece
Como, o amor, acontece
E, tantas vezes, ao que parece
Apenas, vive de ódios e maldades
Desconhece a fraternidade
Nem sabe o que, dela, transparece...
Nem o mínimo, que é preciso
Essa, é gente, que atenta contra a tua infância!
Que de modo bestial
Explora a desigualdade
E impõe a sua vontade
Como o faz um animal
Sem usar de qualquer moral
Segue as almas, que bem, ou mal
Tentam por termo à arrogância
Tentam fomentar a tolerância
E que, em tentativa abissal,
Querem acabar com a ganância
As que lutam pela igualdade
As que lutam pela fraternidade
Provocando grande ância
Em mundos de mil vontades
Os, que proliferam nas mentes doentes
Para, quem mil mundos seriam insuficientes
E, sem qualquer pudor, camuflam as verdades
apsferreira
Que mil mundos tu dominas
E neste vil mundo tu sobrevives
Quantas vezes vais tu, nele, ao fundo...
Quantas, da tua dignidade, declinas...
Tu passeias o teu sorriso
Por entre gente, sem siso
Que, neste mundo, desconhece
Como, o amor, acontece
E, tantas vezes, ao que parece
Apenas, vive de ódios e maldades
Desconhece a fraternidade
Nem sabe o que, dela, transparece...
Nem o mínimo, que é preciso
Essa, é gente, que atenta contra a tua infância!
Que de modo bestial
Explora a desigualdade
E impõe a sua vontade
Como o faz um animal
Sem usar de qualquer moral
Segue as almas, que bem, ou mal
Tentam por termo à arrogância
Tentam fomentar a tolerância
E que, em tentativa abissal,
Querem acabar com a ganância
As que lutam pela igualdade
As que lutam pela fraternidade
Provocando grande ância
Em mundos de mil vontades
Os, que proliferam nas mentes doentes
Para, quem mil mundos seriam insuficientes
E, sem qualquer pudor, camuflam as verdades
apsferreira
terça-feira, 15 de junho de 2010
O Meu Depósito a Prazo
Depositei a minha vida, a prazo
Um sagaz investimento, no futuro
Num futuro, que muito me apraz
Louco, no actual fundamento
Porém, eu não o fiz, ao acaso
Pois, tudo de bom, nele, eu auguro
E, disso, eu estou, mais, do que seguro
Depositei, todas, as minhas esperanças
Nas mãos de um alguém
Que, há muito, o meu destino, retém
Envolto, em águas mansas
Em contínuas alianças
Tal e qual, o convém
E com quem, eu projecto as minhas danças
Neste futuro, tal, como eu o auguro
Eu deposito, todas, as minhas esperanças
apsferreira
Um sagaz investimento, no futuro
Num futuro, que muito me apraz
Louco, no actual fundamento
Porém, eu não o fiz, ao acaso
Pois, tudo de bom, nele, eu auguro
E, disso, eu estou, mais, do que seguro
Depositei, todas, as minhas esperanças
Nas mãos de um alguém
Que, há muito, o meu destino, retém
Envolto, em águas mansas
Em contínuas alianças
Tal e qual, o convém
E com quem, eu projecto as minhas danças
Neste futuro, tal, como eu o auguro
Eu deposito, todas, as minhas esperanças
apsferreira
sexta-feira, 11 de junho de 2010
Ser Criança
Ser criança, é ter a sabedoria
De quem sabe viver, com alegria
É gostar de andar de mão dada
É ter viva esperança, numa fada
É ter capacidade, para acreditar,
E, tendo fome, e fome a sentir,
Por ter a capacidade, de amar
Ainda ser capaz, de repartir
É abraçar, sem medo, a verdade
E dizer "sim", com sinceridade
E ao olhar o mundo, em sua volta
Não se sentir qualquer revolta
É ser capaz de jogar à bola
Sem ter um naco de pão na sacola
E dar a cara, por um qualquer amigo
Sem pensar no seu próprio umbigo
É dar o verdadeiro; o real valor
À amizade, ao carinho e ao amor
E compreender, com indulgência
O desamor, e a falta de paciência
E vendo a sua infância, a ser agredida
Com o coração partido, e a alma ferida
Baixar, singelamente, o olhar, ao chão
Perante tanta, e tão brutal incompreensão
Ser criança é conseguir-se aceitar
Apenas o que o mundo tem, para dar
E, em cada manhã, em cada dia
Recomeçar, de novo, com alegria
apsferreira
De quem sabe viver, com alegria
É gostar de andar de mão dada
É ter viva esperança, numa fada
É ter capacidade, para acreditar,
E, tendo fome, e fome a sentir,
Por ter a capacidade, de amar
Ainda ser capaz, de repartir
É abraçar, sem medo, a verdade
E dizer "sim", com sinceridade
E ao olhar o mundo, em sua volta
Não se sentir qualquer revolta
É ser capaz de jogar à bola
Sem ter um naco de pão na sacola
E dar a cara, por um qualquer amigo
Sem pensar no seu próprio umbigo
É dar o verdadeiro; o real valor
À amizade, ao carinho e ao amor
E compreender, com indulgência
O desamor, e a falta de paciência
E vendo a sua infância, a ser agredida
Com o coração partido, e a alma ferida
Baixar, singelamente, o olhar, ao chão
Perante tanta, e tão brutal incompreensão
Ser criança é conseguir-se aceitar
Apenas o que o mundo tem, para dar
E, em cada manhã, em cada dia
Recomeçar, de novo, com alegria
apsferreira
quinta-feira, 10 de junho de 2010
A Festa Genial
O Coelhinho da Páscoa e o Pai Natal
Viram-se tomados, por uma ideia genial
A de organizar uma enorme festança
Sem deixar de fora nenhuma criança
De imediacto embacaram no trenó
E rumaram em direcção às estrelas
Pois, na festa, queriam vê-las
A servir refresco, com pão-de-ló
Passaram a mina do chocolate
Raparam o panelão das amêndoas
Ambos vestiram-se de escarlate
Tão felizes eles já estavam vendo-as
Porém, quando sobrevoaram a grande África
Eles repararam, que a situação era trágica...
apsferreira
Viram-se tomados, por uma ideia genial
A de organizar uma enorme festança
Sem deixar de fora nenhuma criança
De imediacto embacaram no trenó
E rumaram em direcção às estrelas
Pois, na festa, queriam vê-las
A servir refresco, com pão-de-ló
Passaram a mina do chocolate
Raparam o panelão das amêndoas
Ambos vestiram-se de escarlate
Tão felizes eles já estavam vendo-as
Porém, quando sobrevoaram a grande África
Eles repararam, que a situação era trágica...
apsferreira
Ouve, Menino
Menino, que vagueias, por este mundo
Tenro rebento do amor, inconsequente
Quantas vezes fruto de amor profundo
O facto é, que tu vagueias, por um mundo
Que não está preparado, para ti. É evidente
Enxuga as tuas lágrimas, com este lenço
Que também eu o uso, quando, em ti, penso
E, quando olhares o mundo, em teu redor
Olha-o, com compaixão, e torna-o propenso
Para poderes vir a reconstruí-lo, de modo melhor
apsferreira
Tenro rebento do amor, inconsequente
Quantas vezes fruto de amor profundo
O facto é, que tu vagueias, por um mundo
Que não está preparado, para ti. É evidente
Enxuga as tuas lágrimas, com este lenço
Que também eu o uso, quando, em ti, penso
E, quando olhares o mundo, em teu redor
Olha-o, com compaixão, e torna-o propenso
Para poderes vir a reconstruí-lo, de modo melhor
apsferreira
Menino Valente
Alma doce, coração com medo
Tão magoado, e desde tão cedo
És o sorriso, que preciste
És a esperânça, que não desiste
És a mais injusta vítima do degredo
Os teus débeis ombros, nem bem formados
Como podem carregar, tão pesados fardos?
O teu saber é, sempre, tão profundo...
Ensina-me, menino, este teu modo de ver o mundo.
apsferreira
Tão magoado, e desde tão cedo
És o sorriso, que preciste
És a esperânça, que não desiste
És a mais injusta vítima do degredo
Os teus débeis ombros, nem bem formados
Como podem carregar, tão pesados fardos?
O teu saber é, sempre, tão profundo...
Ensina-me, menino, este teu modo de ver o mundo.
apsferreira
quarta-feira, 2 de junho de 2010
Ai, Morena
Ai, morena, essa tua pele, tão quente...
Reluzente...
Que o sol a doirou,
Por ela, em mim, se lavra um tal desejo, ardente
Que, de mim, se apropriou...
Ai, morena...
Sobre a tua tez, o meu olhar poisa
Tão proeminentemente
Que eu acredito, que "um seu tocar", se sente.
apsferreira
Reluzente...
Que o sol a doirou,
Por ela, em mim, se lavra um tal desejo, ardente
Que, de mim, se apropriou...
Ai, morena...
Sobre a tua tez, o meu olhar poisa
Tão proeminentemente
Que eu acredito, que "um seu tocar", se sente.
apsferreira
58 primaveras
A quinquagésima oitava badalada soou,
O pano nem se chega a fechar...
Está consumado o facto!
Iniciou-se o quinquagésimo nono acto
A plateia aplaudiu de pé
E festejou
Que viva o aniversariante
Que, entre sorrisos, sorria, e nem pestanejou
Mesmo, que tendo acabado de ouvir
Que tudo, mas tudo - tudinho - vai continuar a subir
E, tal, como cada restante, sorria radiante...
A expectativa é geral
Ficar desempregado é coisa banal
Esperar dois anos por uma consulta, é a norma
Trabalhar toda a vida, por meia reforma...?
O público aplaude, atónito, calado
Impotente, perante o modo, como se sente defraudado
A peça teatral segue o seu curso
Revezam-se, os intervenientes, no papel de urso
apsferreira
O pano nem se chega a fechar...
Está consumado o facto!
Iniciou-se o quinquagésimo nono acto
A plateia aplaudiu de pé
E festejou
Que viva o aniversariante
Que, entre sorrisos, sorria, e nem pestanejou
Mesmo, que tendo acabado de ouvir
Que tudo, mas tudo - tudinho - vai continuar a subir
E, tal, como cada restante, sorria radiante...
A expectativa é geral
Ficar desempregado é coisa banal
Esperar dois anos por uma consulta, é a norma
Trabalhar toda a vida, por meia reforma...?
O público aplaude, atónito, calado
Impotente, perante o modo, como se sente defraudado
A peça teatral segue o seu curso
Revezam-se, os intervenientes, no papel de urso
apsferreira
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