O teu sorriso; esse livro aberto,
Escrito, pelo amor, decerto...
Onde assimilo a ternura,
Da brandura de tua essência,
Quando nele descança a minha alma e desperta
E, atiçada, ralha, com a vida, incerta.
Sente-se cansada de ver a pobreza.
De ver a fome; de ver a avareza.
De ver a dor, disseminada,
Em milhões de vidas, plantada,
Vidas, que são tidas, como se não valessem nada...
Para quem, por contradição, as tem na mão.
O teu sorriso, é remédio, por excelência,
De contrastes e contradições.
É onde descanso, minhas emoções.
É um botão de rosa eternizado;
Meu por de sol, prepectuado.
O ocaso de cada jornada vivida;
Sofrida...,
Por onde pregrina a minha vida.
Onde me acolho nas horas de agonia,
Perante, este absurdo sofrimento,
Nascido do dissiminado desamor.
É onde me resguardo, da tanta dor,
Que, a cada momento,
Sem um mínimo fundamento,
Eu vejo eclodir, em minha volta.
Por todo o lado vejo revolta,
Num mundo tão complexo,
Incontestavelmente, incoerente,
Que me deixa preplexo!
Que me deixa boquiaberto
E, em mim, gera tristeza.
Nele, eu não vejo nexo,
Como o encontro, quando o preciso,
Nesse teu sorriso; o meu paraíso.
Meu repouso; meu livro aberto...,
O seu tão fidedigno reflexo.
apsferreira
terça-feira, 8 de dezembro de 2009
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Um comentário:
Como todos, esses 4 últimos poemas são incríveis, eles fazem com que agente se identitifique, que pare para pensar e sonhar. E eu, não preciso nem te contar, o quanto fico emocionada com eles.
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