Para que vos quero, braços cansados,
Se não alcançardes os ideais que me iluminam?
Para que vos quero, pensamentos alados,
Se eu vos vejo rodeados
De olhares cerrados, que os nossos voos minam?
Para que vos quero, pernas entorpecidas,
Se tão cansadas já estais
De palmilhar descoloridos vitrais?
De prosseguir por rotas amarelecidas...?!
Raios de Sol, sem calor
Vida desprovida de pudor
O vosso torpor é dor de cores garridas
Para que vos quero, Alma violentada,
Se, de ti, já pouco resta, ou nada,
Se já te tiverem até, a Esperança, usurpado
De veres, em fim, o Sol nascer
De o veres resplandecer com a pujança
De um promissor amanhecer
Que prometa vir a ser o teu viver projetado?
apsferreira
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
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