Ouve, meu amor...
Vem, até mim, minha querida
Pois, eu já não sei
Se, em meu coração, arde uma cruel ferida
Ou, se ele flutua na candura do algodão
Eu já não sei, qual a lei que nele impera
Qual a lei que lhe norteia a vida, e que tanto a altera
E que lhe dá esta cor tão garrida
Tal a cor das agruras de uma paixão...
Vem, meu amor,
Pois, eu já não sei, se isto que eu sinto,
Se é uma doce loucura,
Que em meu coração perdura,
Envolta em inebriantes vapores de absinto
Tal, um doce mal que não tem cura
De escarlates sabores, e de odores vermelho tinto
Um híbrido do amor e da paixão
Que se terá perdido, algures, no labirinto
Das entranhas de um meu querer faminto, em erupção
Que me extravasa , em muito, o instinto
E aniquila-me a razão
Ou, se tudo não passará, de um fruto da tua doçura,
Que, de um modo cru e sucinto,
Me embevece a Alma, pela sua candura
E entorpece o meu coração...
apsferreira
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