Hoje, eu voltei a nascer
Das cinzas de um passado
Com valor, mas cinzento
Num presente promissor
De tons verde e dourado
Em que eu acalento um amor
Eu renasci do meu caminho
Das moitas de silvas e da poeira
De um coração entorpecido
Por um vinho de casta brejeira
De um descolorido, dia a dia
Que não tinha eira, nem beira
Hoje, eu renasci num projeto
Por duas mãos delineado
Que se vai tornar concreto
Feito com ardor e o cuidado
De ter o respeito e o amor
Como o clamor do trilho andado
Hoje, eu vi todas as estrelas
O céu já não estava nublado
E a todas eu consegui vê-las
Vi brilho, por silêncio velado
Agoirando este novo viver
A nascer de um cru passado
apsferreira
quinta-feira, 14 de junho de 2012
segunda-feira, 11 de junho de 2012
Escárnio
Todas aquelas Rosas pareciam ter murchado
de uma só vez...
Eram Rosas tão formosas, as daquele ramo,
E foi aquele procedimento, ímpio e profano,
que as apagou.
Que lhes empalideceu a tez!
A todas, de uma só vez...
Havia tantos Lobos ali presentes,
Olhando-se rosnando, enquanto, arrogantes,
Arreganhavam-lhe os dentes
E a mão que as segurava,
Esquelética; seca pelo ódio
Com intenções evidentes
E um cariz acusador,
Sem qualquer pudor, ou ética,
Esfregava-lhas no nariz de forma frenética
Com um extremo vigor
Enquanto todos a chamavam de meretriz!
O pior era que, em redor,
O mundo observava, impávido
E em cúmplice galhofa,
Ávido de toda aquela mofa
Que, as suas Almas, consolava...
apsferreira
de uma só vez...
Eram Rosas tão formosas, as daquele ramo,
E foi aquele procedimento, ímpio e profano,
que as apagou.
Que lhes empalideceu a tez!
A todas, de uma só vez...
Havia tantos Lobos ali presentes,
Olhando-se rosnando, enquanto, arrogantes,
Arreganhavam-lhe os dentes
E a mão que as segurava,
Esquelética; seca pelo ódio
Com intenções evidentes
E um cariz acusador,
Sem qualquer pudor, ou ética,
Esfregava-lhas no nariz de forma frenética
Com um extremo vigor
Enquanto todos a chamavam de meretriz!
O pior era que, em redor,
O mundo observava, impávido
E em cúmplice galhofa,
Ávido de toda aquela mofa
Que, as suas Almas, consolava...
apsferreira
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Amigo, Vai Um Cafezinho?
Vem, meu querido amiguinho...
Vem tomar comigo um cafezinho
Cafezinho, não vai não...
Cafezinho é amargoso
E acelera a pulsação
E, embora seja muito gostoso,
Cafezinho faz muito mal ao coração...!
Mas, minha querida Amiguinha,
Para disfrutar de sua companhia
E esperando, que não ache a proposta deplorável
Se tiver aí uma cachacinha
Eu até passo consigo todo o dia
E podemos até juntar o útil ao agradável...!
apsferreira
Vem tomar comigo um cafezinho
Cafezinho, não vai não...
Cafezinho é amargoso
E acelera a pulsação
E, embora seja muito gostoso,
Cafezinho faz muito mal ao coração...!
Mas, minha querida Amiguinha,
Para disfrutar de sua companhia
E esperando, que não ache a proposta deplorável
Se tiver aí uma cachacinha
Eu até passo consigo todo o dia
E podemos até juntar o útil ao agradável...!
apsferreira
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Resignação
Há frio no silêncio do teu olhar
E há a penitência, e ela é teu lamento
Nos teus olhos há tanta carência e falta-lhes o seu brilhar
Tão distante está o teu pensamento...
E eu vejo-te vagarosamente a inspirar o ar...
Como se nada houvesse para além do firmamento
Porém, tu estás disposta a continuar...
A tua vida vivida é o argumento
Pois, tu tens filhos para criar
Eles são o teu único contentamento...
São muitos compromissos ainda, para honrar
E, mesmo assim, tu continuas o teu caminho,
Coma a tua Alma extravasada e reprimida
Mesmo, sabendo a tua vida ainda tão comprida...
apsferreira
E há a penitência, e ela é teu lamento
Nos teus olhos há tanta carência e falta-lhes o seu brilhar
Tão distante está o teu pensamento...
E eu vejo-te vagarosamente a inspirar o ar...
Como se nada houvesse para além do firmamento
Porém, tu estás disposta a continuar...
A tua vida vivida é o argumento
Pois, tu tens filhos para criar
Eles são o teu único contentamento...
São muitos compromissos ainda, para honrar
E, mesmo assim, tu continuas o teu caminho,
Coma a tua Alma extravasada e reprimida
Mesmo, sabendo a tua vida ainda tão comprida...
apsferreira
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