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E, então, a nossa Alma, por tal

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O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





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apsferreira



quarta-feira, 14 de julho de 2010

E eu escrevo...

Eu escrevo, quando a minha alma remói
Sobre uma dor, ou um acontecimento
Sobre uma reação tida, sem fundamento
Quantas vezes, eu escrevo, sobre alguém
Que, em mim, suscita um qualquer sentimento
Alguém, que eu acolho, com ternura
Ou, alguém, que eu escorraço, com bravura

Eu escrevo, quando o meu coração sorri
Perante um, qualquer, facto da vida
Perante, uma alegria surgida
Na vida de uma pessoa querida
E, ou, na minha, também
Mas eu escrevo, também, quando ele chora,
Se, em mim, porventura, a dor mora

E eu escrevo, quando recordo as alegrias
Que, um dia, eu vivi e, por elas, sorri
Se elas se transformam, em agonias
Ou, que, num repente, se vão embora
Tal como, a traiçoeira paixão, ardente
Que vem forte e vai-se, num repente
Relançando-nos na rotina de outrora

Eu escrevo, para entender os meus sentimentos
Quando a minha alma, assim, o reclama
Eu escrevo, quando, em mim, arde aquela chama
Que se alastra, pelos meus lamentos
Quando, em meu coração, a dor aclama
E eu, também, escrevo, naqueles momentos
Em que me tomam, os meus tormentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que me confrontando, com a vida
E vendo-me, em situação reprimida
Que não me trará emolumentos
Este meu coração, então, deserta
De uma batalha franca e aberta
Deixando-me, assim, sem argumentos

Eu escrevo, quando tomado, pela solidão
Eu sinto apretar-se o meu coração
Sinto-o, como se a atulhar-se, numa alverca
Vagueando, por incertos pressentimentos
Pois, que a fome de amor me acerca
Para que, na saudade, eu não me perca
E consiga libertar-me, desses sentimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Quando a luz do dia se atenua
E olho, quem passa na rua
E o que eu vejo, é passar tormentos
E quando minh`alma se corrói
Por ver um mundo, que se destrói
Por, claramente, insólitos argumentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que vejo esqueletos vivos
Definhando, porque cativos
Das políticas, para os alimentos
E, quando o pão, a alguém, se nega
Pois, que a mesquinharia é cega
E baseia-se, em singulares argumentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que os meus sonhos se destroem
E, em minha alma e coração, remoem
Os mais absurdos desapontamentos
Pois, quando os meus sonhos desmoronam
Logo, as esperanças me abandonam
E escurecem-se os meus pensamentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que o mundo, no seu girar
Faz, a criança inocente, chorar
Sobre egoistas fundamentos
E em que a minha alma, dilacerada
Por não poder fazer nada
Percorre a rota dos descernimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em que alguém parte, deste mundo
Gerando um pesar, profundo
Gerando tristeza e saudade
Situações angustiantes, de verdade
Que parecem obra do Espírito Imundo
Deixando fome e demais sofrimentos

Eu escrevo, naqueles momentos
Em, qua a solidão não me dá tréguas
E vendo a felicidade a por-se a léguas
Procuro alguém, que me conforte
Alguém, que me estenda a mão
Alguém, que me acolha, em seu coração
Escrevo, se procuro e não tenho a sorte...

apsferreira

Um comentário:

maria gorete disse...

Albano lindo,lindo e lindo!!!