sábado, 22 de junho de 2013
Cada Um Por Si
Não sei se já reparaste
Que a onda do mar
Briga com as pedras
Até espumar
E que as gaivotas
Todas janotas
Sem se importar
Passam a rasar
E a dar cambalhotas
Não sei se já viste
Que a onda bate e insiste
Enquanto a gaivota
Sobre ela voa, numa boa
Sempre à cambalhota
Brincando a sobrevoa
E nunca desiste
apsferreira
Que a onda do mar
Briga com as pedras
Até espumar
E que as gaivotas
Todas janotas
Sem se importar
Passam a rasar
E a dar cambalhotas
Não sei se já viste
Que a onda bate e insiste
Enquanto a gaivota
Sobre ela voa, numa boa
Sempre à cambalhota
Brincando a sobrevoa
E nunca desiste
apsferreira
sexta-feira, 21 de junho de 2013
Cândido Luar
Só hoje é que eu vi
Que as estrelas no ar
Se faziam refletir
Sobre as águas do mar
E que, ao longe, a brilhar
Sobre as águas a flutuar
Estava o teu semblante
Tão inebriante
Pairando no ar
Só hoje percebi
Que as nuvens do céu
Caiam sobre ti
Tal fossem um véu
E que até a lua
Ali estava a pairar
Com a sua luz pálida e crua
Só para te iluminar
apsferreira
Que as estrelas no ar
Se faziam refletir
Sobre as águas do mar
E que, ao longe, a brilhar
Sobre as águas a flutuar
Estava o teu semblante
Tão inebriante
Pairando no ar
Só hoje percebi
Que as nuvens do céu
Caiam sobre ti
Tal fossem um véu
E que até a lua
Ali estava a pairar
Com a sua luz pálida e crua
Só para te iluminar
apsferreira
quarta-feira, 12 de junho de 2013
Desiludida
Diz-me, lá, meu querido amor
Para onde é que foi parar
Aquele belo e sedoso brilho
Que ornamentava o teu olhar
Diz-me, minha querida, por favor
O que, efetivamente, aconteceu
Àquele sorriso tão encantador
Tão doce e lindo, como era aquele teu
Por favor, e sem qualquer pudor,
Diz-me no que estás, tu, a pensar
Quando, com essa feição sem cor,
Tu fixas assim, em mim, o teu olhar
Quando tu declinas a tua cabeça
Tal como se ela estivesse a vergar
Ao peso de soturnos acontecimentos
Que, a teus olhos, parecem desfilar
apsferreira
Para onde é que foi parar
Aquele belo e sedoso brilho
Que ornamentava o teu olhar
Diz-me, minha querida, por favor
O que, efetivamente, aconteceu
Àquele sorriso tão encantador
Tão doce e lindo, como era aquele teu
Por favor, e sem qualquer pudor,
Diz-me no que estás, tu, a pensar
Quando, com essa feição sem cor,
Tu fixas assim, em mim, o teu olhar
Quando tu declinas a tua cabeça
Tal como se ela estivesse a vergar
Ao peso de soturnos acontecimentos
Que, a teus olhos, parecem desfilar
apsferreira
sexta-feira, 31 de maio de 2013
Que Saudade, Meu Amor...
(poema dedicado à minha mulher, ausente por motivos imperiosos)
Ah, meu querido amor
quanta saudade eu tenho de ti
e, como é difícil suportar esta dor
de não poder ter-te, agora, comigo, aqui
bem juntinho a mim
dando à minha vida
aquele delicioso odor de cetim
como só tu o sabes dar, minha querida
Tu sabes, minha linda...?
Eu sei que isso já não vai demorar
mas, é cada vez mais difícil de esperar
pelo dia da tua tão ansiada vinda
Mas, escuta... - nós não vamos desesperar
porque esta luta, em breve, vai terminar,
e, mais cedo do que se poderia esperar, ainda...
E, quando chegar a esse dia
este meu pobre coração
que agora vive em grande agonia
entre esta tremenda arrelia e uma bela paixão
assolado por esta infesta dor
que o molesta sem pudor, noite e dia
porém, porque também está coalhado de doce ardor
irá explodir em canto e festa
numa explosão de manifesta alegria,
sem par
e, sobre ti, ela irá fazer derramar
o mais puro veio deste meu desmedido amor,
transformado em divinais pétalas de bela flor
sobre as quais eu tanto anseio ver-te a passear
apsferreira
Ah, meu querido amor
quanta saudade eu tenho de ti
e, como é difícil suportar esta dor
de não poder ter-te, agora, comigo, aqui
bem juntinho a mim
dando à minha vida
aquele delicioso odor de cetim
como só tu o sabes dar, minha querida
Tu sabes, minha linda...?
Eu sei que isso já não vai demorar
mas, é cada vez mais difícil de esperar
pelo dia da tua tão ansiada vinda
Mas, escuta... - nós não vamos desesperar
porque esta luta, em breve, vai terminar,
e, mais cedo do que se poderia esperar, ainda...
E, quando chegar a esse dia
este meu pobre coração
que agora vive em grande agonia
entre esta tremenda arrelia e uma bela paixão
assolado por esta infesta dor
que o molesta sem pudor, noite e dia
porém, porque também está coalhado de doce ardor
irá explodir em canto e festa
numa explosão de manifesta alegria,
sem par
e, sobre ti, ela irá fazer derramar
o mais puro veio deste meu desmedido amor,
transformado em divinais pétalas de bela flor
sobre as quais eu tanto anseio ver-te a passear
apsferreira
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Términus
Cruel, imenso, pesado e tenso
O agoniar, sem senso, expirou
E espalhou-se o cheiro a incenso.
apsferreira
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Tu, Em Mim...
De tudo, de ti, o que eu mais quero
é esse brilho do teu olhar
encharcado em emoção
e a delicadeza da tua mão
com o seu doce acarinhar
vindo do teu coração
que, com paixão, eu também venero
Mais, quero o aconchegar das tuas palavras
ditas, sempre, em tom tão sincero,
quando, com elas, o amor tu lavras,
soltando-as delicadas, plenas de esmero
mas, eu quero, também, a doçura da tua voz
que me faz, de ti, refém
navegante em casca de noz
e me deixa a pairar no ar
quando, ilesa, eu te ouço a as entoar
com essa tua habitual atroz delicadeza
E, eu quero o teu terno coração
que, com o seu ameno pulsar,
por si só, de antemão,
deixa o meu a delirar
no limiar da paixão
Tal coração doce e terno
sempre pronto a aconchegar
a me arrancar deste inferno
em que a tua ausência me faz mergulhar
mas que, mesmo de tão longe, faz-me sentir
o doce tinir do seu pulsar
E o teu corpo escultural
que tanto me faz balançar
pela beleza abissal
do seu delicado cintilar externo
e a postura do teu caminhar
o mais elegante, que eu já vi
deram, à minha alma, este empolgar eterno
que tanto me apraz
como, aliás, o faz tudo que vem de ti
apsferreira
é esse brilho do teu olhar
encharcado em emoção
e a delicadeza da tua mão
com o seu doce acarinhar
vindo do teu coração
que, com paixão, eu também venero
Mais, quero o aconchegar das tuas palavras
ditas, sempre, em tom tão sincero,
quando, com elas, o amor tu lavras,
soltando-as delicadas, plenas de esmero
mas, eu quero, também, a doçura da tua voz
que me faz, de ti, refém
navegante em casca de noz
e me deixa a pairar no ar
quando, ilesa, eu te ouço a as entoar
com essa tua habitual atroz delicadeza
E, eu quero o teu terno coração
que, com o seu ameno pulsar,
por si só, de antemão,
deixa o meu a delirar
no limiar da paixão
Tal coração doce e terno
sempre pronto a aconchegar
a me arrancar deste inferno
em que a tua ausência me faz mergulhar
mas que, mesmo de tão longe, faz-me sentir
o doce tinir do seu pulsar
E o teu corpo escultural
que tanto me faz balançar
pela beleza abissal
do seu delicado cintilar externo
e a postura do teu caminhar
o mais elegante, que eu já vi
deram, à minha alma, este empolgar eterno
que tanto me apraz
como, aliás, o faz tudo que vem de ti
apsferreira
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