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apsferreira



sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

A Filha das Ondas do Mar

Tu és filha das ondas do mar...
Que têm a alma das sereias
E misturam-se, com o silêncio do luar...
Que têm a voracidade do tubarão!
Que aquirem a força do furacão
E se voltam a senenar.

Ora, mostram-se tranquilas; refletem as estrelas!
Ora estão turvas;entram em turbilhão...!

Tu és filha das ondas do mar...
Que, por ondas traiçoeiras,
Bates, em mim, de todas as maneiras.
Bates, em mim, como nos rochedos,
Elas, também, o fazem, assim...
De um modo, constante,
Persistente,
Desgastante,
Sem parar...,
Pois, o que querem, é as conquistar...

Repelidas, voltam e voltam,
De levinho...
Ou com pujança,
Como, se fossem feitas da imortal esperança!
E de uma paciência, sem par...!
Que , em persistência milinar;
Numa insistência, extenuante...,
Firmam-se, no seu acreditar,
Que acabarão, por as desgastar!

E tu, nisso, já reparaste!
Que, elas, nem pensam em desistir...
Que, nesse impávido ir e vir,
Fixadas no seu objectivo,
Continuam a tentar, a tentar,
Num nunca mais acabar,
Tentando bater, quanto baste,
Até, que, por entre elas, consigam penetrar.

E, lá, as vão moldando....,
Devagar, devagar...
Vão abrindo brechas...
E, por elas, penetrando...
Como se fora, essa, a esseência, de sua existência
E nada mais importar...!

Não existe o tempo; Não mostram desgaste...
Pois, doseando-se, quanto baste,
Fazem isso, sem parar.
E, tanto de noite, como de dia,
Continuam, sempre, a malhar, a malhar, a malhar...

Batem forte;
Batem ameno.
E, por vezes, tão de leve;
Tão sereno...
Como se estivessem a descansar.
Estão se repondo em energia...
E, enquanto, não se fazem sentir,
À dor fingem, amnistia...
Ora, se ouvem a rugir,
Ora, a murmurar...
Ora, as vemos, a se espraiar.
Quantas vezes simulam, rir...
Quantas simulam, brincar...
Todas, fazem-no, a fingir,
Para, o marinheiro se aventurar...

Porém, num repente,
Tomadas, pela obsessão, doentia,
Já, que esta é a sua única via,
Batem forte, novamente,
Sem, com nada, se importar,
Batem, batem, batem, sem parar,
Pois, tudo o que querem, é penetrar...

Tu és...
Tu és onda de mar...!
Carregas, a mesma esperança...
Ora, te vestes, com pujança,
Ora, ostentas a serenidade, do luar...
E, tal como elas, tu jamais desistes!
Insistes, insistes, sem parar.
Presistes, com confiança,
Nesta ideia de me tomar.
De abrires, essa tal brecha,
Por onde consigas penetrar.

Contudo, tu esqueces-te,
De um aspecto, crucial...
Tu não passas de uma simples mortal!
E, que o mar no seu bater,
Que tanto imitas, no teu ser,
O mesmo, que desgasta a dura rocha;
O que, nela ,abre a tal brecha;
E que, por ela, penetra, em flecha,
Depois, de a desgastar,
Fá-lo, há séculos, sem parar...!

Tu esqueces-te, do principal!
Lembra-te, ó pobre mortal;
Lembra-te, que, esse, já é milenar...!

apsferreira

Um comentário:

titozinha disse...

Albano,teu poema me encantou.Esta lindo...divinal...fabuloso.Adorei.Parabens.beijo.Antonieta