Paixão é sentimento, em explosão.
É arrebatamento.
É possessão do pensamento.
É a ilusão, que destila da alienação,
quando se perde a noção
e a razão, viaja em cortra-mão.
É a loucura, que se apropria do coração.
É a febre; é o frio; é o calor,
que surge num repente,
quando, dentro de a gente, se sente um coração doente,
por êxtase de ódio e de amor.
É a felicidade assente, na delicerante dor.
É a agridoce obsessão.
É a entrega, do pensamento, à prisão.
É a alienação da razão,
por promíscua submissão à desilusão.
É o coração que padece,
porque a alma adoece,
quando se rejuvenesce, em preeminente transgressão.
É a abençoada chama, que, amaldiçoada,
cai, sobre nós, como um véu
e nos faz viajar, entre o inferno e o céu.
É a amaldiçoada chama, que, abençoada,
nos faz fervilhar em vida
e, à nossa alma, nela, absorvida,
por alienação da razão,
ora, a faz sentir-se ardente; agradecida;
ora, a reduz a cinza a pó e a nada.
apsferreira
domingo, 29 de novembro de 2009
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2 comentários:
Albano,nunca vi nada que descrevesse,tao bem a «Paixao».Esta mesmo Divinal.Adorei,vou le-lo muitas vezes.Lindo,lindo,lindo.Beijos.Antonieta
Albano,esse poema é o apce da paixão, é tudo de bom que ela traz e tudo de ruim que vem junto com este sentimento avassalador. Vc conseguiu reunir exatamente num poema duas sensações tão opostas e fazer com que elas fiquem superiores a qualquer sentimento ruim que possa existir em uma paixão
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