Tu és quente, tu és bela, mas tu és tão serena...
A tua expressão é tão amena...,
e eu quando olho para ti, deixo-me levar pelo sonhar,
pelo acarinhar de um amor que eu, em ti, vi
e que à minha alma envenena...
Ah, quanta pena eu tenho de não poder te tocar...,
De eu não poder te amar...,
De eu não poder te sentir...,
De eu não poder sair desta arena, que me aprisiona,
e dar largas..., apreciar...,
Que pena eu tenho de eu não poder deixar-me ir,
De não poder me esvair...
De eu não poder me libertar,
daquilo a que esta vida minha, a mim, me condiciona
e te tornar, assim, na sua rainha...
Quando eu te olho, eu sinto o forte pulsar do meu coração,
porque ele deixou-se encantar, pelo doce beijar do teu olhar,
e,
que só de eu o olhar,
me deu em sorte esta tamanha paixão
Como hei-de eu interiorizar esse teu olhar entorpecido,
que parece ter adormecido num carecido sonhar,
e que parece querer o abraçar, com um tal amor, incontido...?
Eu nem sei como hei-de equilibrar o meu pensar,
e o meu sentir...,
para eu conseguir dosear este tremendo desejo de beijar
esse teu olhar tão enternecido,
que faz o meu coração tinir, e nele eu me querer entranhar...
Como hei-de eu conseguir sorrir...?
Como hei-de eu conseguir me desinibir...?
Como hei-de eu conseguir amar, cantar, voar...(?),
se o mais que eu consigo é soltar um ténue gemido,
sempre que eu me deixo levar...
sempre que eu deixo-me embrenhar,
por esse teu olhar entorpecido...
apsferreira
Como hei-de eu cantar...? | WAF
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