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E tentar entender o seu profundo

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apsferreira



domingo, 10 de outubro de 2010

O conto da Carochinha - moral da história

Houve certa carochinha
Que um dia resolveu casar
Pois, que rica tinha ficado
Por, ao sua casa limpar,
Ter feito um grande achado
Que, de um modo inesperado,
A sua triste vida iria mudar

Deslumbrada, a pobrezinha,
Com o coração a palpitar
Logo, para a janela, correu
Nem o resto da casa varreu
Ela nem podia acreditar...
A sua vida estava a mudar!
Mas, vejam só o que aconteceu...

De imediato pôs-se a apregoar
A sua nova condição
Sem com mais se importar
Achou urgente espalhar
Que estava pronta a casar
Pois, já tinha um tostão
Mesmo não sentindo paixão

Depois de muito escolher
Entre tanto candidato
Uns bons trabalhadores
Outros apreciadores de um bom prato
Quantos, belíssimos cantores
Desde o galo até ao pato
Optou, por um simpático rato

Mas, o eleito candidato
O famoso João Ratão
De voz doce e de bom trato
Era um grande glutão
Levado pelo aroma do feijão
Aquele boémio nato
Acabou cozido no caldeirão

Da história desta viuvinha
Só não tira a conclusão
Quem for cego, ou for tarouco
Não foi aquela trivial ambição
Como se pretendeu fazer crer então
O que enviuvou a carochinha...
Da glotice do João Ratão, tampouco!

Não me digam, que não sabem o que foi, não...
É a alegria do pobre, que dura pouco!

apsferreira

Um comentário:

Rosa D Saron disse...

Perfeito!
És bom meu amigo!
Amei!

Beijos ternos!

Rosa