SEJA BEM-VINDO.

Este é um blogue humilde.

Espero, que se sinta bem, aqui.



Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

Reflete a luz de modo diferente

O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





Espero, que aprecie os momentos, que

estiver, aqui, e que esse seja um motivo,

para que volte.





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apsferreira



quarta-feira, 28 de julho de 2010

Senhor, que faço...?

Que faço, Meu Deus, que faço?
Se alguém me manda suicidar
Lançar-me no vale da Morte
E, lá, permanecer moribundo
Pois, que morrer não terei a sorte...

Que faço, Senhor, que faço?
O meu coração despedaço
Ou firo minha cabeça, profundo?
É que estou a sofrer à beça
A ver se, assim, me passo, deste Mundo...

Por favor, diz-me, Senhor, que faço
Pois, que o Mundo, vira-me as costas
E nele, não encontro respostas...
Misericórdia, Senhor, Misericórdia
Em Teu Nome Te peço de mãos postas...

apsferreira

Enraizamentos Ancestrais da Alma

Que temes tu, ó alma minha?
Porque teimas, contra mim?
Diz-me, se sendo, assim,
porque faço minha esta sina?
Porque sacrifico a minha alminha
a esta maldita adrenalina
pois, que, nesta vivência, ela me definha...!

Eu teimo, em que a minha sina
dite, que a vida minha
honre princípios ancestrais
que, apenas, ditam às almas
vivências irracionais
ilusoriamente calmas
que, de positivo nada têm
e que, só, o negativo retêm...

Diz-me tu, ó alma minha,
que medo é, este, o meu
que eu tenho de tirar o véu
e seguir de cabeça erguida?
Que medo é, este, que eu sinto
de me propor a viver a vida
e, assim, eu a pinto
inibindo-a de ser cumprida
coisa, que tanto eu me empenho

Como posso eu temer
o eu que possa vir a perder
se as lágrimas já se esgotaram;
os sorrisos, há muito, já se evaporaram
e a minha vida escurece
de tal modo, que parece
que, quando o dia amanhece
já, nem o sol nasce!

Só há nuvens carregadas
que deixam as flores sufocadas
os pássaros atordoados...
Todos os meninos calados!
Completamente passados
enquanto, minha alma desfaz-se...

O que posso, eu, temer?

Ou, que mais posso, eu, disto, querer?

apsferreira

sábado, 24 de julho de 2010

O Perfume do Nosso Amor

Inexplicáveis sentimentos e paixões
Por vezes, surgem nos corações
Como, se, de geração expontânea se tratasse...
Digam-me, que força é essa, que une
A gente, que, de imediato, sente
Que a vida, num repentino enlace
Os irá levar, ao mesmo lugar
Mesmo, que, a isso, o presente se mostre imune.

O futuro, que se deleneia
Por onde, a nossa imaginação, serpenteia
Nós idealizamo-lo, com afagia
Nós imaginamo-lo, com uma tremenda ânsia; com agonia...
E é, então, que o escrevemos, com a nossa Mão
Com a nossa Alma e com o nosso Coração.

Com doce Esperança e Alegria,
Nós projectamos a nossa Vida
Tal, como ela nos é querida
Tal e qual, nós a idealizamos, para cada dia...
E é, então, que nós passeamos, por ela
Carregados de abertos sorrisos e flores na lapela

E, sonhando, fazemos projectos...
Sobre, imaginárias paredes, colocamos tetos
E, em cada imaginária flor, colocamos um odor
O perfume, do nosso amor...

apsferreira

quinta-feira, 22 de julho de 2010

O Pão Pr`ó Povo

Poeta, tu que te apegas às palavras
E, com elas, a (tua) vida lavras
Se tu sentes que isso é insuficiente...
Dai a voz ao povo, à minha gente
Pois, que ela é que se ressente
Que vive a vida, intensamente
Por sagas, de todos os dias
Percorre veredas e caminhos
Malfadados!
Atravessa desfiladeiros, redemoinhos
Em busca da paz e do pão
Em lutas, que ultrapassam os trâmites da razão

Dai-lhes a tua voz, ó Poeta
Pois, Eles andam esgotados...

apsferreira

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Perversidade

Ah, como me apetece ser perverso
Fazer o direito, ao inverso
Ultrajar todas as normas
Amar-te de todas as formas
E, no prazer, sentir-me imerso

Ah, como me apetece ser perverso...
E por entre os lençois, submerso,
Desfolhar a tua flor
Acarimhá-la e sentir o seu calor
Manusear o seu canteiro
Amanhar a fértil terra e sentir o seu cheiro...
Regá-la, com substrato
Mas, com o substrato - o verdadeiro...
E saciar, assim, o meu querer controverso

Ah, bela rosa, gulosa...

Ah, como me apetece ser perverso...

apsferreira

O Caranguejo

Ó meu pobre caranguejo
Ser, que és, de tanta graça
Vestes-te de forte carapaça
E usas tão robusta tenaz.
Tu vives nesse mar, nessa imensidão
Mas tu vives a tua paixão...,
Poia hesitas, hesitas e não és capaz
De concretizar o teu desejo...

Tu não vês, que a vida passa...

Por vezes tu pareces um fraco,
refugiado em teu buraco...

Ó meu querido caranguejo
Se tu queres concretizar o teu desejo,
Não podes ser tão indeciso...
Tu vais à frente e vais atrás
Vais à esquerda e à direita
E depois pões-te à espreita...
Tal, como se tu achasses, que não és capaz
De fazeres o que, realmente, é preciso...

apsferreira

quarta-feira, 14 de julho de 2010

E eu escrevo...

Eu escrevo, quando a minha alma remói
Sobre uma dor, ou um acontecimento
Sobre uma reação tida, sem fundamento
Quantas vezes, eu escrevo, sobre alguém
Que, em mim, suscita um qualquer sentimento
Alguém, que eu acolho, com ternura
Ou, alguém, que eu escorraço, com bravura

Eu escrevo, quando o meu coração sorri
Perante um, qualquer, facto da vida
Perante, uma alegria surgida
Na vida de uma pessoa querida
E, ou, na minha, também
Mas eu escrevo, também, quando ele chora,
Se, em mim, porventura, a dor mora

E eu escrevo, quando recordo as alegrias
Que, um dia, eu vivi e, por elas, sorri
Se elas se transformam, em agonias
Ou, que, num repente, se vão embora
Tal como, a traiçoeira paixão, ardente
Que vem forte e vai-se, num repente
Relançando-nos na rotina de outrora

Eu escrevo, para entender os meus sentimentos
Quando a minha alma, assim, o reclama
Eu escrevo, quando, em mim, arde aquela chama
Que se alastra, pelos meus lamentos
Quando, em meu coração, a dor aclama
E eu, também, escrevo, naqueles momentos
Em que me tomam, os meus tormentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que me confrontando, com a vida
E vendo-me, em situação reprimida
Que não me trará emolumentos
Este meu coração, então, deserta
De uma batalha franca e aberta
Deixando-me, assim, sem argumentos

Eu escrevo, quando tomado, pela solidão
Eu sinto apretar-se o meu coração
Sinto-o, como se a atulhar-se, numa alverca
Vagueando, por incertos pressentimentos
Pois, que a fome de amor me acerca
Para que, na saudade, eu não me perca
E consiga libertar-me, desses sentimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Quando a luz do dia se atenua
E olho, quem passa na rua
E o que eu vejo, é passar tormentos
E quando minh`alma se corrói
Por ver um mundo, que se destrói
Por, claramente, insólitos argumentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que vejo esqueletos vivos
Definhando, porque cativos
Das políticas, para os alimentos
E, quando o pão, a alguém, se nega
Pois, que a mesquinharia é cega
E baseia-se, em singulares argumentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que os meus sonhos se destroem
E, em minha alma e coração, remoem
Os mais absurdos desapontamentos
Pois, quando os meus sonhos desmoronam
Logo, as esperanças me abandonam
E escurecem-se os meus pensamentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que o mundo, no seu girar
Faz, a criança inocente, chorar
Sobre egoistas fundamentos
E em que a minha alma, dilacerada
Por não poder fazer nada
Percorre a rota dos descernimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que alguém parte, deste mundo
Gerando um pesar, profundo
Gerando tristeza e saudade
Situações angustiantes, de verdade
Que parecem obra do Espírito Imundo
Deixando fome e demais sofrimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em, qua a solidão não me dá tréguas
E vendo a felicidade a por-se a léguas
Procuro alguém, que me conforte
Alguém, que me estenda a mão
Alguém, que me acolha, em seu coração
Escrevo, se procuro e não tenho a sorte...

apsferreira

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Permite-me, os devaneios

Deixa-me, em meus devaneios,
Semear cearas, plantar canteiros
Percorrer veredas e lameiros
Erguer pilares, sobre as areias, movediças
Erguer igrejas, mesmo, que não assista a missas...

Deixa-me, em meus devaneios,
Lavrar a rocha e nela semear
Subir ao topo da árvore, para ver as estrelas
Mesmo, que do chão eu consiga vê-las
Bastando, para cima, olhar

Porém, deixa-me segurar tua mão...
Apertá-la, contra o meu coração
Beijar teus lábios, com doçura
Amar-te e acarinhar-te, com ternura
Tocar e admirar os teus seios
Mesmo, que tu aches serem, apenas, os meus devaneios...

apsferreira

Súplica

Nesta espera, que me desespera
Sofrido, passeio, eu, sobre o teu traço
(Não sei, meu Deus, que mais eu faço
Para alcançar, esta minha quimera)

O teu belo seblante, que me inibria
Enfeitado por, esse, teu doce sorriso
Atordoa-me; tira-me, por completo, o siso.
Minha linda, tu és tudo, o quanto eu queria

Por favor, dai luz à minha vida
Tu sabes, que tu és a minha querida...
E eu, sem ti, não imagino o meu viver
A cada dia, que passa, eu sinto-me, desfalecer
Acredita, que, deste mundo, eu farei a despedida
Se não me jurares, fazer parte, da minha vida

apsferreira

domingo, 4 de julho de 2010

O Despertar (O Regresso)

Repicam, os sinos, em meu redor
Que adormecido, estivera
Vagueando, em prolongada escuridão
A cada hora sofria...
Mas, eis, que, de súbito, rompe o dia
Sinto, de novo, bater o meu cocação
Expludo, em alegria

apsferreira