Houve certa carochinha
Que um dia resolveu casar
Pois, que rica tinha ficado
Por, ao sua casa limpar,
Ter feito um grande achado
Que, de um modo inesperado,
A sua triste vida iria mudar
Deslumbrada, a pobrezinha,
Com o coração a palpitar
Logo, para a janela, correu
Nem o resto da casa varreu
Ela nem podia acreditar...
A sua vida estava a mudar!
Mas, vejam só o que aconteceu...
De imediato pôs-se a apregoar
A sua nova condição
Sem com mais se importar
Achou urgente espalhar
Que estava pronta a casar
Pois, já tinha um tostão
Mesmo não sentindo paixão
Depois de muito escolher
Entre tanto candidato
Uns bons trabalhadores
Outros apreciadores de um bom prato
Quantos, belíssimos cantores
Desde o galo até ao pato
Optou, por um simpático rato
Mas, o eleito candidato
O famoso João Ratão
De voz doce e de bom trato
Era um grande glutão
Levado pelo aroma do feijão
Aquele boémio nato
Acabou cozido no caldeirão
Da história desta viuvinha
Só não tira a conclusão
Quem for cego, ou for tarouco
Não foi aquela trivial ambição
Como se pretendeu fazer crer então
O que enviuvou a carochinha...
Da glotice do João Ratão, tampouco!
Não me digam, que não sabem o que foi, não...
É a alegria do pobre, que dura pouco!
apsferreira
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Um comentário:
Perfeito!
És bom meu amigo!
Amei!
Beijos ternos!
Rosa
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