SEJA BEM-VINDO.

Este é um blogue humilde.

Espero, que se sinta bem, aqui.



Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

Reflete a luz de modo diferente

O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





Espero, que aprecie os momentos, que

estiver, aqui, e que esse seja um motivo,

para que volte.





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apsferreira



domingo, 29 de novembro de 2009

Paixão

Paixão é sentimento, em explosão.
É arrebatamento.
É possessão do pensamento.

É a ilusão, que destila da alienação,
quando se perde a noção
e a razão, viaja em cortra-mão.

É a loucura, que se apropria do coração.

É a febre; é o frio; é o calor,
que surge num repente,
quando, dentro de a gente, se sente um coração doente,
por êxtase de ódio e de amor.

É a felicidade assente, na delicerante dor.

É a agridoce obsessão.

É a entrega, do pensamento, à prisão.

É a alienação da razão,
por promíscua submissão à desilusão.

É o coração que padece,
porque a alma adoece,
quando se rejuvenesce, em preeminente transgressão.

É a abençoada chama, que, amaldiçoada,
cai, sobre nós, como um véu
e nos faz viajar, entre o inferno e o céu.

É a amaldiçoada chama, que, abençoada,
nos faz fervilhar em vida
e, à nossa alma, nela, absorvida,
por alienação da razão,
ora, a faz sentir-se ardente; agradecida;
ora, a reduz a cinza a pó e a nada.

apsferreira

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Que faço da saudade?

Que faço da saudade,
que se apossa de mim,
que te traz a cada momento,
que monopoliza o meu pensamento,
que me faz sorrir, assim?

Que faço da saudade,
que, comigo, passeia ao relento,
que é minha amiga e companheira,
pois, em mim, entrança
a tua doce lembrança
e a cada momento,
a transforma em esperança?

Qu faço de uma saudade,
que não traz sofrimento,
que adorna o meu sentimento
e o enriquece, assim?

apsferreira

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O Encanto, que eu canto.

Eu canto o encanto, que me encanta,
porque, à minha alma, a levanta,
em siblime sensação - desmedida,
quando se entrança, em minha vida,
este encanto, que tanto me encanta,
a, que a minha alma se entrega, desprevenida.

apsferreira

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Desalento

O teu silêncio é luz apagada.
Faz-me vaguear, pela incerteza,
de, por numa atitude inusitada,
ter nutrido minha alma, com tristeza.

Tomei suco de honestidade,
que me soube a fel, de dissabor.
Tratando-se de uma questão de honor,
impunha-se-me, essa necessidade.

Porém, ao se abrir o nosso coração,
para que se alivie, uma qualquer tensão,
Quase sempre, acaba-se, por o fazer sangrar...

E perante, tão aberrante contradição,
sentimo-lo vazio. E esta é a sensação,
que, de todas, é a pior de se suportar.

apsferreira

domingo, 22 de novembro de 2009

Vida minha...

Vida minha..., tu voltaste?
Tu anuncias-te, em hora de prosseguir...!
A estada, neste estado, já é longa.
Ah, vida minha...
Como, de ele urgia eu sair!

Vida minha... mas, como tu demoraste...!
Deixaste-me votado à solidão,
de delonga, em delonga, a flutuar,
em busca de uma solução...
À procura de um caminho a seguir...
De qual, o desíngio a abraçar;
de como te fazer fluir...
Do melhor modo de te vivenciar!
Ah, vida minha...
Quantas vezes eu preciso de te exculpir...!

Vida minha, diz-me, então...
Foi, por isso, que me abandonaste...?
Apenas, por eu hesitar...?
Por não saber, o que fazer,
nem, por o que me haveria de dicidir...?
Apenas, por eu não encontrar
o caminho, que eu era suposto seguir,
para te concretizar...
Para concretizar, em mim, o projecto,
que tu própria o ditaste...?

Ah, vida minha... Como é bom sentir,
que tu voltaste...!

apsferreira

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Prostração

Tu és a Terra, que eu quero lavrar.
Onde, quero semear o meu amor.
Misturá-lo, com o seu odor
e, com ele, nela me entranhar.

Tu és terra rica, abençoada,
por vil pecado, desprezada.
onde não houve suor pingado!
O teu âmago foi ultrajado...

Tu és um chão, em minha vida,
onde, eu projecto o meu estar;
onde, alimento o meu ser...

Onde, prostrar-me, me dá prazer!
Onde, eu sinto me reencontrar...
Onde, edificarei a minha jazida!

apsferreira

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Apela ao Coração...!

Se a dor se apropriar do teu coração,
lembra-te do coração dos demais...
E lembra-te, que hão outros vitrais,
que, decerto, o teu âmago alegrarão.

Tem Fé... E aos outros, não faças,
o que não gostaste, que te fizessem, a ti.
Por favor, pensa antes de te ires daqui!
Não vês, que outros corações despedaças...?

Fugir, na vida, nunca foi solução...!
Nem, tampouco, bom, para ninguém.
E então...? Apela ao teu coração...!

É, que este mundo é, exactamente, assim.
Verás, que ele te renovará, como convém!
A todos! A ti...; aos outros...; e a mim.

apsferreira

sábado, 14 de novembro de 2009

Enganos...

Olhos, que vêem, o que não existe...
Coração, que sabe disso, mas não desiste...

Vida, que, por isso, se estraga...
Por se deixar levar, pela vaga.
da espontânea fantasia,
que, em minha mente, se cria...!

Vida, apanhada, em cilada,
por minha imaginação, desvairada,
que, a cada momento de meu dia,
a lerda esperança afaga.

E, assim, eu levo a minha vida...

apsferreira

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Obsessão

Eu sei,
como tu querias, já, ter-te ido embora.
Mas eu não me consigo, daqui arredar...
Não, agora...
Sair daqui?
Do pé de ti?
Deste lugar?
Nem pensar...!
Este sentimento, que, por ti, acalento...
Eu nunca iria suportar!
E, mesmo, sabendo, que te queres ir embora,
eu prendo-te a este momento
e não te premitindo falar,
amarro-te ao meu tormento
e não te deixo abalar.

Pode, até, ser, apenas o teu semblante...,
esse teu respirar...,
ou, a tua sombra a aqui estar...
Mas, para mim, isso é mais do que o bastante!

E eu deixar-te ir embora...
Eu não o consigo!
Nisso, eu nem quero pensar...
Faz sentir-me perdido!

Por isso, eu não o consinto.
Falo, invento pretextos; minto...
Para, aqui, te amarrar,
Tal e qual, como tu me amarras, sem, sequer, pensar nisso.
Sem nada fazeres, por isso...
Basta-te, a ti, seres!
E, a mim,
basta-me sentir, o teu sereno respirar.
Observar, esse teu delicado estar.
Imaginar, um teu miminho...;
um teu carinho,
que eu arranco, dessa tua ausência,
transformando minhas mágoas em prazeres.
Por isso, dispenso a tua anuência
e obrigo-te a, aqui, ficar,
mesmo, sem tu o quereres.

Sei, que esse nunca seria o teu intento...
E, assim, a tua ternura..., essa, eu invento!
Pois, eu preciso, tanto, de ti, aqui...
Faço, dela, o meu álibi...,
pois, se não, eu desespero.

Sabes, minha querida...?
É, como se tu fosses a minha própria vida,
por isso, eu tudo tolero...

Eu vejo-te espreitar as horas...,
sem parar!
Em, mal disfarçados, olhares, de esguelha...
Constantes...,
pelo canto de teu olho...,
entre esses teus sorrisos,
com que disfarças o teu mal estar,
enquanto, à paciência, imploras...
São momentos embaraçantes;
desgastantes...,
mas, que me são tão precisos,
que eu, tudo, finjo ignorar,
na esperança de, em ti, acender uma centelha...

Assim, eu seguro-te!
Eu preciso de te segurar...!
E, por isso, eu falo, falo, falo, sempre, sem parar...
Eu preciso, pelo menos, garantir,
que tu não irás partir,
sem, primeiro, me prometeres voltar.

Porém, cada instante insinua-se, como o derradeiro...
E eu continuo a falar, a falar,
pois é-me vital, que me prometas, primeiro...
que logo...
que, no máximo, amanhã...,
que, logo, que o puderes!
Se não, que seja, quando tu o quizeres...!
Mesmo, que seja em promessa vã.
Mas, por favor, promete! Eu te rogo...
Promete, que nos voltaremos a encontrar.

Minha querida..., meu amor...,
Faz-me isso, por favor!
Tu sabes o quanto eu te adoro...
E é, por isso, que eu te o imploro!
Se tu o puderes...,
Por favor, finge, que, também, tu o queres!
Tenta... Tenta te esforçar...!
Sorri e promete, que este momento se repete...
Se não, por favor, apenas, promete,
que nos voltaremos a encontrar.

apsferreira

sábado, 7 de novembro de 2009

A Rajada

Tu foste a rajada de vento,
que arrombou minha janela.
E eu tinha-a, tão bem trancada...!
Agora vejo-a escancarada...
Como receio, que te vás, por ela.

Tudo, tu fizeste estremecer,
quando entraste em rajada.
E eu, radiante, sem temer,
logo corri, a fechar a janela...
Queria ver-te, em mim trancada!

Nesse intante, tudo desabou...
A estrutura; o alicerce abalou!
Senti a minha alma, devastada...
Porém, sei, não querer mais nada...!
Apenas, o que, em rajada, chegou.

Chegou-me um caos, em alegria...
Uma devastação, tão sonhada!
O pão, que me faltava, em cada dia.
E tudo mais, que eu tanto queria,
para a minha vida, que não tinha nada...

Sinto, agora, o meu coração cheio
e a minha pulsação acelerada.
Sinto a minha alma renovada...
E sinto-me feliz, porque perdi o receio
do encantamento, da bela vida, alvoraçada.

apsferreira

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Saturação

Sinto-me cansado...
Preciso de me desligar!
E é urgente apagar,
todas as pegadas,
que ficaram marcadas,
no meu caminho, palmado.
Não o quero recordar.

Não as quero recordar...

Sinto-me cansado...!

apsferreira

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Meu Crédulo Coração

Como troçam de meu amor,
Por ele se moldar, com pureza
E, por ele, em sua simpleza
Abraçar, com ingenuitade a dor.

Por sonhar, com o prometido,
Como se fora a certeza...
Senhor, mas quanta singileza
Tem um coracão dolorido.

E quanta incredulidade...!
Sublinha a incompreensão.
Porém, já nem isto o atrofia...

Pois, essa é a sua única via...
A que trilha, este meu coração.
A única, que conhece, na verdade.

apsferreira