De minhas lágrimas, o salgado
e de teus lábios, a doçura,
misturam-se, com tanta brandura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
Ao tocar o teu corpo, suado,
tomado, por tua formosura,
acaricio-o, com tal ternura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
Tu moves-te de tal modo, ousado,
que a tua inocência conjura,
mantendo-nos, em clara clausura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
E, por teu suor, então, molhado,
depois de vivida, essa loucura,
fazemos, do leito, a sepultura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
Ao despedirmo-nos, desolado,
apreso-me na tua postura,
sensual, mas tão inócua e pura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
Recordando-nos, apaixonado,
- é o sentimento, que em nós perdura -
em nossas almas vejo a brancura,
que iliba, o nosso amor, de pecado.
apsferreira
Glossário:
Clausura - Aprisionamento; Restrinção
Conjura - Trai; Conspira; Atenta
Inócua - Inocente; Inofensiva
Perdura - Prevalece; Dura muito
sexta-feira, 25 de setembro de 2009
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2 comentários:
LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!! PARABENS...BEIJINHOS
LINDISSIMO ESSE TEU POEMA.COM MTO SENTIMENTO.ADOREI.BJS.ANTONIETA
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