Enquanto eu via o cortejo a passar
Quanta gente eu vi, que ali ia...
Vestidos de pesar, naquele dia
O dia em que o meu corpo foi a enterrar
Ali, ia gente, que há muito não se via...
A passo triste e em triste conversar
Vestindo negro ar - o do grande pesar
Lá iam pondo os assuntos, em dia
Mesmo, que sendo, a morte, um mistério
Até, pelas sombrias ruelas de um cemitério
Entre lamentos e lágrimas de pesar, profundo
Há quem não consiga deixar, nem por um segundo
De referir-se, sem escrúpulos, nem qualquer critério
À vida dos outros, principalmente, se ao adultério
apsferreira
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6 comentários:
Nossa, meu amigo,que soneto forte.
Belíssimo,aliás, embora triste.
Adorei!!
Peço perdão pela minha demora em voltar ao teu espaço, mas no trabalho não posso usar a net.
bjos
Perfeito me fez lembrar um escrito de um Poeta consagrado.
Parabéns!
Albano poema forte aonde mostras com um tom irônico o que ocorre em muitos funerais,me fez lembrar muito de um poema de Alphonsus Guimarães .Tua escrita fica cada vez mais rica.
Beijos
Susan
Bem escrito amigo sem dúvida porque és um grande poeta, mas sinistro...funebre...Affff!
beijos meus!
Assistir ao próprio funeral é sinistro Albano...mas poesia é poesia...e que deu um belo soneto,deu! Gostei...e muito
jokinhas
Bom, ja escrevi algo assim: Minha morte-esta no blog...e confesso que acabei tirando algumas partes que insistentemente minha familia pediu para que assim eu o fizesse, posto que fiquei muito adoentada depois...rsrsrsrsrs Mas uma parte que eu tirei e gostava é :"Gostaria de estar toda de branco, mais alva que a neve, levemente maquiada em esquife branco com tampo de vidro e minha cruz cristã e de malta timbradas"...e por aí vai..baci!! rsrsrsrsrsrsrs
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