Num coração desnudado
Onde a dor, há muito, habita
Vive o amor, encapuçado
Esperando, esperançado
Por a sua hora bem-dita
Olha em seu redor, o coitado
Porque, na vida, ele acredita
Na esperança da ser levado
Para um lugar e aconchegado,
Enquanto a desventura dormita
A sua sorte foi traçada
Além da linha do horizonte
Pelas mãos de uma fada
Que vive, a vida, esperançada
Nas miraculosas águas de uma fonte
O verde dos campos enegrece
Enquanto o dia desfalece
Porque o tempo paralisou
Se deixares que anoiteça
É certo que, esse amor, pereça
Tal qual um feto que murchou
Vai o galo, de novo, cantar
Vai o sol voltar a raiar
Sobre os vales e sobre os montes
Só então se irá perceber
Depois do dia amanhecer
Se o tempo secou as fontes...
apsferreira
A Força do Destino | WAF#comment-150133#comment-150133
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário