Olha, para o teu lado e vê esse vulto,
de ar sombrio,
de olhar amargurado,
que, ao pé de ti, sentado, sofre,
calado
Também, nele, a sua Alma gela no frio
Nesse gélido frio, de não se sentir amado
Repara, como ele está triste - desolado
o seu destino,
por ele, mil vezes amaldiçoado,
no seu coração, o feriu.
Ele vive num desatino, por sentir-se completamente desamparado
Repara...
O seu pobre coração, onde se sente um bater tão triste,
apagado
vive descompassado
pois, há muito que navega nas ondas da solidão
no mar da dor
na obscuridade do amor, onde se sente naufragado
E tu? E esse teu coração...?
Nele, existe um amor, cru, do qual já se assenhorou o "Papão"
um amor, que só gera a dor
e que, com sua própria mão, o dilacera, sem compaixão,
sem qualquer pudor
Chama o teu ser à razão e ouve o seu bom conselho
Quantas e quantas vezes precisamos de nos olhar ,
bem de frente, num espelho;
de nos enfrentar,
para depurarmos a nossa capacidade de amar?
Tem, por ti, um pouco de amor; um pouco de compaixão
Refreia o furor - esse desatino de amor, que te toma o coração
E deixa, que ele se retome, no brio.
Olha esse vulto, que a teu lado jaz triste
Se arrasta pelo chão,
Que tem um ar tão sombrio...
Porque não te dispões, tu, a estender-lhe a tua mão?
apsferreira
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Reflexão, sobre o Amor (?) | WAF
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4 comentários:
Poeta
Sinceramente, não tenho palavras, fiquei extasiada pela beleza e força que este poema transmite...vou voltar para ler mais.
beijo
Sonhadora
Belo, perfeito, obra prima. Você é demais, por isso sou sua fan.
Bjs
Amigo ai está um texto instigante a se pensar ....Bom de se ler e tirar uma lição !!!!
Beijos
Susan
Esse eu há o comentei, mas todas as vezes que o leio, vejo a minha sombra refletida nele...
Nele, existe um amor, cru, do qual já se assenhorou o "Papão"
Esse papão já me assustou muito e continua a me intimidar...
Abraços amigo meu!
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