Afinal, qual o porquê de tal tristeza desalmada,
se a beleza que vejo em ti contida,
passeia-se contigo
de mão dada, na tua vida?
Apavora-te a voracidade dessa ferida
que faz tu sentires a tua vida
se transformar, nesse nada...
Será que nesta travessia,
em que um dia tu sentiste-te a cair
de uma ponte,
tu sentiste um tal frio,
porque a tua alma entrou em um tal corrupio,
num tal vazio, que faz-te senti-la a monte,
a vaguear no tremendo espaço contido
entre um passado, que já é ido, e um distante horizonte,
onde tu não sentes o teu eu, tido.
Tu sabes, que o esqueleto das tuas asas está partido...
Eu não poderia me entregar à tristeza
que retratas em teu olhar,
nem ao choro da tua Alma,
nem tampouco à avidez que, de quando em vez,
se extravasa do teu estar.
Eu não conseguiria suportar esse arrastar de correntes
que tu sentes a te prender,
a te reter aos teus pendentes,
dos quais tu não consegues te libertar
Eu não poderia ficar indefinidamente
a esperar ver passar a dor
que viola, sem pudor e constantemente, a tua Alma
e te lança noite e dia, nessa apatia,
nesse nervosismo que é
essa tua aparente calma.
apsferreira
quarta-feira, 24 de agosto de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Boa noite!Oiee Albano
Que linda sua poesia...de uma alma que se encontra perdida e triste.
Amei amigo.
Beijos
Postar um comentário