Que temes tu, ó alma minha?
Porque teimas, contra mim?
Diz-me, se sendo, assim,
porque faço minha esta sina?
Porque sacrifico a minha alminha
a esta maldita adrenalina
pois, que, nesta vivência, ela me definha...!
Eu teimo, em que a minha sina
dite, que a vida minha
honre princípios ancestrais
que, apenas, ditam às almas
vivências irracionais
ilusoriamente calmas
que, de positivo nada têm
e que, só, o negativo retêm...
Diz-me tu, ó alma minha,
que medo é, este, o meu
que eu tenho de tirar o véu
e seguir de cabeça erguida?
Que medo é, este, que eu sinto
de me propor a viver a vida
e, assim, eu a pinto
inibindo-a de ser cumprida
coisa, que tanto eu me empenho
Como posso eu temer
o eu que possa vir a perder
se as lágrimas já se esgotaram;
os sorrisos, há muito, já se evaporaram
e a minha vida escurece
de tal modo, que parece
que, quando o dia amanhece
já, nem o sol nasce!
Só há nuvens carregadas
que deixam as flores sufocadas
os pássaros atordoados...
Todos os meninos calados!
Completamente passados
enquanto, minha alma desfaz-se...
O que posso, eu, temer?
Ou, que mais posso, eu, disto, querer?
apsferreira
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