Se tu me amas,
porque aclamas a tua indiferença?
Porque insinuas, que a tua presença
é fruto de um mero acaso?
Porque me negas ao teu amor,
que, em teu coração chega a ser dor,
sabendo que, com isso, eu me extravaso?
Se tu me amas,
porque aclamas fastidioso o meu ardor?
Porque o desdenhas, sem pudor?
E tu sabes que isso me causa tanta dor...
Se tu me amas,
porque, vendo retratado em mim tanto amor,
deixas-me partir, e nem reclamas?
apsferreira
Insensibilidade (ensaio) - Poemas de reflexão - Poemas e Frases - Luso-Poemas
sexta-feira, 26 de agosto de 2011
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Alma Perdida
Afinal, qual o porquê de tal tristeza desalmada,
se a beleza que vejo em ti contida,
passeia-se contigo
de mão dada, na tua vida?
Apavora-te a voracidade dessa ferida
que faz tu sentires a tua vida
se transformar, nesse nada...
Será que nesta travessia,
em que um dia tu sentiste-te a cair
de uma ponte,
tu sentiste um tal frio,
porque a tua alma entrou em um tal corrupio,
num tal vazio, que faz-te senti-la a monte,
a vaguear no tremendo espaço contido
entre um passado, que já é ido, e um distante horizonte,
onde tu não sentes o teu eu, tido.
Tu sabes, que o esqueleto das tuas asas está partido...
Eu não poderia me entregar à tristeza
que retratas em teu olhar,
nem ao choro da tua Alma,
nem tampouco à avidez que, de quando em vez,
se extravasa do teu estar.
Eu não conseguiria suportar esse arrastar de correntes
que tu sentes a te prender,
a te reter aos teus pendentes,
dos quais tu não consegues te libertar
Eu não poderia ficar indefinidamente
a esperar ver passar a dor
que viola, sem pudor e constantemente, a tua Alma
e te lança noite e dia, nessa apatia,
nesse nervosismo que é
essa tua aparente calma.
apsferreira
se a beleza que vejo em ti contida,
passeia-se contigo
de mão dada, na tua vida?
Apavora-te a voracidade dessa ferida
que faz tu sentires a tua vida
se transformar, nesse nada...
Será que nesta travessia,
em que um dia tu sentiste-te a cair
de uma ponte,
tu sentiste um tal frio,
porque a tua alma entrou em um tal corrupio,
num tal vazio, que faz-te senti-la a monte,
a vaguear no tremendo espaço contido
entre um passado, que já é ido, e um distante horizonte,
onde tu não sentes o teu eu, tido.
Tu sabes, que o esqueleto das tuas asas está partido...
Eu não poderia me entregar à tristeza
que retratas em teu olhar,
nem ao choro da tua Alma,
nem tampouco à avidez que, de quando em vez,
se extravasa do teu estar.
Eu não conseguiria suportar esse arrastar de correntes
que tu sentes a te prender,
a te reter aos teus pendentes,
dos quais tu não consegues te libertar
Eu não poderia ficar indefinidamente
a esperar ver passar a dor
que viola, sem pudor e constantemente, a tua Alma
e te lança noite e dia, nessa apatia,
nesse nervosismo que é
essa tua aparente calma.
apsferreira
domingo, 21 de agosto de 2011
A Carência
A tua doença é a carência
Que em abono da verdade
Há muito, surpreendeu a ciência
E tornou-se na epidemia da actualidade
O pior dela é a persistência
Com que gera a insatisfação
Deixa-te banhado na insuficiência
Que se implanta em teu coração
Os teus sintomas são evidentes
Basta observar o teu olhar
Nele há tristeza e há dor
Como se ninguém te tivesse amor
Nem tu tivesses a capacidade de amar
Tu pareces estar a sonhar
Pois, tens a voz arrastada
Até, parece, que estás a variar...
Tu dizes que precisas de tudo
Mas, que ao mesmo tempo não queres nada
apsferreira
Que em abono da verdade
Há muito, surpreendeu a ciência
E tornou-se na epidemia da actualidade
O pior dela é a persistência
Com que gera a insatisfação
Deixa-te banhado na insuficiência
Que se implanta em teu coração
Os teus sintomas são evidentes
Basta observar o teu olhar
Nele há tristeza e há dor
Como se ninguém te tivesse amor
Nem tu tivesses a capacidade de amar
Tu pareces estar a sonhar
Pois, tens a voz arrastada
Até, parece, que estás a variar...
Tu dizes que precisas de tudo
Mas, que ao mesmo tempo não queres nada
apsferreira
A Força do Destino
Num coração desnudado
Onde a dor, há muito, habita
Vive o amor, encapuçado
Esperando, esperançado
Por a sua hora bem-dita
Olha em seu redor, o coitado
Porque, na vida, ele acredita
Na esperança da ser levado
Para um lugar e aconchegado,
Enquanto a desventura dormita
A sua sorte foi traçada
Além da linha do horizonte
Pelas mãos de uma fada
Que vive, a vida, esperançada
Nas miraculosas águas de uma fonte
O verde dos campos enegrece
Enquanto o dia desfalece
Porque o tempo paralisou
Se deixares que anoiteça
É certo que, esse amor, pereça
Tal qual um feto que murchou
Vai o galo, de novo, cantar
Vai o sol voltar a raiar
Sobre os vales e sobre os montes
Só então se irá perceber
Depois do dia amanhecer
Se o tempo secou as fontes...
apsferreira
A Força do Destino | WAF#comment-150133#comment-150133
Onde a dor, há muito, habita
Vive o amor, encapuçado
Esperando, esperançado
Por a sua hora bem-dita
Olha em seu redor, o coitado
Porque, na vida, ele acredita
Na esperança da ser levado
Para um lugar e aconchegado,
Enquanto a desventura dormita
A sua sorte foi traçada
Além da linha do horizonte
Pelas mãos de uma fada
Que vive, a vida, esperançada
Nas miraculosas águas de uma fonte
O verde dos campos enegrece
Enquanto o dia desfalece
Porque o tempo paralisou
Se deixares que anoiteça
É certo que, esse amor, pereça
Tal qual um feto que murchou
Vai o galo, de novo, cantar
Vai o sol voltar a raiar
Sobre os vales e sobre os montes
Só então se irá perceber
Depois do dia amanhecer
Se o tempo secou as fontes...
apsferreira
A Força do Destino | WAF#comment-150133#comment-150133
terça-feira, 9 de agosto de 2011
Mulher
Mulher, o teu corpo me inebria
Quando se ilumina em minha mente
Toma-me um tal desejo, tão premente
Que me atormenta noite e dia
Mulher, o teu corpo devassa
As entranhas da minha Alma
Pois, o desejo que me trespassa
Deixa-me aturdido; rouba-me a calma
Mulher, quando contigo eu sonho
Não mais eu quero acordar
Inebria-me tal prazer, medonho
Que me fico a delirar
apsferreira
Quando se ilumina em minha mente
Toma-me um tal desejo, tão premente
Que me atormenta noite e dia
Mulher, o teu corpo devassa
As entranhas da minha Alma
Pois, o desejo que me trespassa
Deixa-me aturdido; rouba-me a calma
Mulher, quando contigo eu sonho
Não mais eu quero acordar
Inebria-me tal prazer, medonho
Que me fico a delirar
apsferreira
A Bela Rosa
Bela Rosa, que em meu jardim
Há muito já eras nascida
Em tua beleza eu vi-me renascer
E ao meu jardim dares vida
As tuas pétalas de uma beleza,
De uma beleza desmedida,
São hoje o meu belo prazer
Que dá vida à minha vida
apsferreira
Há muito já eras nascida
Em tua beleza eu vi-me renascer
E ao meu jardim dares vida
As tuas pétalas de uma beleza,
De uma beleza desmedida,
São hoje o meu belo prazer
Que dá vida à minha vida
apsferreira
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Quero
Quero beijar o teu coração
porque dele vem amor
Quero segurar a tua mão e dançar,
e dançar, sem parar
a olhar os teus olhos, com paixão
Quero amar-te, sem pudor
Quero sentir o bramir do nosso amor
Quero tocar a tua pele nua
e beijar essa boca, tua
que me enche de fervor
apsferreira
porque dele vem amor
Quero segurar a tua mão e dançar,
e dançar, sem parar
a olhar os teus olhos, com paixão
Quero amar-te, sem pudor
Quero sentir o bramir do nosso amor
Quero tocar a tua pele nua
e beijar essa boca, tua
que me enche de fervor
apsferreira
sábado, 6 de agosto de 2011
Eu Quero-te
Hoje eu vim aqui à tua procura
De tua Alma bela, tão doce e pura
Vítima de minha tão brutal iniquidade
Hoje, eu acordei e senti tanta saudade
Da doçura que em ti perdura
Sempre, que me abraças com amizade
Hoje acordei e vim à procura
Desse teu jeito doce e tão carinhoso
Que quero transformar na minha verdade
Do teu bom-dia tão jovial e mimoso
Pois, que em minha Alma ele augura
Caminhos de verdadeiro Amor e Felicidade
apsferreira
Poema Dedicado
De tua Alma bela, tão doce e pura
Vítima de minha tão brutal iniquidade
Hoje, eu acordei e senti tanta saudade
Da doçura que em ti perdura
Sempre, que me abraças com amizade
Hoje acordei e vim à procura
Desse teu jeito doce e tão carinhoso
Que quero transformar na minha verdade
Do teu bom-dia tão jovial e mimoso
Pois, que em minha Alma ele augura
Caminhos de verdadeiro Amor e Felicidade
apsferreira
Poema Dedicado
O Por do Sol
Ainda, há pouco, o Sol brilhava...
Ele iluminava radioso a minha vida
Fazia-me a sentir renascida
Ah, como ele ofuscava o triste brilho do luar...
E esse seu brilho vivo fez-me acreditar
Que o rumo da minha vida estava a mudar
Eu até sentia-lhe um outro sabor...
Agora, que eu vejo o Sol a se por
E vejo tudo na minha vida a perder a cor
Pois, olho em minha volta - tudo se desvanece
Só aquele triste pálido do luar reaparece
Eu sinto o desvanecer-se o amor
Tudo parece ter perdido o seu característico jeito
E vindos bem do âmago do meu peito,
Eu ouço, de novo, os gritos daquela dor...
apsferreira
Ele iluminava radioso a minha vida
Fazia-me a sentir renascida
Ah, como ele ofuscava o triste brilho do luar...
E esse seu brilho vivo fez-me acreditar
Que o rumo da minha vida estava a mudar
Eu até sentia-lhe um outro sabor...
Agora, que eu vejo o Sol a se por
E vejo tudo na minha vida a perder a cor
Pois, olho em minha volta - tudo se desvanece
Só aquele triste pálido do luar reaparece
Eu sinto o desvanecer-se o amor
Tudo parece ter perdido o seu característico jeito
E vindos bem do âmago do meu peito,
Eu ouço, de novo, os gritos daquela dor...
apsferreira
A Esparrela
Trocaram o rumo ao teu destino
E tu fizeste disso a tua sorte
Deixando, que este nosso querer clandestino
Fosse encontrar aí a sua morte
Eu espreitei-te, pela janela
E vi que te levava a fraqueza
Deixavas-te enredar na esparrela
Que vai impregnar a tua vida de tristeza
apsferreira
E tu fizeste disso a tua sorte
Deixando, que este nosso querer clandestino
Fosse encontrar aí a sua morte
Eu espreitei-te, pela janela
E vi que te levava a fraqueza
Deixavas-te enredar na esparrela
Que vai impregnar a tua vida de tristeza
apsferreira
Caminhos da Vida
Viajo com as asas do destino
Pendurado, nas suas tão atrozes garras
Eu olho o mundo com desatino
Pois, eu quero soltar; eu quero firmar amarras
E eu sinto-me tal e qual como se eu fora um puto
Que vai louco, numa correria
Por uma vereda íngreme e bem comprida
Que ele se propôs ultrapassar, um dia
Tal qual se essa singela corrida
Fosse a coisa mais importante da sua vida
Ele mesmo sabendo que pode tropeçar
Não pensa, nem por um momento, em parar
Naquele momento, o resto não vale nada
O importante é vencer aquela parada
Seja de modo ameno, ou abruto
E eu, tal como ele, para vencer a minha, luto
apsferreira
Caminhos da Vida | WAF#comment-149874#comment-149874
Pendurado, nas suas tão atrozes garras
Eu olho o mundo com desatino
Pois, eu quero soltar; eu quero firmar amarras
E eu sinto-me tal e qual como se eu fora um puto
Que vai louco, numa correria
Por uma vereda íngreme e bem comprida
Que ele se propôs ultrapassar, um dia
Tal qual se essa singela corrida
Fosse a coisa mais importante da sua vida
Ele mesmo sabendo que pode tropeçar
Não pensa, nem por um momento, em parar
Naquele momento, o resto não vale nada
O importante é vencer aquela parada
Seja de modo ameno, ou abruto
E eu, tal como ele, para vencer a minha, luto
apsferreira
Caminhos da Vida | WAF#comment-149874#comment-149874
Os Trâmites, do Meu Amor
Este amor, que em minha alma vive, e persiste
Que insiste em a banhar em tão dilacerante dor
Pois, que feriste com refinado cutelo, o meu ardor
Impelindo este meu clamor aos trâmites da crueldade
Quisera eu em louvor de tão severa realidade
Ultrapassar esta distância que entre nós persiste
Que insiste em impedir na nossa vida, o pleno amor
É tremenda a dor, ó saudade, que em mim abriste
Que, em estes meus dias, são a minha triste realidade
Uma maldade do severo destino tão dolorosa e triste
Que transforma a minha vida numa severa verdade
E invade as entranhas de minha alma, de arma em riste
Tal qual o fez a força do amor na já longínqua puberdade
E a desfez entre os desesperantes gritos do seu clamor
apsferreira
Que insiste em a banhar em tão dilacerante dor
Pois, que feriste com refinado cutelo, o meu ardor
Impelindo este meu clamor aos trâmites da crueldade
Quisera eu em louvor de tão severa realidade
Ultrapassar esta distância que entre nós persiste
Que insiste em impedir na nossa vida, o pleno amor
É tremenda a dor, ó saudade, que em mim abriste
Que, em estes meus dias, são a minha triste realidade
Uma maldade do severo destino tão dolorosa e triste
Que transforma a minha vida numa severa verdade
E invade as entranhas de minha alma, de arma em riste
Tal qual o fez a força do amor na já longínqua puberdade
E a desfez entre os desesperantes gritos do seu clamor
apsferreira
Assinar:
Postagens (Atom)