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Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

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O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





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apsferreira



segunda-feira, 8 de março de 2010

Quem desdenha, quer comprar

Tu dizes-me, que aquela minha amiga...
Aquela chata, embirrenta
Que, a minha paciência, atormenta
Que, porque passa a vida a matutar,
De um modo, tal, que chega a irritar,
Os meus dias violenta
Pois, ela não pode ver-me descansar...

Aquela, irritante criatura
Embirrenta...
Que, contra tudo, conjura
Uma intolerável presença
Sempre, a botar a sua sentença...!
Parece, até, ter o rei na barriga...
E, nada, do que ela diga, está mal...
Sempre, dando lições de moral!
Uma presença tão cinzenta
Verdadeiramente, embirrenta!!!

Perante, ela a minha alma exaspera

Eu nem sei, como há gente que a aguenta...

Tu dizes, que aquela minha amiga,
Que, a minha paciência, fadiga
Sempre, cumpriu a sua promessa
E foi-se embora, assim, "nessa"...?

Pois, então, hoje é dia de festa...!!!

Espera... Espera... Põe a tua mão, aqui, na minha testa...
É... Só pode ser do arejo da porcaria, deste casebre!
Por sua via, eu sinto-me ardendo, em febre...
E que calafrio, este, que eu senti...

Mas diz-me, lá, então: Tu tens, ou não, a visto, por aí?

NÃO???

Eu só posso estar doente...

Porque me sinto, eu, assim, de repente?
E porque sinto, eu, este vazio...?

apsferreira

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