SEJA BEM-VINDO.

Este é um blogue humilde.

Espero, que se sinta bem, aqui.



Nem sempre o dia amanhece, igual

E, então, a nossa Alma, por tal

Reflete a luz de modo diferente

O importante é olhar o mundo

E tentar entender o seu profundo

E caricato modo de moldar a gente





Espero, que aprecie os momentos, que

estiver, aqui, e que esse seja um motivo,

para que volte.





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apsferreira



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Na Vida Tenhamos Hombridade

Não negues, à tua Alma, o que ela de ti reclama,
e aclama com a devida calma os seus anseios.
Não cedas aos receios impostos pela sociedade,
que sugerem que tu te negues
à tua própria verdade

Não ofendas a tua essência negando-lhe o seu alimento,
nem negues o teu sentir,
nem por um camuflado lamento,
nem te entregues ao acto de esgrimir
o que o teu coração está a te pedir,
por uma mera cobardia,
tal como Judas fez a Cristo, um dia

Na vida tem a hombridade
de não vender a tua dignidade por esses meros dinheiros,
pois, fazendo assim,
em tua vida, tu irás gerar uma infelicidade,
sem fim,
que te acompanhará até aos teus dias derradeiros

Se tu queres um conselho, senta-te em frente ao espelho,
e olha-te na profundeza do teu olhar,
e tenta te reencontrar,
deixando a verdade do teu eu ser a tua real essência,
até que não te sintas na contingência de ter que a negar.

Se tal não se observar,
jamais a paz, carecida em tua vida, tu irás encontrar...

apsferreira

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Carta, ao Meu Amor

Meu amor...,
Eu não consigo te elucidar,
De quão forte é o furor
Deste meu modo tão peculiar,
Que eu tenho de te amar
E de quão grande é esta dor
Fruto da distância, e desse mesmo furor
Pela circunstância de tão longe de ti estar,
E eu nem, ao menos, conseguir te tocar

Meu amor...,
Como eu queria apenas poder,
Em teus olhos, olhar
Para que tu pudesses te aperceber
Deste meu modo, tão peculiar, de te querer
E sentisses no meu tocar
Este modo tão intenso
Que eu tenho de te amar
Este desejo tão imenso
Que eu sinto de o teu corpo ter
E de nele eu me concretizar
Nesta minha ânsia que tanto me faz te querer
Pela abundância deste meu desejo de o tomar

Meu amor...,
Se eu tivesse agora um ensejo
De satisfazer este meu desejo,
E eu pudesse te tocar
Tu poderias então sentir
O meu amor, por teu corpo, a fluir
E o fluir do seu fervor
O tinir do meu ardor
E a força do meu desejo
Que me arde bem aqui
Pelo furor daquilo que eu sinto por ti.

Meu Amor...
Ele é o clamor do meu sentir
Este ardor do nosso amor...
E deste meu desejo louco de te possuir
De te ter, e de o fazer florir
De, sem pudor, o fomentar
De, sem pudor, o fazer aumentar
A tais níveis, esse furor
Impossíveis de controlar
Até, este nosso furor se esvair
Pois, que a nossa Alma está a queimar

apsferreira

sábado, 17 de dezembro de 2011

Um Dia, Sem Sol

Eu hoje esperei, esperei, mas o sol não nasceu
Ah, como eu esperei...
Mas, o dia... - o dia continua tão escuro como o breu
Eu olhei, e olhei..., e eu vi que o relógio estava parado
Foi então que eu compreendi
Foi então que eu compreendi, e acordei
O céu estava tão nublado
Faltava-lhe o Astro Rei
E eu vi, que o meu coração estava agastado
Sentia a falta da sua Grei...
Cobria-a um véu...

E eu sentia-me tão mole

Era dia do Sol não estar no Céu

apsferreira

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

O Beijo

Eu olhava-te, em teus olhos, tão apaixonado...
E assim, tão apaixonado, eu a ti me entreguei
Eu entranhei as mãos em teu corpo, já suado
E, tresloucado, pelo teu corpo eu naveguei

E foi, então, que os nossos olhares se tocaram,
E foi, de antemão, que todo o chão estremeceu
Eu dei-te a mão, e os nossos lábios se colaram...
E eu apertei-te tanto, tanto, contra o peito meu

O som das harpas entoava por todo o lado...
E embalado neste doce encanto eu me deixei
Logo, eu senti o teu encanto ao meu, colado
Tu abraçaste-me, quando eu a ti me abracei...

Foi doce e quente, foi tão terno e prolongado
Este beijo meu que, em teus lábios, eu te dei
E, de tal modo, ele foi gostoso e tão desejado
Que, se tresloucado eu estava, mais ainda eu fiquei

apsferreira

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Onde Estás, Minha Mãe...?

Pingou cada lágrima do desespero ao ver-te partir,
minha querida...,
Ao ver-te ir, assim, da nossa vida...

Pinga o tempo desde então, na procura de uma razão
que me faça aceitar
e permita-me compreender
eu ter que ver a morte te levar, assim,
de nós, mas de mim,
sem me deixar interceder, nem sequer nada me perguntar...

Apenas, fez-se soar esse toque de clarim, tão estridente,
num repente,
que causou uma tão tamanha ferida, impertinente,
no meu coração...

Eu preciso encontrar uma razão, que seja capaz de justificar
uma perda em minha vida, com uma tal dimensão...
Algo que tenha um fundamento
que justifique, e que faça com que eu aceite ficar
com a alma perpetuamente a chorar,
e assim combalida
Algo que erradique este perpétuo lamento, da minha vida,
um lamento que tem sido o único alimento do meu coração,
desde então...

Eu precisava encontrar algo
que pudesse erradicar aquele horror que foi,
e que continua a ser,
o pavor de ver alguém ser-me arrancada assim,
alguém que toda a vida fora como um pedaço de mim,
e que possa justificar uma tal perda tão irremediável
A perda de uma pessoa que nos é tão preciosa e querida
Aquela Alma briosa que, pela sua natureza,
nesta empresa é-nos a mais fiável

Eu precisava de encontrar algo
que pudesse tapar este buraco imenso
Um incenso que fizesse atordoar a dor desta minha ferida
que parece querer permanecer caprichosa no meu coração
para todo o resto da minha vida

Algo que pudesse apagar este sentir opaco
que me atormenta
e que me lança num tremendo buraco
Que me lança neste imenso vácuo
que me entontece e me adormenta o coração

Eu quedo-me na impotência de não poder partir em tua busca
Universo fora
em cada hora em que me tem faltado a tua mão,
desde então

Eu quedo-me na impotência
de não poder te trazer de volta, para o a meu lado,
uma contingência que me deixa totalmente consternado...

Eu quedo-me na eminência de não ter capacidade
para entender as leis por que o Universo faz-se reger,
quando ele nos faz perder
uma parte tão importante da nossa essência
e até do nosso ser
Uma parte tão essencial da nossa vida,
porque o faz sem qualquer clemência,
o que deixa-nos de Alma perdida, e partida de antemão
quando faz-nos perder, sem que nos mostre uma razão,
uma pessoa que nos é assim tão querida
de um modo tão fatal
tão brutal, e tão sem compaixão

Tudo isto deixa-me abismado e ultrapassa, em muito,
aquilo que foi-me legado pela compreensão...

apsferreira

Onde Estás, Minha Mãe...? | WAF

Em memória da minha Mãe, cujo aniversário teria sido ontem

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Para Além da Ilusão

Quanto homem, quanta mulher feia, ou bonita,
vive numa teia, e com a sua Alma extremamente aflita,
pois que a vida se empolou.
O rumo que a sua vida afinal tomou
defraudou a expectativa, que lhe era bendita,
e o seu sonho logo se evaporou
e, por esta nova forma de sentir a vida,
ela acabou por se deixar ficar comprometida,
e grandemente cativa...

Quanto homem, quanta mulher bem decidida,
que sabe bem o que da vida quer,
mas que dela se encontra refém,
porém, não tem outra alternativa.
Ela hesita em mudar o percurso que a sua vida tem,
porque lhe falta coragem para aventurar-se
a lançar-se numa verdadeira viragem,
como à sua vida muito convém...

Quanto homem, quanta mulher já madura, até rapariga,
mas, que já sabe bem o que ela quer,
estando sujeita a uma violência, qualquer
se não tiver uma mão amiga - aquela alma que a instiga...
se mantém a viver numa falsa calma,
fustigada pelo desamor
e pela dor que, em consequência, também lhe fustiga a Alma

Quanto homem, quanta mulher informada
mas a quem a vida já muito castigou,
vive uma vida sem cor, sem carinho, e sem amor,
e vê com horror a sua vida depravada
porque o destino, apenas o destino, e mais nada, a logrou.
No decurso do seu caminho ela encarnou
de um tal modo a responsabilidade,
que a fez esquecer-se a sua própria necessidade,
e viver assim uma vida de dor,
por sentir um pudor, sem fim,
que a impediu de estabelecer,
uma nova realidade no seu modo de viver.

Quanto homem, quanta mulher mais, ou menos activa...
pessoas extremamente permissivas e solidárias
vivem em enorme carência afectiva
por tantas e outras quantas questões, várias
familiares, sociais, ou monetárias
e nunca se aventuram a iniciativas
abdicando de alcançar uma nova meta.
Elas sujeitando-se a viver aos trambolhões
em dependências, e cativas de chavões,
e deixam a sua vida se escoar,
até a morte as levar,
quantas, e quantas, vezes precocemente
porque, em nome de uma pseudo-virtude,
nunca se sentiram capazes de tomar
a mais evidente, e promitente,
por vezes uma tão simples atitude...

apsferreira

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Ah, Este Meu Sonho...

Eu tenho um sonho, que é tão somente,
eu poder ter-te ao alcance da minha mão,
eu poder ter-te bem em minha frente, e tocar a tua tez,
e a beijar uma, e uma outra vez...
O meu sonho é tão somente,
poder sentir o calor do teu amor, a por-me a tinir,
para então eu poder concluir
o quanto é quente o teu fervor...

O meu sonho é tão somente,
eu poder embrenhar os meus dedos em teus cabelos,
e acarinha-los,
enrolando-os, fazer com eles suaves novelos,
até que tu sintas a cabeça oca,
para que eu, sem mais atropelos,
possa beijar docemente a tua boca...

O meu sonho é tão somente,
olhar os teus olhos longamente,
e, a beijar o teu pescoço,
eu poder mergulhar no teu olhar,
como quem mergulha bem fundo, num poço,
e nele eu poder deixar-me embrenhar,
ate eu sentir esta Alma minha,
readquirir a voracidade que ela tinha,
quando eu era ainda um moço...

O meu sonho é tão somente,
percorrer cada recanto do teu corpo,
e eu deixar-me subverter totalmente,
pelo que nele tanto me deixa absorto,
pois eu imagino-o, e eu fico estupefacto,
e eu sinto-me completamente boquiaberto
sem saber de facto, e ao certo,
se eu me encontro a sonhar,
ou, se eu estou realmente desperto...

O meu sonho é tão somente,
eu poder acordar junto a ti,
e te mimar,
e também eu deixar-me embalar
por este mesmo mimo que eu sonho um dia te poder dar,
o mesmo mimo que eu sonho-te a me proporcionar...

apsferreira