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apsferreira



quinta-feira, 19 de maio de 2011

Desejo de Amor

Percorro o teu corpo, desnudado
E eu sinto-me completamente ludibriado
De uma só vez, eu quero-o sugar
Pois, que eu dele quero-me encher
Nesta necessidade que eu sinto de o ter
Uma insana vontade de dele me apropriar
De, sobre ele, eu me deixar derramar

Ah… quanto desejo ressalta de teus olhos
E que calor é esse, que libertas em teus folhos…

Esse desejo que arde em teu olhar
Faz a minha essência se extravasar

E quando eu pressinto essa tua pele, nua
Uma pele tão macia - tão aliciante como me é a tua
Eu sinto-me a entranhar-me no seu calor
Eu sinto-me a entranhar-me num tremendo ardor
Pois, que eu sinto-me avassalado, por o teu fervor...

Ao percorrer esse teu corpo, desnudado
E já, por ele, completamente ludibriado
De uma só vez, eu quero-o sugar
Quero-o tomar, quero usa-lo, quero dele me apropriar
A cada seu desejo eu quero dar regalo
Nesta incoerência de em ti eu querer me sentir derramar
Insano desejo, de cada desejo teu eu querer afogar
É insano este desejo de, sobre ti, eu me deixar derramar

É tanto esse desejo e é tanta esta sofreguidão de te amar
Tudo é fogoso brilho de sol; é luz ténue de lua
Quando esta minha alma, se entrelaça com a tua

Descontrolado, eu ardo, em teu olhar
Desconcertado, entrego-me à sofreguidão do teu amar
Que abraço, pois que tanto a almejo
Sinto o teu corpo, em mim, absorto
E, ávidos, ambos mergulhamos no ensejo
Até que um e outro corpo se sinta morto

O teu tremor faz-me estremecer
A loucura do teu ardor, faz-me renascer
E na coerência desta minha loucura
Eu reencontro-me na amargura deste ardor
E no travo doce desta agrura
Por tanto eu te querer, por tanto desejar ter o teu amor

Tu és carinho, tu és ternura
Tu és o fervoroso amor, que a minha vontade augura
A força, que me faz renascer , mas embevecer
Um duro caminho, mas que me apraz percorrer
E, neste meu desejo que me toma de te ter,
Tu surges como a essência desta minha loucura...

apsferreira

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