Eu estou tão quietinho, no meu lugar
E tu estás para aí a me provocar o calor
Depois, tu não venhas para cá te queixar...
Para de olhar para mim, assim, se faz o favor
Essa tua blusinha, de fino cetim
Com um decote tão grande, assim
Só pode ter como seu único fim
Provocar, em mim, o fervor
E um olhar, assim, desafiador
E esse teu ar carmim, sem pudor
É um festim de esplendor
Que tu estás a derramar, sobre mim
Logo que eu olhei, para ti, e eu vi
Em teus olhos, esse brilhar
Eu, de imediato, depreendi
Que tu estavas afim de me gozar
Olha aí - tu para de me desafiar
Não vás tu depois, então, reclamar...
Pois, uma vontade de te agarrar, sem fim
Está a invadir-me, e tomar conta de mim
apsferreira
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