Quando a noite cair
E só se ouvir os lobos, no seu uivar
Ao se calar a cotovia
Aconchega-te, a mim, meu amor
Até a noite passar
E chegar um novo dia.
Por favor, tem clemência
E não deixes de me sorrir
Para a minha consciência se iludir
Tem paciência, meu amor
E até chegar o novo dia
Ameniza a minha dor
O meu horror, a minha agonia
Quando o sol se for embora
E a noite escura e fria se instalar
Esta dor que, em mim, perdura
Que à noite parece aumentar
E que o meu coração deplora
Piora, e quase me satura
Não me deixa sossegar...
Com a agrura do uivar dos lobos
Com o agoirar da coruja maldita
Tudo o que, a minha Alma, suja
E que a minha consciência entredita
Mas que, por veleidade, ignora
Quando deteriora a vida aos bobos
Que, em má hora, ignora ou intruja
Vem, até mim, nesta maldita hora
Ao som do uivar dos lobos
Que a esta hora me apavora,
Junto, com a maldita coruja...
apsferreira
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário