sábado, 18 de junho de 2011
O Azul do Mar
Um dia, a mirar o mar,
e aquele seu azul profundo
pleno de segredos inconfessos
das piratarias que se espalham, pelo mundo,
eu, nas suas calmarias,
vi-o esconder, furibundo,
os trilhos que os marinheiros nele deixaram impressos
e quantos outros objectos,
nele, lançados por movimentos discretos,
dejectos de inconfessos passados.
Mirei o mar um dia e vi-o furibundo
debatendo-se em grande agonia
a tentar esconder na sua calmaria,
o que toda a gente lhe pedia
que ele escondesse do mundo
Eu envolvi-o na minha paixão
e cheguei a amainar-lhe o coração...
e quando eu já não o achava possível
o mar, sem eu o esperar,
de súbito começou a se irritar
e, irascível, atirou comigo ao chão
Foi então que eu nele compreendi
aquele azul que eu vi
e toda a sua contradição...
apsferreira
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Um comentário:
Boa noite! Albano
Lindo poema amigo.
Beijos
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