A temática de meus dias, somados…,
Eu enfeito-a, com a fantasia,
Quando a remoo, em cada dia,
Em minha alma e coração cansados.
Pinto-a, com sentimentos desbotados
Retoco-a, com tingidas alegrias,
Que destilam das vivencias vazias,
Que sustentam, estes, meus dias, enfadados.
Ténue esperança é, esta, que em mim vive, ao relento,
Que, como, uma nesga de luz, em porta entreaberta,
Dá, à minha vida, este seu tom cinza pálido…
Desmente esse pretensiosismo cálido,
Com que, porque apático, se acoberta
O meu coração, a cada dia, mais rabugento.
apsferreira
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
domingo, 25 de outubro de 2009
Privação
Vida minha…, tu voltaste?
Tu anuncias-te, em hora de prosseguir…!
A estada, neste estado, já era longa.
Ah vida minha…
Como, de ele, urgia, eu sair!
Vida minha… mas, como te demoraste…!
Deixaste-me votado à solidão,
de delonga, em delonga, a flutuar,
em busca de uma solução...
À procura de um caminho a seguir…
De qual, o desígnio a abraçar;
de como, te fazer fluir…
Do melhor modo de te vivenciar!
Ah vida minha…
Quantas vezes eu preciso de te esculpir…!
Vida minha, diz-me…
Foi só, por isto, que me abandonaste…?
Apenas, por eu hesitar…?
Por eu não saber, o que fazer,
nem, por o que haveria eu de me decidir…?
Apenas, por eu não encontrar
o caminho, que eu era suposto seguir,
para te concretizar…
Para concretizar, em mim, o projecto,
que tu própria o ditaste…?
Vida minha… É, sempre, tão bom sentir,
que tu voltaste…!
apsferreira
Tu anuncias-te, em hora de prosseguir…!
A estada, neste estado, já era longa.
Ah vida minha…
Como, de ele, urgia, eu sair!
Vida minha… mas, como te demoraste…!
Deixaste-me votado à solidão,
de delonga, em delonga, a flutuar,
em busca de uma solução...
À procura de um caminho a seguir…
De qual, o desígnio a abraçar;
de como, te fazer fluir…
Do melhor modo de te vivenciar!
Ah vida minha…
Quantas vezes eu preciso de te esculpir…!
Vida minha, diz-me…
Foi só, por isto, que me abandonaste…?
Apenas, por eu hesitar…?
Por eu não saber, o que fazer,
nem, por o que haveria eu de me decidir…?
Apenas, por eu não encontrar
o caminho, que eu era suposto seguir,
para te concretizar…
Para concretizar, em mim, o projecto,
que tu própria o ditaste…?
Vida minha… É, sempre, tão bom sentir,
que tu voltaste…!
apsferreira
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Almas ao Leú
Em tarde quente
De seco verão,
Eis, que, de repente,
Surge o trovão!
A chuva canta…
É a música da vida!
A folhagem dança,
Trémula, em alegria, perdida!
Generaliza-se a emoção.
A terra mãe ressequida,
Ávida, reconhecida,
Agradece,
Em nome da prole,
Que, refeita em vida,
Já não padece…
O homem sorri,
Pois, o homem sente,
O cheiro quente;
O cheiro fértil,
A terra molhada.
A vida renovada!
Salvou-se a ceara…!
Enche-se o cantil,
De entusiasmo febril.
Em explosão de energia,
Ressurge a vida.
Põe-se a mesa,
Senta-se a certeza,
Serve-se a alegria,
Da esperança renascida.
Lágrimas de harmonia;
Pingos cristalinos,
Caídos do céu,
Em pranto de amor,
Gerados, pelo furor
Dos abraços divinos,
Às almas ao léu.
Entusiasmada à beça,
A flor, desempoeirada,
Vive a promessa,
De vida renovada.
De face lavada
Regozija-se o arbusto,
Em franca euforia,
Refeito do susto.
Nessa tarde de verão
O passarão trina
E tudo se reclina,
Em generalizada comunhão,
E, à surdina,
Gera-se a oração,
De gratidão,
Pela graça divina.
apsferreira
De seco verão,
Eis, que, de repente,
Surge o trovão!
A chuva canta…
É a música da vida!
A folhagem dança,
Trémula, em alegria, perdida!
Generaliza-se a emoção.
A terra mãe ressequida,
Ávida, reconhecida,
Agradece,
Em nome da prole,
Que, refeita em vida,
Já não padece…
O homem sorri,
Pois, o homem sente,
O cheiro quente;
O cheiro fértil,
A terra molhada.
A vida renovada!
Salvou-se a ceara…!
Enche-se o cantil,
De entusiasmo febril.
Em explosão de energia,
Ressurge a vida.
Põe-se a mesa,
Senta-se a certeza,
Serve-se a alegria,
Da esperança renascida.
Lágrimas de harmonia;
Pingos cristalinos,
Caídos do céu,
Em pranto de amor,
Gerados, pelo furor
Dos abraços divinos,
Às almas ao léu.
Entusiasmada à beça,
A flor, desempoeirada,
Vive a promessa,
De vida renovada.
De face lavada
Regozija-se o arbusto,
Em franca euforia,
Refeito do susto.
Nessa tarde de verão
O passarão trina
E tudo se reclina,
Em generalizada comunhão,
E, à surdina,
Gera-se a oração,
De gratidão,
Pela graça divina.
apsferreira
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