O amor é doce e ameno
E, nas Almas, ele gera Paz
Mas, quando ele palmilha outro terreno,
Ele torna-se num sentimento aceso e voraz
..............................
Na ternura dos meigos beijinhos
Entre o afago de doces carinhos
E sorrisos, de uma imensa candura,
Próprios do romantismo de amantes leigos
Nós passeamo-nos pelos jardins do Paraíso
Em nossos lábios há um terno sorriso
Com os belos tons de um rosa verdura
Entre milhentas flores, e borboletas,
Estirados frente a frente
Nós contamos as estrelas
Pois que, então, os nossos amores,
Até, de dia, permitem vê-las
Para elas vão os nossos louvores
E formulamos desejos ardentes
Aos cometas, e às estrelas cadentes
E, enquanto projetamos um nosso futuro,
E as nossas sedentas mãos se abraçam,
Querendo ultrapassar um presente agreste e duro
E agarrar os sonhos que, os nossos corações, trespassam
Entra, a nossa mente, em delicioso conjuro
Na malícia dos nossos olhares, que ameaçam
a pura candura - agora desejo puro,
E logo os nossos corpos se entrelaçam
Num derriço tão profundo, quanto impuro...
É, então, que nós voamos com borboletas
E corremos atrás de estrelas cadentes
Viajamos na cauda de cometas
E que nós sentimos os nossos corações incandescentes!
Os anjos tocam refinadas trombetas
Estimulando-nos os desejos mais ardentes
E nós queimamos na paixão, e em suas fervorosas linguetas,
Que se tornam incontornavelmente prementes
O Mundo some-se em nosso redor
E já nem passarinhos se ouvem cantar,
E, enquanto se procura o que no outro há de melhor,
Até a rigidez de um chão duro deixa de nos incomodar...
Mistura-se a loucura, na verdura das nossas paixões,
E nos trilhos de uma vida, que se está a projetar
E o doce Amor, ameno e puro, que gera Paz
Vê-se transformado num sentimento aceso e voraz
Mas, que muito nos apraz, e aos nossos corações...
apsferreira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário