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Este é um blogue humilde.

Espero, que se sinta bem, aqui.



Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

Reflete a luz de modo diferente

O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





Espero, que aprecie os momentos, que

estiver, aqui, e que esse seja um motivo,

para que volte.





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apsferreira



sexta-feira, 29 de maio de 2009

A Flor

No meio de tantas flores,
eu encontrei uma flor,
que, por entre todas elas,
imponha-se, como a mais bela.
Reparei no seu esplendor…
e, sem que desse por isso,
apaixonei-me por ela.
E tratei-a, com tanto amor…

Como ela era delicada...
Quanto ela era encantadora,
vestida com cores mansas,
numa harmonia, sem par.
Logo vi, em suas pétalas,
beleza enternecedora.
E, por ignóbil vontade,
dela eu quis me apropriar.

Pois, ao olhar essa flor,
eu vi-a a sorrir para mim
e a entranhar suas raízes
pelo meu coração, confim!
Como, se ela adivinhasse,
eu, também, querer ser assim…
Ela ser a minha vida;
E eu ser o seu chão de jardim.

Quisera eu, que no meu amor,
ela encontrasse alimento,
e que, logo, o seu perfume
se espalhasse, com o vento!
Que ao espalhar-se, pelo ar,
que todas as borboletas,
plenas em deslumbramento,
logo a, viessem beijar.

apsferreira

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Fantasmas

São tantas as pessoas, que vivem
na penumbra das minhas emoções,
porque, lá, deixaram as suas pegadas,
em tempos idos ...!
Nos meus caminhos percorridos…
Pagadas, que o tempo não as apaga,
pois a minha alma as afaga!

… outrora, elas viveram no meu coração;
acarinhavam a minha vida;
inflamavam-me a paixão!


São fosseis de lágrimas e de sorrisos,
carregados de memórias;
de sentimentos indecisos …
Que fizeram dos meus olhos
fontes de água saturada,
na qual eu sinto, que a minha essência
permanece, ainda, mergulhada!

… nela estão dissolvidas tantas emoções,
geradas, por insanos desejos;
por fatídicas contradições!


São marcas de ressentimento;
são mãos, que me oprimem;
que me dão este nó na garganta …
E que afogam a minha alma.
Eu lavo-as em projectos,
dissimule-as com sorrisos,
mas de nada adianta!

… recordo-as com tanta melancolia,
pois, agora, são tristeza …;
são memórias de alegria!


Quantas vezes, eu quis as remodelar,
mas, de uma forma tão idealista …
E elas mostram-se-me irreduzíveis!
Assim, elas têm-se mantido presas
na masmorra dos meus acanhamentos,
onde as mantenho cativas
e em cumplicidade com meus lamentos …

… sinto, estar em risco a minha capacidade de amar,
sempre, que eu as enfrento
ou, que eu as tento exorcizar!

apsferreira