Quanta saudade daquele cheiro
daquele perfume que se inalava
das palavras, ditas em tom brejeiro,
com que eu, atrevido, te assediava...
Quanta saudade do calor
do fervor que se emanava
quando, naquele momento derradeiro,
bem no teu âmago, eu já tocava
Quanta saudade do arrepio
do calafrio que, de ti, jorrava
quando tua Alma, no auge do cio,
louca, pelo paraíso, se precipitava...
apsferreira
sábado, 27 de abril de 2013
Versos ao Abril
Abril, que com sonhos mil o coração encheste
De Esperança, ao incauto moço e à cachopa
Tu vieste e voltaste, mas tu não os protegeste
Dos devastadores ventos vindos da velha Europa
Eles já levaram o pão, que tu deste ao povo
Usando a grande crise europeia como alibi
E, assim, eles espalham a miséria aqui, de novo
Tais obscuros vampiros da UE, do BCE e do FMI
Eles desembarcam calados e com um ar radical
E, logo instalam-se no centro nevrálgico do país
Pois, saudoso Abril, agora neste velho Portugal
São esses senhores quem cá tudo diz e desdiz...
apsferreira
De Esperança, ao incauto moço e à cachopa
Tu vieste e voltaste, mas tu não os protegeste
Dos devastadores ventos vindos da velha Europa
Eles já levaram o pão, que tu deste ao povo
Usando a grande crise europeia como alibi
E, assim, eles espalham a miséria aqui, de novo
Tais obscuros vampiros da UE, do BCE e do FMI
Eles desembarcam calados e com um ar radical
E, logo instalam-se no centro nevrálgico do país
Pois, saudoso Abril, agora neste velho Portugal
São esses senhores quem cá tudo diz e desdiz...
apsferreira
sexta-feira, 26 de abril de 2013
Fatalidade
Já não aguento esta saudade
Este tempo que tanto demora
Em contratempo, na verdade
Nem esta dor que me devora...
Já não aguento tanta escassez
Que em meu peito se instalou
Que me sufoca, outra e outra vez
Na pequenez a que me votou...
Já não aguento tamanha escuridão
Que, do meu coração, se apossou
Nem, em minha Alma, a contradição
Da situação que aquele evento gerou
apsferreira
Este tempo que tanto demora
Em contratempo, na verdade
Nem esta dor que me devora...
Já não aguento tanta escassez
Que em meu peito se instalou
Que me sufoca, outra e outra vez
Na pequenez a que me votou...
Já não aguento tamanha escuridão
Que, do meu coração, se apossou
Nem, em minha Alma, a contradição
Da situação que aquele evento gerou
apsferreira
terça-feira, 23 de abril de 2013
Choradinho Da Saudade
Oh, meu amor,
como é cruel esta dor
a da ignóbil separação
que devasta a minha alma
e extravasa a calma
a este coração teu seguidor
que te clama com paixão
Oh, meu amor
alivia este pobre coração
e faz chegar até mim
esse teu odor de cetim
pois, que me encontro, na verdade,
sufocante em saudade
no horror desta separação
Oh, meu amor,
acalma este fervor
que tomou o meu coração
e, sem qualquer pudor,
o faz arder em dor
e em amor
sem compaixão...
apsferreira
como é cruel esta dor
a da ignóbil separação
que devasta a minha alma
e extravasa a calma
a este coração teu seguidor
que te clama com paixão
Oh, meu amor
alivia este pobre coração
e faz chegar até mim
esse teu odor de cetim
pois, que me encontro, na verdade,
sufocante em saudade
no horror desta separação
Oh, meu amor,
acalma este fervor
que tomou o meu coração
e, sem qualquer pudor,
o faz arder em dor
e em amor
sem compaixão...
apsferreira
sábado, 20 de abril de 2013
Verso Transverso
Eu sou o verso transverso à Alma
da gente mal parida
que pretende o inverso
do que toda a gente pretende para a vida
No reverso, eu pressinto uma Alma ferida.
apsferreira
da gente mal parida
que pretende o inverso
do que toda a gente pretende para a vida
No reverso, eu pressinto uma Alma ferida.
apsferreira
segunda-feira, 15 de abril de 2013
Descaro
Mas, que insensatez, a tua,
a de olhar para mim, assim
e a simular uma Alma nua
enfeitada por belos preceitos
mas, agindo segundo
os mais prefeitos conceitos
que, neste mundo,
melhor definem a falcatrua...
apsferreira
a de olhar para mim, assim
e a simular uma Alma nua
enfeitada por belos preceitos
mas, agindo segundo
os mais prefeitos conceitos
que, neste mundo,
melhor definem a falcatrua...
apsferreira
terça-feira, 9 de abril de 2013
A Pobre Catraia, Desavisada
Eu tremo, só, por antever
O que lhe vai acontecer
Àquele seu tão belo sorriso
À sua híper doce jovialidade
A toda aquela sua irradiante simpatia
E, à sua tão viva felicidade
Que, naquele fatídico dia,
Sofreu um tal golpe, de rude crueldade
Eu até tenho receio de vaticinar
O que, com ela, se vai passar
O que vai, então, lhe suceder
Quando a sua Alma, desacordada,
Deixando de estar desavisada
O seu Mundo vai começar a entender
E ela, então, desesperada
Tão nova, irá sentir-se a perecer...
Logo, renascerá pessoa amarga
Que vê a vida tal pesada carga
Posta, em seus ombros, pelos tais
Que, usando de atitudes pouco racionais
E, de uma desmedida hipocrisia
Em nome de um hipotético Amor
Norteados por um tremendo despudor
Transformaram, em noite, o seu dia
Oh, pobre Catraia, coitada...
Tu, que ainda ontem tinhas tudo,
Hoje, tu vês-te com tão pouco, ou nada
Pois, falta-te aquela mão de veludo
A que tu estavas já tão habituada...
O teu caminho, tu vais ter que percorrer
Na cruel espera de perecer
Sem voltar a conseguir sentires-te mimada
Tu deixaste que interferissem na tua vida
Mesmo, sabendo-os de uma desfaçatez desmesurada
E, tu sentias-te uma pessoa tão querida...
Tu, pobre Catraia, desavisada
Tal Madalena arrependida...
Tu fizeste-te, e à tua Alma, uma renegada...
E, mesmo que, na vida, tu venhas a ter tudo
Tu irás sentir-te sempre uma pobre, sem nada...
Pois, como escudo da tua inglória verdade
Nada mais encontrarás do que a infame saudade...
apsferreira
domingo, 7 de abril de 2013
Que Dor É Esta?
Diz-me, Senhor, que dor é esta
que infesta esta minha Alma
que me faz sentir pavor do amor
que, sem pudor, me extravasa a calma
Senhor, que tremendo é este horror
que enche o meu coração
que me faz excomungar o fervor
o bem-querer e a paixão...
Diz-me, Senhor, o porque desta dor
que, de uma maneira tão funesta
sem qualquer pudor
me viola e me desalma
e me arresta o coração
que faz-me maldizer aquele amor
sentido com ardor
sentido com paixão!
apsferreira
que infesta esta minha Alma
que me faz sentir pavor do amor
que, sem pudor, me extravasa a calma
Senhor, que tremendo é este horror
que enche o meu coração
que me faz excomungar o fervor
o bem-querer e a paixão...
Diz-me, Senhor, o porque desta dor
que, de uma maneira tão funesta
sem qualquer pudor
me viola e me desalma
e me arresta o coração
que faz-me maldizer aquele amor
sentido com ardor
sentido com paixão!
apsferreira
quarta-feira, 3 de abril de 2013
As Linhas Com Que Tu Te Coses
Porque falas, tu, da saudade
E, porque reclamas, tu, a compaixão
Se, na mais pura realidade,
Toda a tua vida está, é, na tua mão?
És tu que tudo nela escolhes
Que a delineias, de antemão
És tu que escolhes as linhas, com que tu te coses
Afinal, elas são as linhas que aliciam o teu coração...
Porém, tu vês-te perante tanta variedade,
Que, tu acabas por entrar em contradição...
apsferreira
E, porque reclamas, tu, a compaixão
Se, na mais pura realidade,
Toda a tua vida está, é, na tua mão?
És tu que tudo nela escolhes
Que a delineias, de antemão
És tu que escolhes as linhas, com que tu te coses
Afinal, elas são as linhas que aliciam o teu coração...
Porém, tu vês-te perante tanta variedade,
Que, tu acabas por entrar em contradição...
apsferreira
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