Catraia, minha, que insensatez a tua
Tu andares sozinha, assim, pela rua
A espargir, insana, esse teu pó de fel
Tu não vês que dessa insólita maneira
Todos, em ti, veem enorme tonteira
E que, a outros, isso sabe-lhes a mel?
Tu não vês minha pobre catraia, tonta
Que o fel, que na tua boca se amonta,
Só dá-te esse travo amargo, deplorável...
Põe fim a esse teu flamejado tormento
E, segue um caminho ao teu contento,
Sem que te tornes, assim, abominável
Catraia, os caminhos têm baixos e altos
E, ao andares por eles, assim, aos saltos
Percorrendo-os, tresloucada, de lés a lés
Tu vais acabar por escorregar, e, infeliz
Tu vais te magoar, quiçá, até partir o nariz
E, juntar traça e desgraça ao teu palmarés
apsferreira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário